quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

O Empowerment e o Envelhecimento



Empowerment implica autodeterminação e a capacidade e liberdade para assumirmos a responsabilidade de nós próprios, para expressar ideias, para tomar decisões e influenciar as políticas, a todos os níveis. Diz respeito a todas as dimensões do ser humano: física, mental, espiritual, cultural, social, económica, política, entre outras.
O ser humano precisa de desenvolver as suas atitudes e aspirações pessoais para aproveitar as oportunidades capacitantes. Da mesma forma, os mecanismos para uma total participação e as atitudes dos profissionais devem ser orientados nesta perspectiva, se se quiser realizar o empowerment.

Envolve um processo, no qual pessoas idosas e profissionais são convidados a alargar os seus horizontes e a aumentar as suas expectativas, no domínio do possível. Requer uma transferência de poder dos profissionais para as pessoas idosas, assim como o reconhecimento, por parte de todos, de que ambos os grupos beneficiam com isso.”      

Fonte:  Envelhecimento, Empowerment e Capacitação                                             

domingo, 27 de janeiro de 2013

Dicas de Segurança e Gerontodesign


 uma série de cuidadso que podemos ter em ralação à segurança quer para idosos quer para pessoas com mobilidade reduzida.  Lavet (1989) sugere algumas atenções especiais que devemos ter no âmbito do gerontodesing: 

"Prescrever a banheira, grande factor de risco. A Instalação mais simples e mais judiciosa é o duche, com assento e apoio para os braços. São indispensáveis tapetes antiderrapantes. A opção definitiva por uma banheira deve ser acompanhada com todos os rigores de segurança que incluem, barras de segurança, assentos e equipamento antiaderente no fundo. Em ambos os casos é essencial a utilização de torneiras com adaptador de comando para facilitar a abertura e fecho. 

Para as retretes, deve-se instalar uma elevação no assento e para a higiene íntima já é possível instalar um pequeno duche que leva água e ar quente para secagem. Isto evita a humilhação e situações embaraçosas". 

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Demência


A população mundial envelheceu e a esperança de vida aumentou consideravelmente nos últimos anos. Esta é uma realidade comentada por diversos pesquisadores. Nunca jamais foi registado um número tão elevado de idosos em todo o mundo. Oliveira (2010) sugere que “o século XXI será certamente o século do idoso”. Aken (2009) classifica o aumento da esperança de vida nos últimos 150 anos como uma “linha recta dirigida para cima”. Os efeitos desse fenómeno são visíveis na nossa sociedade e abrange todas a classes sociais. Entre os quais podemos citar a demência.  

A demência é caracterizada, segundo Andreasen (2004), como "doenças do envelhecimento" (...) por ser relativamente incomum nas pessoas com menos de 65 anos. Com a aumento da população idosa, tornar-se mais comum os casos de demência.  

Para além da devastação no âmbito da saúde mental do indivíduo, a demência causa transtornos emocionais e sociais na vida dos familiares. Para Andreasen (2004) "a marca típica de todas as demência é o défice da memória e da cognição que é acompanhado por um declínio geral da capacidade relacional ou funcional quer no trabalho quer na vida social".  

O DSMIV identifica os quatro elementos característicos existentes nas demências:  
  • Amnésia: perda da memória;
  • Agnosia: incapacidade de reconhecer objectos mesmo quando a percepção sensorial esteja intacta.  
  • Apaxia: diminuição da capacidade de desenvolver actividades motoras apesar de a função motora permanecer intacta.
  • Afasia: perturbação da linguagem.   
Entretanto, a existência dos sintomas acima indicados não significa que o idoso esteja a sofrer um tipo de demência. Os sintomas expostos podem ser causados derivados de confusão. Para Hill (2005) "na confusão haverá, por regra, perturbação da consciência (...) podendo durar horas e dias". A confusão no idoso pode ser derivada de uso ou abstinência de medicamento, intoxicação, infecções gerais, depressão, tristeza pela morte do cônjuge ou familiares, entre outros.  

A demência poderá eventualmente ter uma predisposição genética mas o seu aparecimento pode ser evitado ou retardado devido ao estilo de vida, alimentação saudável, desenvolvimento de actividades físicas e cognitivas e sobretudo o saber lidar com as emoções.  

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

A importância do Gerontólogo



Alguém pode indagar sobre a relevância de uma intervenção gerontológica. Posso afirmar que o gerontólogo hoje é uma peça fundamental para o desenvolvimento de um envelhecimento bem-sucedido numa sociedade que está a envelhecer em passos galopantes porque “…Ninguém envelhece da mesma maneira e as alterações causadas pelo envelhecimento desenvolvem-se a um ritmo diferente para cada pessoa e dependem de factores externos como o estilo de vida, actividades e ambiente, e de factores internos como a bagagem genética e o estado de  saúde”.
                                                               
De acordo com Bize e Vallier “…Há sessenta anos, envelhecer era, na maioria dos casos, um mero problema psicológico, pessoal e familiar, sendo hoje um problema social…” (Bize, Vallier,1995, p.37)‏. Vemos assim a relevância do gerontólogo cada vez mais vincada no nosso contexto social. 

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Sono no Envelhecimento


Por Marcos Schmidt Quinhones e Marleide da Mota Gomes

"O envelhecer parece acentuar as queixas relacionadas ao sono, que quando desestruturado, pode acarretar doenças e originar problemas sociais ao paciente. O sono exerce papel importante na homeostasia, cujo desequilíbrio favorece o aparecimento de transtornos mentais, diminuição da competência imunológica, prejuízo no desempenho físico e dificuldades adaptativas, causando aumento da vulnerabilidade do organismo idoso e colocando sua vida em risco. Nasce daí a necessidade de ampliar o conhecimento dessas alterações, suas causas, suas consequências e quais doenças cursam concomitantemente:
Redução do limiar de despertar
Ocorre predomínio das fases mais superficiais  do sono e distúrbios na segunda metade da noite de sono e consequente diminuição do limiar do despertar devido a ruído, luminosidade e outros estímulos.
Fragmentação do sono com várias interrupções
Desregulação do relógio biológico circadiano. Maior número de transições de um estágio para outro e para a vigília, aumento dos problemas respiratórios durante o sono.
Sonolência diurna
Tentativa de recuperar o sono durante período de luz.
Consequências
A má qualidade do sono em idosos acarreta sonolência excessiva diurna e aumento do número de cochichos diurnos, sensação pela manhã de sono não repousante, supressão imunitária, diminuição da capacidade física, quedas frequentes e declínio cognitivo que são marcadores de pobre qualidade de saúde física e mental e estão relacionados com baixa qualidade de vida". 

Fonte: RBNeurologia_Vol 47 Nº 1.indd   42

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Questões sobre Envelhecimento


Texto gentilmente cedido pela Prof Maria Manuela Barreiro Sousa


As alterações demográficas no último século podem ser expressas através das modificações da estrutura das pirâmides etárias, reflectindo o envelhecimento da população, colocando aos governos, sociedade e famílias desafios para os quais não estavam preparados.

Será que a sociedade actual conseguirá fazer face às alterações demográficas? Será que o afastamento dos idosos das estruturas familiares não acarreta problemas sociais complexos?

Envelhecer é uma característica do ser humano, correspondendo a um “...processo de diminuição orgânica e funcional, não decorrente de acidente ou doença e que acontece inevitavelmente com o passar do tempo
                                                                             (Ermida, 1999, p.43) 

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Exercício físico para pessoas idosas

O novo ano trás novas espectativas e novos objetivos. Muitos criam resoluções para melhorar a sua qualidade de vida, entre elas, a prática de exercício físico mais regualar.  Entretanto qual o tipo de exercício mais indicada para as idades mais avançadas?  Tenho no texto de hoje indicações que venho compartilhar de um dos autores que mais trabalha com exercícios para idosos.
 
Os melhores tipos de exercício físico para a pessoa idosa são aqueles que estão relacionados com as atividades aeróbias e que se adaptam às capacidades físicas. Entre os exercícios aeróbios o mais aconselhável é a marcha livre.
Ermida (2000, p:100) defende ainda que “para conseguir os melhores resultados [nos idosos] o plano de exercício deve incluir não só exercícios aeróbicos mas também exercício de força e resistência, procurando assim conseguir a manutenção ou a melhoria do estado cardiovascular mas também o aumento da massa e da força musculares”.
Os idosos antes de iniciarem o exercício físico devem ter a prudência de serem observados por um médico para a avaliação, tanto do aparelho locomotor, como do aparelho cardiovascular. Ermida (2000, p:101) postula que “o amor-próprio, a ignorância das capacidades reais ou a minimização dos défices existentes, podem levar o idoso a exceder a sua reserva funcional comprometendo todo o benefício que pode retirar de uma prática física regular e adequada às suas capacidades”.