Por Joaquim Parra Marujo ( Doutor em Antropologia Social e Cultural, Mestre em Clínica de Saúde Mental e Diretor da Licenciatura em Gerontologia Social, na Escola Superior de Educação João de Deus).
No futuro teremos uma nova geração de pessoas idosas. Dessa geração de "maiores", os idosos que realizem um envelhecimento activo terão outra qualidade de vida e uma melhor saúde física, emocional, mental, cognitiva e espiritual.
Vejamos alguns dados estatísticos para compreendermos "quem é quem" dentro de 20 anos. As previsões das Nações Unidas referem que até ao ano de 2050, os países da Europa do Sul, terão as mais altas proporções de pessoas com ou mais de 65 anos de idade. Em Portugal e segundo as projecções do INE "o número de idosos com mais de 65 anos será de 2,95 milhões em 2050, (...) e em 2046 a proporção de população jovem reduzir-se-á a 13% e a população idosa aumentará dos actuais 17,2% para 31%".
No mundo, o número de idosos aumentará rapidamente e passará de 606 milhões (no ano 2000) para perto de 2 mil milhões em 50 anos. O aumento será mais marcante nos países pobres, onde a população idosa se quadruplicará, passando de 374 milhões para 1,6 mil milhões.
Este novo quadro demográfico tanto pode ser um perigo como uma nova oportunidade visto que, ser-se velho, comporta em si mesmo um estatuto de experiências, olhares-saberes e olhares-saber-fazer a serem aproveitados. Simultaneamente, é o estigma de um ser já desvinculado social, cultural e economicamente que transporta o rótulo e a etiquetagem do mito da inflexibilidade face à mudança, o mito da improdutividade laboral e o mito da (falta de) auto-estima.
Com os dados demográficos apresentados e com as iatrogenias do envelhecimento urge a necessidade de estreitar a relação entre a população idosa e a juventude (a intergeracionalidade). Cabe às universidades prepararem licenciados em Gerontologia, os Gerontólogos, preparados cientificamente para planearem e intervirem na prevenção da estabilidade da arquitectura: intelectual, informacional, lúdica, perceptiva, sensorial e cinestésica da pessoa idosa.
As doenças, consideradas, do envelhecimento, provocam na pessoa idosa sentimentos de vazio social, dependências - familiar, económica, social, cultural e política - e de exclusão social.
Toda esta problemática causa inúmeros sofrimentos ao idoso, contribuindo significativamente para a estigmatização, o isolamento e a exclusão social, levando-o à tristeza e depressão. Deprimido, aliena-se de tudo o que o rodeia, terminando na sua morte por isolamento familiar, espacial e sociocultural.
Para que "o mais velho" usufrua de uma melhor qualidade de vida - saúde física, psicológica e espiritual - urge estimulá-lo através de actividades psicomotoras (educação física), de estimulação cognitiva (leitura, música, pintura, etc.), técnicas de relaxamento e de meditação (o envelhecimento activo). Todas estas actividades optimizarão a auto-estima, a autoconfiança e a auto-imagem.
O "cuidador de pessoas idosas", o gerontólogo, deverá estar munido de conhecimentos de artes expressivas, científicos, metodológicos, ergonómicos, tecnológicos, funcionais e éticos para proporcionar uma intervenção de qualidade a nível da dimensão cultural e social, da participação comunitária, do associativismo e dos aspectos pessoais e educativos.
Vejamos alguns dados estatísticos para compreendermos "quem é quem" dentro de 20 anos. As previsões das Nações Unidas referem que até ao ano de 2050, os países da Europa do Sul, terão as mais altas proporções de pessoas com ou mais de 65 anos de idade. Em Portugal e segundo as projecções do INE "o número de idosos com mais de 65 anos será de 2,95 milhões em 2050, (...) e em 2046 a proporção de população jovem reduzir-se-á a 13% e a população idosa aumentará dos actuais 17,2% para 31%".
No mundo, o número de idosos aumentará rapidamente e passará de 606 milhões (no ano 2000) para perto de 2 mil milhões em 50 anos. O aumento será mais marcante nos países pobres, onde a população idosa se quadruplicará, passando de 374 milhões para 1,6 mil milhões.
Este novo quadro demográfico tanto pode ser um perigo como uma nova oportunidade visto que, ser-se velho, comporta em si mesmo um estatuto de experiências, olhares-saberes e olhares-saber-fazer a serem aproveitados. Simultaneamente, é o estigma de um ser já desvinculado social, cultural e economicamente que transporta o rótulo e a etiquetagem do mito da inflexibilidade face à mudança, o mito da improdutividade laboral e o mito da (falta de) auto-estima.
Com os dados demográficos apresentados e com as iatrogenias do envelhecimento urge a necessidade de estreitar a relação entre a população idosa e a juventude (a intergeracionalidade). Cabe às universidades prepararem licenciados em Gerontologia, os Gerontólogos, preparados cientificamente para planearem e intervirem na prevenção da estabilidade da arquitectura: intelectual, informacional, lúdica, perceptiva, sensorial e cinestésica da pessoa idosa.
As doenças, consideradas, do envelhecimento, provocam na pessoa idosa sentimentos de vazio social, dependências - familiar, económica, social, cultural e política - e de exclusão social.
Toda esta problemática causa inúmeros sofrimentos ao idoso, contribuindo significativamente para a estigmatização, o isolamento e a exclusão social, levando-o à tristeza e depressão. Deprimido, aliena-se de tudo o que o rodeia, terminando na sua morte por isolamento familiar, espacial e sociocultural.
Para que "o mais velho" usufrua de uma melhor qualidade de vida - saúde física, psicológica e espiritual - urge estimulá-lo através de actividades psicomotoras (educação física), de estimulação cognitiva (leitura, música, pintura, etc.), técnicas de relaxamento e de meditação (o envelhecimento activo). Todas estas actividades optimizarão a auto-estima, a autoconfiança e a auto-imagem.
O "cuidador de pessoas idosas", o gerontólogo, deverá estar munido de conhecimentos de artes expressivas, científicos, metodológicos, ergonómicos, tecnológicos, funcionais e éticos para proporcionar uma intervenção de qualidade a nível da dimensão cultural e social, da participação comunitária, do associativismo e dos aspectos pessoais e educativos.
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