Por Marcos Schmidt Quinhones e Marleide da Mota Gomes
"O envelhecer parece acentuar as
queixas relacionadas ao sono, que quando desestruturado, pode acarretar doenças
e originar problemas sociais ao paciente. O sono exerce papel importante na
homeostasia, cujo desequilíbrio favorece o aparecimento de transtornos mentais,
diminuição da competência imunológica, prejuízo no desempenho físico e
dificuldades adaptativas, causando aumento da vulnerabilidade do organismo
idoso e colocando sua vida em risco. Nasce daí a necessidade de ampliar o
conhecimento dessas alterações, suas causas, suas consequências e quais doenças
cursam concomitantemente:
Redução do limiar de despertar
Ocorre
predomínio das fases mais superficiais do sono e distúrbios na segunda metade da noite
de sono e consequente diminuição do limiar do despertar devido a ruído,
luminosidade e outros estímulos.
Fragmentação do sono com várias interrupções
Desregulação
do relógio biológico circadiano. Maior número de transições de um estágio para
outro e para a vigília, aumento dos problemas respiratórios durante o sono.
Sonolência diurna
Tentativa de
recuperar o sono durante período de luz.
Consequências
A má qualidade
do sono em idosos acarreta sonolência excessiva diurna e aumento do número de cochichos diurnos, sensação pela manhã de sono não repousante, supressão
imunitária, diminuição da capacidade física, quedas frequentes e declínio
cognitivo que são marcadores de pobre qualidade de saúde física e mental e
estão relacionados com baixa qualidade de vida".
Fonte: RBNeurologia_Vol 47 Nº 1.indd 42
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