quarta-feira, 30 de julho de 2014

Medo de Envelhecer

Evitar o envelhecimento tem sido o propósito do homem desde os tempos mais remotos.  Entretanto negar o envelhecimento é negar a própria vida. Pois este fenómeno biopsicossocial ocorre ao longo da nossa existência. Autores como Bize e Vallier (1985) e Marujo (2009) defendem que o envelhecimento inicia-se na fecundação do óvulo. 
Segundo Robert (1995) “o envelhecimento é caracterizado pela incapacidade progressiva do organismo para se adaptar às condições variáveis do seu ambiente. Os mecanismos implicados apresentam todos as características seguintes: são progressivos, nocivos, irreversíveis e, geralmente comuns a inúmeros organismos.
 Levet (1989) sugere que como “hoje não existe hoje vacina contra o envelhecimento” deveríamos encarar o envelhecimento com outra perspectiva. O melhor caminho seria, conforme o autor “descobrir pontos sobre os quais é preferível ceder, a fim de empenhar as suas forças noutro lado; encontrar estratégias de compensação, procurar o que resiste e o que é ainda possível desenvolver, sem esquecer o que é possível adquirir. Este pensamento reflete o conceito de Jung onde o idoso é aconselhado a olhar para o mundo numa novas perspectiva, abandonar o que deve ser abandonado seguir para as novas expectativas que a idade lhe oferece, abraçando assim o transcendente. Levet (1989) assegura ainda que um envelhecimento saudável passa por o “exercitar o espírito”. 
Para concluir, compartilho o comentário de Dan Hill onde afirma que cada pessoa “pode envelhecer com graça (isto é, cada vez mais sabendo receber diariamente a graça dada por Deus, e fazendo-a resplandecer, mostrando-a para com todos, fazendo brilhar seu fruto do Espírito). Pode envelhecer com graciosidade ... , sim, aplicando as lições que aprenderemos de Abraão”.