Dezembro é, por excelência, o mês em que avaliamos tudo aquilo que
fizemos durante o ano. É a contabilidade da vida, o momento em que olhamos para
trás e vemos que o ano passou tão depressa que não fizemos tudo a que nos propusemos
ou sonhámos ou, pelo contrário, regozijamo-nos com o sentimento de dever
cumprido. É o que sucede com muitos nas passagens de ano. Com a mesma velocidade que passam as festividades, esquecemos os nossos votos e
felicitações de “saúde para dar e vender” e voltamos a mergulhar no stress da vida diária.
Na
maior parte dos casos os afazeres da vida impedem-nos de promover em nós mesmos
uma qualidade de vida que resulte em boa saúde. Isso é de fato bastante antagónico.
Lutamos para ter uma vida melhor e nessa luta, deixamos de ter um viver com
qualidade. No passado, a qualidade de vida era medida através dos bens
materiais da pessoa. Hoje os parâmetros mudaram porque o leque das
possibilidades alargou-se e o ser humano tem sido cada vez mais visto como um
todo que está interligado com o corpo, a mente, a vida social, cultural,
espiritual e tantas outras vertentes essenciais para uma vida plena. Mas, o
fato, é que todas essas vertentes estão vinculadas ao corpo.
Assim,
um corpo doente não tem condições para dar respostas satisfatórias às
necessidades que são inerentes na complementação total do ser humano. No âmbito
da Gerontologia Social parte-se do pressuposto de base que o ser humano vive
socialmente num contexto de interação consigo próprio e com os outros da sua
espécie, com o meio ambiente envolvente e com o espiritual.
Todos
os fatores da vida passam por esses vínculos, mas o depositário dos mesmos é
indubitavelmente, o corpo. Assim, se o corpo vai mal, todo o ser padece. Por
esse motivo, reforçamos a importância da atividade física na promoção da sua
saúde hoje e bem como na construção de um envelhecimento com qualidade.
Um
corpo saudável estará mais apto para uma vivência social e ambiental mais
pró-ativa. Da mesma forma estará com a mente mais predisposta ao
desenvolvimento espiritual.
Se
ainda não foi dessa vez que conseguiu organizar-se para dedicar algum tempo a
praticar exercício físico, veja onde está o desperdício de tempo e faça a
correção. Lembre-se que um dia tem 24 horas e poderíamos dividi-lo assim: 8
horas para o trabalho, 8 horas para dormir… E como está a distribuir as 8 horas
restantes? A sua saúde é o seu maior património.
Pense
nisso!