sexta-feira, 29 de julho de 2011

Idosos Psicologicamente dependentes

Os idosos psicologicamaente dependentes são indivíduos que podem ser classificados no grupo dos que mostram-se na maioria das vezes passivos. Os idosos psicologicamente dependentes não podem ser classificados com os idosos com dependência física. Estes adoptaram uma posição passiva, iniciando o processo da delegação de poderes com pequenos actos dia após dia. Até chegarem ao ponto de não serem capazes de tomar decisões por si próprios. São cautelosos com contactos novos, mostrando-se desconfiados. São extremamente optimistas e pouco realistas. A aposentação livra-os da responsabilidade e não sentem nenhuma disposição para qualquer tipo de actividade.

Em muitas situações em que haja uma situação latente de dependência psicologia do idoso no que se refere a tomada de decisões há um certo risco do abuso de poder por parte do cuidador formal ou informal. Já no Seminário Internacional sobre o envelhecimento humano sediado em Lisboa (“Env” 1997) foi definido que “nesta perspectiva, a relação entre as pessoas idosas e estes profissionais é uma relação de poder, na qual um dos lados – a pessoa idosa – tem menos oportunidade de concretizar os seus próprios interesses do que a outra – o profissional. (...) E aquele que se sente dependente vai adaptar-se, vai entregar a outros o controle da sua vida, tornando-se assim cada vez mais dependente.”

O que se observa é a necessidade iminente da conscientização quer por parte do cuidador quer por parte do idoso no desenvolvimento e na aposta de um envelhecimento bem sucedido através a aceitação das responsabilidades que fazem parte do desenvolvimento. A este fenómeno chamamos empowerment ou à moda portuguesa “delegação de poderes”. Embora o idoso sinta-se cómodo em transferir as suas responsabilidades para o cuidador (formal ou informal) o cuidador pode sentir por outro lado, o vício pelo poder. Isso pode tornar-se um círculo vicioso e aliciante para ambos.

O empowerment está relacionado com na capacidade de autodeterminação, com o conceito de liberdade para envergar o papel de responsabilidade de nós próprios, usar dos próprios meios para expressar ideias, saber tomar decisões e influenciar o meio que nos rodeia. O fundamental é a necessidade de uma adaptação.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Cova da Moura com Saúde - Finalistas em Gerontologia Social Fazem a Diferença

No passado dia 10 de Julho foi realizado, na Escola EB1 JI Cova da Moura,  um rastreio de saúde e bem-estar que teve a aderência de aproximadamente 300 pessoas.  

O desenvolvimento do projecto surgiu a partir dos alunos  Ana Cristina Neves, Luciano da Silva, Ruth Salvaterra e Sabrina Mestre. Todos licenciando em Gerontologia Social, pela (ESEJD) Escola Superior de Educação João de Deus , como resultado final do estágio de exclusão social no bairro da Cova da Moura, na Amadora.

Os alunos envolvidos no projecto contaram com a participação directa da Prof. Dra. Susana Couto, supervisora do estágio, e das  parceiras da ESEJD, AIT (Associação Internacional de Temperança e o Moinho da Juventude. Para a realização do Projecto foi indispensável o patrocínio de diversas empresas e instituições que graciosamente forneceram todo o material necessário para a realização do evento. Também foi extremamente importante a presença de um grupo de 75 voluntários que não mediram esforços para atender às necessidades dos habitantes da Cova da Moura.     

Foram realizados os seguintes exames por médicos, dentistas, enfermeiros e voluntários em geral: glicemia, tensão arterial, gordura corporal, visão, colesterol, forma física, capacidade respiratória e idade pela saúde. O Projecto Cova da Moura com Saúde contou também com a realização de 8 ateliês promotores de saúde dentre os quais destacamos: nutrição, hidratação, exercício físico, luz solar, ar puro, descanso, temperança e confiança.

O evento teve a cobertura dos média RTP África,  Rádio Clube de Sintra e Rádio Sim. A todos os que não mediram esforços para que o evento se tornasse uma realidade, o nosso mutíssimo obrigado. 














sexta-feira, 15 de julho de 2011

A nossa atitude diante da saúde e da doença

Como diz o ditado popular “a saúde é o bem maior”. No entanto, de uma forma geral, pouquíssimo valor se dá à saúde. De facto a saúde só é acariciada quando a doença toma lugar e se estabelece na vida do indivíduo. Podíamos arriscar em afirmar que entre a saúde e a doença só existe uma fina linha que separa os dois mundos, as duas experiências.
Quase ou nenhum valor se dá à experiência de cultivar a saúde pois isto exige disciplina, altera a nossa forma de estar no mundo. A regra geral é que todos querem estar saudáveis mas poucos são os que estão dispostos a submeter-se a um modelo de vida que promova a saúde.

Por outro lado, a experiência de estar doente é um acto único. Todos nós podemos adquirir a mesma doença, mas cada um de uma forma muito peculiar apresentará a sua própria experiência pois cada um de nós somos seres únicos e singulares. A experiência de estar doente está relacionada com diversos factores que envolvem a nossa vida diária. Dentre os quais destacamos a nossa vida social, o meio em que vivemos, a nossa cultura, crenças e o nosso estilo de vida. Tudo isto de uma forma ou de outra contribui para o nosso desenvolvimento positivo ou negativo da homeostase. 

É urgente aproveitar os dias bons e cultivar a alegria e o optimismo que para além de colocar o sorriso em nosso próprio rosto e nos rosto de quem nos vê, reflecte em saúde física, mental e espiritual. Como sublinhou Ellen White in  A ciência do bom viver: "o ânimo, a esperança, a fé, a simpatia e o amor promovem a saúde e prolongam a vida. Um espírito contente, animoso, é saúde para o corpo e força para a alma". 


domingo, 3 de julho de 2011

A Incontinência Urinária

A incontinência urinária  não escolhe idade. Não obstante é mais frequente entre as crianças e os idosos. As causas podem variar de pessoa para pessoa dependendo do tipo de patologia físico ou psíquico.
Segundo o Manuel Merck "aproximadamente uma em cada três pessoas de idade avançada tem problemas em controlar a sua bexiga; as mulheres têm o dobro de probabilidades dos homens em se verem afectadas. Mais de 50 % dos residentes nos asilos de idosos sofrem de incontinência. A incontinência urinária pode ser um motivo para internar pessoas de idade avançada e contribui para o desenvolvimento de feridas provocadas por pressão (úlceras por pressão), de infecções do rim e da bexiga e de depressão. A incontinência urinária também cria situações embaraçosas e frustração". Embora seja um problema latente, a grande parte dos indivíduos que sofrem de incontinência urinária não procuram ajuda médica.  
O Manual Merk identifica diversos tipos de incontinência urinária: 
  • incontinência por urgência (ou impetuosidade)  é um desejo urgente de urinar seguido de uma perda incontrolável de urina.
  •  A incontinência por esforço é uma perda incontrolável de urina ao tossir, fazer esforços, espirrar, levantar objectos pesados ou executar qualquer manobra que aumente bruscamente a pressão dentro do abdómen.
  • incontinência por extravasamento é a fuga incontrolada de pequenas quantidades de urina estando a bexiga cheia. A fuga ocorre quando a bexiga está dilatada e insensível devido à retenção crónica da urina.
  • incontinência psicogénica é resultado de uma incontinência cuja origem é mais emocional que física. Ocasionalmente ocorre nas crianças e inclusive nos adultos que têm problemas emocionais.
  • A incontinência total é a situação em que a urina goteja constantemente da uretra, dia e noite. Verifica-se quando o esfíncter urinário não se fecha adequadamente.  
A incontinência urinária é curável se for submetida a uma intervenção médica e a uma reeducação psicossocial. A psicoterapia pode mostrar-se útil, particularmente no que se refere à informação do indivíduo  em como aplicar as técnicas para evitar o descontrolo dos esfíncteres em situação de stress

A adopção do estilo alimentar saudável também pode ser um factor importante para combater ou evitar a incontinência através da abstinência de bebidas que provocam a irritação da bexiga e a utilização correcta do uso água ao longo do dia em vez de beber grandes quantidades de uma única vez.