Hallstrom e Mcclure (2000, pag.74) determinam a
ansiedade deriva dos “fatores sociais”. A ansiedade ou o medo daquilo que possa
acontecer é um dos elementos emocionais mais perigosos para a nossa saúde
física e mental. Neufild (2011, pag. 15) relata uma lenda antiga onde “um
viajante que certa noite encontrou com o Medo e a Peste a caminho de Londres,
onde estes esperavam matar umas 10 000 pessoas. O viajante perguntou à Peste se
esta se encarregaria dessas mortes todas. “Ah, não”, respondeu a Peste. “Eu,
quanto muito, mato umas centenas. O meu amigo Medo matará o resto”. Desta forma
alegórica vemos como sofremos por antecipação e como isto pode afetar a nossa
homeostase. Tem sido grandemente destacado por psicólogos e terapeutas que grande
parte das doenças que assolam a nossa sociedade tem origens na nossa mente.
Neufild (2011, pag. 16) classifica o medo e a
ansiedade como elementos “muito vulgares”. No entanto estes “elementos” causam
“apreensão, preocupações, falta de ar, transpiração, dificuldade de
concentração e hipervigilância”.
Os indivíduos que estão constantemente amedrontados
por algo que eventualmente possa acontecer estão sempre apreensivos, não vivem
o presente em sua plenitude nem têm capacidade para desfrutar os momentos que a
vida lhes oferece. Estão a projetar toda a energia para uma eventualidade que
poderá acontecer no futuro, deixando desta forma de viver o presente. Com isto
sofrem por antecipação, e abrem consequentemente as portas da alma para a
depressão e outras patologias se desencadearão como consequência óbvia.