Muitos
associam a psicomotricidade somente com o desenvolvimento da criança. Mas a
influência da psicomotricidade ultrapassa a barreira da idade. Diversos autores
classificam as etapas da psicomotricidade como: tonicidade, equilíbrio, lateralidade, noção do corpo, estruturação espaço
temporal, praxia global e praxia fina.
O equilíbrio é a possibilidade de
mantermo-nos contra a força da gravidade sobre uma base, parados ou em
movimento, ao passo que a lateralidade corresponde à integração do movimento,
tendo em consideração a utilização alternada do lado esquerdo e direito do
corpo. Entretanto, a noção do corpo é a capacidade da pessoa na tomada de
consciência, controlo e organização automática do seu corpo em relação ao
espaço envolvente. Quanto ao conceito de estruturação espaço temporal pode-se
entender como a aptidão que temos de nos organizar, posicionar e orientar-nos
de uma forma ordenada no espaço e no tempo. Para que tal possa acontecer de uma
maneira harmoniosa é essencialmente necessário o conhecimento ou noção de
perto, longe, cima, baixo, dos lados, de antes, depois, e todos os outros
comandos de distanciamento em relação a si próprio e o alvo. E, finalmente, as
praxias globais e finas estão relacionadas com a nossa capacidade de executar
atividades com movimentos corporais alargados ou minuciosos.
Essas capacidades desenvolvem-se
desde a infância até à fase adulta e encontram o seu declínio com o envelhecimento
mais avançado. O exercício físico, nas suas mais variadas formas, ajudam no bom
desenvolvimento das funções psicomotoras das crianças e contribui dramaticamente para a manutenção dessas funcionalidades no idoso. Daí a importância da prática do exercício físico mesmo na velhice.
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