A gerontologia
desenvolve competências sociais para entender os efeitos da doença no indivíduo,
com o objectivo de apresentar aos consulentes um novo estilo de vida, a fim
de promover o bem-estar psicossomático. Para Bertoni (1994, pag. 2) “ a
doença pode também amadurecer em nós, forças desconhecidas. Ela pode levar-nos
a uma compreensão mais profunda da brevidade e transitoriedade de muitas
coisas, que normalmente parecem importantes demais e exigem toda a nossa
atenção. A doença pode ajudar a estabelecer um relacionamento novo e melhor com
aqueles que estão ao nosso redor”. Um outro ponto de vista relativamente ao
papel da doença poderá eventualmente fazer-nos pensar na nossa finitude ou até
mesmo no nosso papel como coadjuvantes na grande saga do cosmos. Assim, eu particularmente entendo que a doença pode ser
encarada sob um prisma positivo que nos transcende, de carácter
biopsicossocial, como passo a expor:
A doença é um caminho
utilizado pelo corpo para chamar a atenção de que algo vai mal. É necessário
fazer mudanças. Isto não pode ser encarado meramente como uma forma exotérica
de abordar a doença mas como diz o provérbio popular, "nós colhemos aquilo
que semeamos".
O facto de estar
doente poderá permitir que a investigação sobre a patologia venha trazer a
solução do problema, culminando na cura e/ou prevenção para outras pessoas, num
futuro próximo ou a longo prazo.
A doença é apresentada como
mecanismo que leva o indivíduo a desenvolver competências resilientes,
crescendo assim com a nova experiência, ou mesmo aceitar a finitude humana e
saber encarar a realidade da morte como algo inerente a todos os seres humanos
para que o indivíduo tenha uma boa morte.
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