A capacitação educacional do Homem
começa já desde muito cedo. Arriscar-me-ia em dizer que essa educação começa
não na infância mas no planeamento familiar. É nesse momento que os futuros
pais deviam tomar decisões de como estimular os filhos para uma aprendizagem
progressiva e positiva em todos os aspetos da vida, principalmente no âmbito da
saúde e do ambiente. Collins e Kuczaj (apud Oliveira, 1994, p: 107) sugerem que
“muitos estudos concluem que os estilos educativos parentais têm um grande
impacto no desenvolvimento psicológico de crianças e adolescentes”. Oliveira
(1994 p:137) afirma ainda que no âmbito da ralação familiar, essa “influencia
grandemente (…) o comportamento” da criança e consequentemente do adulto. Dessa
forma podemos constatar que a capacitação para uma aprendizagem que se
desenvolva ao longo da vida tem o seu lugar, não numa sala de aula mas no
núcleo familiar.
O conceito de Carvalho & Carvalho
parece ser um eco à voz do grande sábio Salomão que escreveu no Livro de
Provérbios 22:6 “ensina a criança o caminho que deve andar e ainda quando for
velho não se apartará dele”. Aqui estão traçados os alicerces para uma educação
que pode ter efeito para toda a vida. Quando o núcleo familiar é disfuncional
ou não existe, aí a intervenção parte da sociedade e do meio envolvente, como
as instituições.
Carvalho & Carvalho apresentam
ainda o texto da OMS para assegurar que essa busca constante da capacitação não
deve somente estar na fase escolar, mas ao longo de toda a vida. Esse conceito
de uma educação constante é que habilita o Homem a aparelhar-se “para todos os
estágios do seu desenvolvimento e para lutarem contra as doenças crónicas e
incapacidades”. Os estágios do desenvolvimento tão salientados por Piaget (apud
Pelitti, 2009) são, nomeadamente, a infância, adolescência, adultíce e velhice.
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