segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

O Exercício Físico e a Saúde

Dezembro é, por excelência, o mês em que avaliamos tudo aquilo que fizemos durante o ano. É a contabilidade da vida, o momento em que olhamos para trás e vemos que o ano passou tão depressa que não fizemos tudo a que nos propusemos ou sonhámos ou, pelo contrário, regozijamo-nos com o sentimento de dever cumprido. É o que sucede com muitos nas passagens de ano. Com a mesma velocidade que passam as festividades, esquecemos os nossos votos e felicitações de “saúde para dar e vender” e voltamos a mergulhar no stress da vida diária.
Na maior parte dos casos os afazeres da vida impedem-nos de promover em nós mesmos uma qualidade de vida que resulte em boa saúde. Isso é de fato bastante antagónico. Lutamos para ter uma vida melhor e nessa luta, deixamos de ter um viver com qualidade. No passado, a qualidade de vida era medida através dos bens materiais da pessoa. Hoje os parâmetros mudaram porque o leque das possibilidades alargou-se e o ser humano tem sido cada vez mais visto como um todo que está interligado com o corpo, a mente, a vida social, cultural, espiritual e tantas outras vertentes essenciais para uma vida plena. Mas, o fato, é que todas essas vertentes estão vinculadas ao corpo.
Assim, um corpo doente não tem condições para dar respostas satisfatórias às necessidades que são inerentes na complementação total do ser humano. No âmbito da Gerontologia Social parte-se do pressuposto de base que o ser humano vive socialmente num contexto de interação consigo próprio e com os outros da sua espécie, com o meio ambiente envolvente e com o espiritual.
Todos os fatores da vida passam por esses vínculos, mas o depositário dos mesmos é indubitavelmente, o corpo. Assim, se o corpo vai mal, todo o ser padece. Por esse motivo, reforçamos a importância da atividade física na promoção da sua saúde hoje e bem como na construção de um envelhecimento com qualidade.
Um corpo saudável estará mais apto para uma vivência social e ambiental mais pró-ativa. Da mesma forma estará com a mente mais predisposta ao desenvolvimento espiritual.
Se ainda não foi dessa vez que conseguiu organizar-se para dedicar algum tempo a praticar exercício físico, veja onde está o desperdício de tempo e faça a correção. Lembre-se que um dia tem 24 horas e poderíamos dividi-lo assim: 8 horas para o trabalho, 8 horas para dormir… E como está a distribuir as 8 horas restantes? A sua saúde é o seu maior património.

Pense nisso!     

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Controle da mente pelo estômago


Banquetes de glutonaria, e alimentos postos no estômago fora de horas, deixam sua influência sobre cada fibra do organismo; e a mente é também seriamente afetada pelo que comemos e bebemos. 

(...)
Alguns não exercem controlo sobre seu apetite, mas satisfazem o gosto às expensas da saúde. Como resultado, o cérebro é obscurecido, os pensamentos ficam retardados, e eles deixam de realizar o que poderiam se houvessem exercido domínio próprio e abstinência.


E G White in A Ciência do Bom Viver pg 132


domingo, 21 de dezembro de 2014

A Cura Mental

Muito íntima é a relação que existe entre a mente e o corpo. Quando um é afetado, o outro se ressente. O estado da mente atua muito mais na saúde do que muitos julgam. Muitas das doenças sofridas pelos homens são resultado de depressão mental. Desgosto, ansiedade, descontentamento, remorso, culpa, desconfiança, todos tendem a consumir as forças vitais, e a convidar a decadência e a morte. 

A doença é muitas vezes produzida, e com frequência grandemente agravada pela imaginação. Muitos que atravessam a vida como inválidos poderiam ser sãos, se tão-somente assim o pensassem. Muitos julgam que a mais leve exposição lhes ocasionará doença, e produzem-se os maus efeitos exatamente porque são esperados. Muitos morrem de doença de origem inteiramente imaginária. 
O ânimo, a esperança, a fé, a simpatia e o amor promovem a saúde e prolongam a vida. Um espírito contente, animoso, é saúde para o corpo e força para a alma. "O coração alegre serve de bom remédio." Prov. 17:22. 
 No tratamento do enfermo não se deveria esquecer o efeito da influência mental. Devidamente usada, essa influência proporciona um dos mais eficazes meios de combater a doença.

E.G. White em A Ciência do Bom Viver pag 241 

domingo, 14 de dezembro de 2014

Exercitar para manter a forma

O exercício físico contínuo recomenda-se para a profilaxia da obesidade que também é uma realidade preocupante no grupo de idosos sedentários. Com o avançar dos anos, o idoso perde massa muscular e aumenta a massa gorda. Isto decorre, entre outros, pelo facto da pessoa ter uma alimentação com mais calorias do que o necessário. Aqui entra o ponto-chave do exercício físico, exercitar para manter a forma. E manter a forma não é somente ter aquele corpo escultural dos anos da juventude. É manter a forma física que permita ao idoso exercer as suas atividades de rotina diária em todos os aspetos da sua vida. Isso é possível através de rotinas regulares de prática de atividade física, que irão ser um grande contributo para reduzir o excesso de peso, o que garantirá ao idoso o prolongamento da sua autonomia.

Em acréscimo, cada vez mais tem-se constatado uma forte ligação entre a obesidade e os mais variados tipos de doenças que poderiam ser evitadas mas que infelizmente tem ceifado a vida de muitos.
Para além disso, a obesidade também causa distúrbios psicológicos. A autoestima diminui e a autoimagem desvaloriza-se. Ver idosos obesos não se coaduna com a imagem de pessoas elegantes estabelecida pelos padrões socioculturais onde o belo continua a ser avaliado pelos princípios de ser “jovem e elegante”.

O que está a fazer pelo seu corpo? As suas ações cooperam para uma vida saudável ou para um futuro incerto de doenças?  

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Prolongue a saúde do seu corpo

Já aconteceu consigo comprar uma máquina, ou qualquer outro artigo, ao mesmo tempo que uma pessoa conhecida, e com o passar do tempo a sua máquina ou aquele artigo teve um tempo de vida muito mais curto que o da outra pessoa sua amiga? O que poderá ter abreviado o prazo de vida do seu produto? Podemos citar várias causas como: má utilização, má conservação, e a utilização excessiva.
Assim como acontece com as máquinas e outros artigos também acontece connosco.O nosso corpo é uma máquina extraordinária que precisa ser bem tratada. Não nos podemos dar ao luxo de uma má utilização pois temos somente um corpo. Quem utiliza mal o seu corpo também o conserva em mau estado, e conservá-lo em bom estado está para além dos disfarces das intervenções cosméticas que cada vez têm tido maior adesão na nossa sociedade.

Portugal Maior


segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Redes de apoio social para idosos

A complexidade do fenómeno do envelhecimento humano obriga a uma abordagem dinâmica e ao mesmo tempo complexa pois estamos a lidar com seres humanos e cada um envelhece de uma forma única e ao seu próprio tempo.
 As redes sociais foram criadas com o objetivo de fornecer o suporte social em todos os níveis para toda a sociedade. Entretanto neste trabalho iremos dar uma atenção especial ao suporte social para pessoas idosas.
Já alguém disse que “o homem não é uma ilha”. Assim o homem só se realiza como pessoa quando vive ou desenvolve relações com os seus semelhantes. Esta relação tem vários níveis e assume múltiplas formas que podem ser caracterizadas como; amizade, intimidade e sociabilidade. Daí derivam as atracções interpessoais e consequentemente as atribuições causais. Na óptica de Cutrona (apud Serra 2002) as pessoas devem “confiar umas às outras para obter certas necessidades básicas. Assim é demonstrada a evidência da fragilidade humana e como tal dependemos uns dos outros. 

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

A Gerontologia Social e a Farmacodependência

“A população idosa de todos os países industrializados consome quantidades importantes de medicamentos, situação esta que não cessa de se agravar. O fenómeno do sobreconsumo de medicamentos, apesar de bastante disseminado, é, no entanto, mal conhecido, muitas vezes voluntariamente ignorado e por vezes mesmo escondido. Esta situação inquietante e trágica constitui um obstáculo maior à promoção da saúde dos idosos e coloca problemas importantes aos profissionais de saúde.”
Louise Berger e Danielle Mailloux-Poirier
In “Pessoas idosas – Uma abordagem global”

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Medo de Envelhecer

Evitar o envelhecimento tem sido o propósito do homem desde os tempos mais remotos.  Entretanto negar o envelhecimento é negar a própria vida. Pois este fenómeno biopsicossocial ocorre ao longo da nossa existência. Autores como Bize e Vallier (1985) e Marujo (2009) defendem que o envelhecimento inicia-se na fecundação do óvulo. 
Segundo Robert (1995) “o envelhecimento é caracterizado pela incapacidade progressiva do organismo para se adaptar às condições variáveis do seu ambiente. Os mecanismos implicados apresentam todos as características seguintes: são progressivos, nocivos, irreversíveis e, geralmente comuns a inúmeros organismos.
 Levet (1989) sugere que como “hoje não existe hoje vacina contra o envelhecimento” deveríamos encarar o envelhecimento com outra perspectiva. O melhor caminho seria, conforme o autor “descobrir pontos sobre os quais é preferível ceder, a fim de empenhar as suas forças noutro lado; encontrar estratégias de compensação, procurar o que resiste e o que é ainda possível desenvolver, sem esquecer o que é possível adquirir. Este pensamento reflete o conceito de Jung onde o idoso é aconselhado a olhar para o mundo numa novas perspectiva, abandonar o que deve ser abandonado seguir para as novas expectativas que a idade lhe oferece, abraçando assim o transcendente. Levet (1989) assegura ainda que um envelhecimento saudável passa por o “exercitar o espírito”. 
Para concluir, compartilho o comentário de Dan Hill onde afirma que cada pessoa “pode envelhecer com graça (isto é, cada vez mais sabendo receber diariamente a graça dada por Deus, e fazendo-a resplandecer, mostrando-a para com todos, fazendo brilhar seu fruto do Espírito). Pode envelhecer com graciosidade ... , sim, aplicando as lições que aprenderemos de Abraão”. 

sábado, 17 de maio de 2014

Viver sem Tabaco

Como tem sido cada vez mais apontado por médicos e cientistas, o tabaco é um dos principais responsáveis por diversas doenças oncológicas e infeções do aparelho respiratório, para além de outros males, tal como o envelhecimento precoce dos pulmões.

Entretanto como se tem observado, devido à dependência que a nicotina provoca, abandonar o seu uso pode não ser algo fácil.
Os nossos hábitos são formados a partir de atos que praticamos. Esses atos ficam registados na nossa mente através da prática constante. Recorda-se alguma vez que, ao andar pelo campo, observou alguns trilhos que são utilizados pelas pessoas, trilhos esses que ligam um ponto a outro? Esses caminhos nos campos ou relvados da cidade surgem pelo facto das pessoas passarem por eles continuamente, deixando a terra batida sem possibilidade de nascer erva no local e preencher a falha existente.

O mesmo ocorre no nosso cérebro referente aos nossos hábitos. As nossas células cerebrais comunicam-se através de sinapses. Um ato constante, como o fumar, fica registado no nosso cérebro a partir das sinapses, o caminho de comunicação entre uma célula e outra para a execução de um hábito. Entretanto esse “caminho” pode ser apagado com a criação de outro hábito. Para aqueles que desejam parar de fumar, entre outros coisas o que necessitam fazer é mudar hábitos. 
Opte por hábitos saudáveis para ter uma vida melhor! Não importa a sua idade ou quantos anos tem fumado. As mudanças são desafios espetaculares e precisamos de encher a nossa vida de desafios que nos proporcionam uma vida melhor!

Educação para idosos

O ato de promover a educação das camadas mais velhas da sociedade está relacionado com o desenvolvimento de uma gerontologia educativa. Glendenning (apud Veloso 2011) traça o desenvolvimento dessa vertente da Gerontologia no ano de 1976 por Howard, professor da Universidade do Michigan.

Para Anaut (2005, p: 123) “a população idosa tornou-se nomeadamente um dos grupos de investigação mais instrutivos […]”. Assim o idoso dos nossos dias passou a ser visto como parte integrante de um grupo com um grande potencial. Este grupo entretanto tem as suas características, necessidades e fragilidades próprias.
Tornou-se obrigatório criar e desenvolver meios para proporcionar aos idosos melhor qualidade de vida e promover um modelo de envelhecimento onde sejam garantidas condições de integração social e que potenciem um envelhecimento saudável em todos os seus aspetos.
A Quinta Conferência Internacional sobre Educação de Adultos, de 1997, que teve lugar na cidade de Hamburgo declara: “é importante que (esses adultos idosos) tenham oportunidade de aprender em igualdade de condições e de maneira apropriada. As suas capacidades e competências devem ser reconhecidas, valorizadas e aproveitadas”. Segundo Terra (2009, p:5) “educação para os idosos são programas educacionais voltados atender às necessidades da população idosa, considerando as características desse grupo etário”.
Essas necessidades devem ser avaliadas de uma forma individual pois cada idoso leva consigo a sua própria bagagem cultural e emocial. Um plano de intervenção de um modelo educacional para o idoso deve ser tridimensional, pois dessa forma o idoso poderá alargar o seu conhecimento no aspecto de si próprio e do contato com o seu semelhante, no aspecto do meio envolvente e no aspecto transcedental que irá ajudar no seu despertar espiritual e no encontro com o seu Criador. 

domingo, 4 de maio de 2014

Encontrar Significado Após as Derrotas

A perda é uma parte natural da vida e algo que nenhum de nós podemos evitar. Independentemente de quão dolorosa ou traumática seja essa experiência, é extremamente importante encontrar um aspeto positivo nessa experiência para ajudar no processo da recuperação emocional, eu faço isso como um exercício regular em todas as minhas experiências. A nossa capacidade de encontrar significados positivos nos eventos é uma questão de prática. Não existe nada de mal que nos aconteça que não tenha uma lição positiva.
O apóstolo Paulo, um dos grandes heróis do novo testamento, deixou um grande legado escrito em Romanos 5:3 que poderá ser um grande conforto e uma motivação nos momentos de fracasso: “… também nos gloriemos nas próprias tribulações, sabendo que  tribulação produz perseverança; e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança."
Assim, até nos momentos mais sombrios da nossa experiência podemos mantermos firmes pois até uma experiência de perda poderá fortalecer a nossa esperança e promover o nosso bem-estar emocional. 

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Produtos de Apoio - Ajudas Técnicas - Gerontolotecnologia

Os produtos de apoio constituem auxiliares preciosos para que as pessoas com incapacidade ou portadoras de deficiência consigam ter uma vida autónoma. No entanto, estes produtos têm de ser prescritos e o seu uso acompanhado por especialistas, sob pena de se pôr em sério risco a segurança e saúde dos utilizadores. Felizmente, está a tornar-se mais fácil ter acesso quer aos materiais, quer a acompanhamento de qualidade, graças à existência de bancos e centros de informação de produtos de apoio.
A população sénior tem vindo a beneficiar do aparecimento por esse país fora, muitas vezes apoiado pelos municípios e instituições de solidariedade social, de bancos que disponibilizam materiais indispensáveis à autonomia de pessoas com as mais variadas incapacidades. Sob a denominação genérica de produtos de apoio (em inglês assistive devices) encontram-se diversas tipologias de produtos, nomeadamente para facilitar a realização de actividades da vida diária, permitir uma mobilidade com maior autonomia, devolver a capacidade para o envolvimento em actividades de lazer e/ou profissionais, bem como para adaptar os ambientes de desempenho ou a forma de realizar determinadas ocupações.
Através dos bancos de produtos de apoio já é possível pedir emprestado algum material básico, nomeadamente de banho ou sanitário, anti escaras, facilitador de mobilidade, ou para acamados, entre outros, embora o conjunto de opções existentes possa ser, nalguns casos, ainda muito limitado. Com todo o mérito que merecem, estas iniciativas devem ser encaradas apenas como parte da solução, da mesma forma que a existência do produto de apoio é apenas um pressuposto (embora fundamental) do processo terapêutico.
É um facto que, seja através dos bancos, seja através das lojas, os produtos de apoio tornaram-se mais acessíveis. O desafio passou a ser agora como torná-los concretamente utilizáveis na vida quotidiana da pessoa com limitação.
prods apoio Produtos de Apoio   Uma ajuda ao seu alcance
Imagem: Centro Ortopédico da Parede
A escolha acertada
Compreender em teoria o benefício de um produto de apoio é uma coisa, aceitá-la como parte integrante da sua vida é outra completamente diferente. Para muitas pessoas este é o primeiro obstáculo a ultrapassar no processo de adopção de um produto de apoio. Mas mesmo quando a iniciativa de procurar um destes produtos parte do próprio utilizador, não basta escolher um e levar para casa. Para que a utilização surta o efeito desejado é necessário que a pessoa esteja motivada mas também que o produto seja o mais adequado para aquela pessoa, com as suas especificidades físicas, as características da sua casa e outros ambientes em que se move, as suas rotinas e hábitos sociais, os seus recursos, limitações e traços de personalidade.
Enquanto a escolha de próteses e ortóteses requerem sobretudo uma apreciação médica, a selecção das ajudas técnicas engloba apreciações do ambiente físico, familiar e social (imagine-se por exemplo seleccionar uma ajuda técnica para subir as escadas lá de casa sem primeiro analisar o local). O terapeuta ocupacional, embora integrado numa equipa multidisciplinar, é o profissional mais habilitado para, tendo em conta os objectivos concretos da reabilitação, se inteirar das condições de vida do utente e dos seus cuidadores e em concordância aconselhar o produto de apoio mais indicado para cada situação. Para além de ajudar a escolher, o terapeuta ocupacional pode e deve contribuir também para personalizar e treinar a correcta utilização, inclusivamente no ambiente de desempenho da pessoa com incapacidade, para a verificação da sua eficácia, bem como mais tarde aconselhar a sua substituição caso necessário.
Os Centros de Informação
Não é portanto de estranhar que os terapeutas ocupacionais apareçam frequentemente ligados aos bancos de ajudas técnicas e aos centros de informação sobre ajudas técnicas. Estes centros pretendem ser verdadeiros núcleos de competência capazes de divulgar informação e dar apoio profissional personalizado às pessoas com incapacidade ou deficiência, bem como aos seus familiares e cuidadores. Uma vantagem destes centros é alargar os horizontes dos utentes que deixam de estar condicionados aos objectos disponíveis nos bancos de ajudas técnicas para terem acesso a um manancial de informação sobre os mais diversos tipos de produtos, incluindo tecnologias avançadas (electrónicas, informáticas, telemáticas) capazes de revolucionar por exemplo as suas capacidades de comunicação e inserção no mundo de trabalho. Outro benefício é a qualidade da relação com o utilizador. Quando os centros de informação se desenvolvem no seio ou junto aos próprios centros de reabilitação, os técnicos que se ocupam de um utente têm oportunidade de participar no projecto. Maior proximidade e convivência com o utente e seus cuidadores resulta, normalmente, em maior qualidade na orientação, aconselhamento e formação, tarefas típicas dos centros de aconselhamento sobre ajudas técnicas
Financiamento
A adopção de uma ajuda técnica pode implicar investimentos consideráveis. Para além do empréstimo directo dos produtos, as pessoas portadoras de deficiência ou incapacidade podem obter financiamento através dos centros prescritores. Existem três tipos de centros prescritores – centros de saúde, hospitais e centros especializados – cada um dos quais com poder para prescrever e solicitar o financiamento de determinadas categorias de produtos de apoio. Por exemplo, os centros de saúde não podem prescrever produtos de apoio para mobilidade pessoal, à excepção de bengalas e canadianas. Para obter o financiamento é necessário juntar ao processo 3 orçamentos do produto em questão, bem como documentos comprovativos da situação social, informação que a entidade prescritora encaminha à entidade financiadora (Centros Distritais da Segurança Social ou Santa Casa da Misericórdia de Lisboa). Se precisa de financiamento para um produto de apoio, facilmente encontrará na internet o Manual de Procedimentos para o Financiamento de Produtos de Apoio que a Segurança Social disponibiliza acerca deste assunto.
A importância de assegurar não apenas a disponibilidade de algumas ajudas técnicas mas a informação completa sobre as suas características, bem como apoio profissional na sua escolha, treino de uso, fornecimento, instalação e manutenção ganha outra dimensão tendo em conta que a autonomia pessoal – ou pelo menos a máxima autonomia possível – é uma das chaves para a integração social, e que desta depende em grande medida a qualidade de vida das pessoas com incapacidade, muitas das quais seniores.
Para informações mais detalhadas pode consultar os sítios da internet abaixo mencionados.
Catálogo Nacional de Ajudas Técnicas:
http://www.ajudastecnicas.gov.pt/
- See more at: http://www.projectoeuconsigo.pt/produtos-de-apoio-uma-ajuda-ao-seu-alcance/#sthash.VeaiVFp4.dpuf

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Combater a Osteoporose

Nos dias atuais tem sido um dos maiores desafios da gerontologia conscientizar as pessoas de que o envelhecimento é tão-somente mais uma etapa da vida e como tal tem os seus lados positivos e negativos.

Embora entendamos que envelhecimento não seja sinónimo de doença, também necessitamos ser sensíveis à realidade do efeito que os anos vividos podem trazer. Como bem observaram os investigadores franceses  Thiebauld e Sprumont (2009, p:41) “a senescência é caracterizada pela perda de tecido ósseo que fragiliza o esqueleto”. A essa perda acentuada do tecido ósseo dá-se o nome de osteoporose. Com feito, os poros normais dos ossos de uma pessoa com osteoporose passam a ser muito maiores, de uma forma extremamente acentuada, resultante da perda da massa óssea. Com isso o esqueleto fica fragilizado.
Muitos estudos tão recentes como os de Thiebauld e Sprumont mostram que com o passar da idade é natural certa diminuição da condensação óssea. Entretanto esse fenómeno pode caracterizar-se com o surgimento excessivo de poros cada vez maiores, o que compromete o bom funcionamento de todo o esqueleto.
Embora muitos dos motivos que levam uma pessoa a adquirir osteoporose ainda estejam para serem descobertos, pesquisadores como Barreiros, Espanha e Correia (2006) compartilham a ideia que a inatividade física é um dos fatores que apresenta uma grande contribuição para o surgimento dessa doença. Enquanto nos idosos fisicamente ativos foi observado uma diminuição, menos acentuada, de massa óssea. Ou seja, mais exercício físico, menor a probabilidade de adquirir osteoporose.

Ter ossos saudáveis e resistentes sem exercício físico constante é como tentar fazer um bolo somente com farinha e açúcar, ou um castelo com areia seca.  

Luciano da Silva
Publicado na revista Saúde & Lar - agosto de 2013 

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Renuncia

Todas das as flores aspiram ser fruto
Todas manhãs aspiram ser noite,
Nada há de eterno na terra
A não ser a mudança, a fuga.
Mesmo o mais belo dos Verões anseia  por conhecer o Outono, o definhar.
Aguenta-te, folha, mantém-te calma,
Quando o vento te quiser arrebatar.
Deixa estar, não tentes defender-te
Que aconteça o que tiver de ser.
Deixa o vento,  que te arranca a parte,
Conduzir-te de regresso à casa.

Hermann Hesse

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Conceito de Resiliência

Nos dias de hoje fala-se muito em desenvolver uma personalidade resiliente. Para assimilar melhor o que é a resiliência, vejamos os campos em que essa expressão foi desenvolvida: 

Característica mecânica que define a resistência aos choques de materiais; Particularidade apresentada por certos corpos, quando estes voltam à sua forma original, depois de terem sofrido deformação elástica. No sentido figurado é a Habilidade de se adaptar com facilidade às intemperes, às alterações ou aos infortúnios. 
(Etm. do latim: resilientia)

Assim, a capacidade de adaptação, a capacidade de controlo de determinada situação, O bem-estar e a satisfação com a vida, os bons tratos e a  pacidade de enfrentar um problema têm a sua contribuição especial no desenvolvimento de uma personalidade resiliente. Daí provem a ecessidade de valorizar, cuidar e respeitar os que estão à nossa volta, contribuindo assim para a construção de uma pessoa resiliente. 

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

O aspecto físico, mental e espiritual da pessoa


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Por Dan Solís

“... antiga filosofia grega separava na existência humana a dimensão espiritual (alma) da dimensão física (corpo). Acreditando que a alma humana era imortal, muitos gregos minimizavam a importância do corpo. Por ser o corpo temporal, era considerado menos valioso do que a alma, que permanecia. De fato, em um dos mais famosos textos da antiguidade, Platão descreveu seu mestre Sócrates, prestes a enfrentar a morte, falando longa e eloquentemente sobre a corrupção e maldade do corpo. Também afirmou que, no momento da morte, sua alma imortal seria finalmente livre para fazer todas as coisas que o corpo a havia impedido de fazer. A Bíblia ensina algo radicalmente diferente. O corpo humano é criação directa de Deus, que de modo assombroso e maravilhoso o formou (Salmo 139:14). Além disso, o corpo não se separa da alma. Corpo, mente e espírito são apenas diferentes aspectos da personalidade ou existência humana, não entidades existentes de maneira independente. Consequentemente, o que afecta o corpo afecta a mente e o espírito, os outros aspectos inter-relacionados da personalidade. Assim, sempre que Cristo curava, Ele não apenas erradicava os problemas físicos, mas transformava a experiência humana nos aspectos físico, mental e espiritual”

O aspecto físico, mental e espiritual da pessoa


Resultado de imagem para person icon“... antiga filosofia grega separava na existência humana a dimensão espiritual (alma) da dimensão física (corpo). Acreditando que a alma humana era imortal, muitos gregos minimizavam a importância do corpo. Por ser o corpo temporal, era considerado menos valioso do que a alma, que permanecia.


De fato, em um dos mais famosos textos da antiguidade, Platão descreveu seu mestre Sócrates, prestes a enfrentar a morte, falando longa e eloquentemente sobre a corrupção e maldade do corpo. Também afirmou que, no momento da morte, sua alma imortal seria finalmente livre para fazer todas as coisas que o corpo a havia impedido de fazer.
A Bíblia ensina algo radicalmente diferente. O corpo humano é criação directa de Deus, que de modo assombroso e maravilhoso o formou (Salmo 139:14). Além disso, o corpo não se separa da alma. Corpo, mente e espírito são apenas diferentes aspectos da personalidade ou existência humana, não entidades existentes de maneira independente. Consequentemente, o que afecta o corpo afecta a mente e o espírito, os outros aspectos inter-relacionados da personalidade. Assim, sempre que Cristo curava, Ele não apenas erradicava os problemas físicos, mas transformava a experiência humana nos aspectos físico, mental e espiritual”.

Por Dan Solís

domingo, 26 de janeiro de 2014

A dificuldade de mobilidade motora da população portuguesa

Baseado nas informações do Instituto Nacional de Estatística, é possível fazer uma leitura do recenseamento de 2001, e analisar a condição da dificuldade de mobilidade da população portuguesa, especialmente dos idosos, como se vê no quadro que se segue:

Tabela 1 – População total e com deficiência e taxas de deficiência por faixas etárias 
Faixa etária
População
Percentagem da população com deficiência motora
0 a 15 anos
1 656 602
2,2%
16 a 24 anos
1 352 106
3,5%
25 a 54 anos
4 396 336
5,2%
55 a 64 anos
1 121 137
9,5%
64 anos ou mais
1 702 120
12,5%
Pop. residente
10 356 117
6,1%
(Fonte INE Censos 2001, Doc. de trabalho PAIPDI)

Uma análise superficial ao quadro revela a flagrante realidade da população portuguesa no âmbito da imobilidade motora em relação com a faixa etária. O índice de pessoas com deficiência motora aumenta flagrantemente com o aumento da idade. Aponta que 6,1% da população portuguesa residente no continente e ilhas tem deficiência motora, desse grupo 12,5% têm idade igual ou superior a 65 anos, o que mostra que o maior índice de deficiência está na população idosa. Com o envelhecimento da população que será revelado no censo de 2011 é de se esperar que o número de idosos com deficiência tenda a aumentar.
As indicações acima demonstram a necessidade que temos, face aos desafios, em promover acessibilidade a idosos, tendo em vista que 12,5% dessa população tem dificuldade em locomover-se.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Dormir bem: para evitar envelhecimento precoce

Para garantir a saúde e a restauração do vigor físico e mental é necessário dormir bem. A necessidade de descanso é tão real como a necessidade de actividades físicas e mentais para o bom desempenho do organismo. O indivíduo que não descansa as horas necessárias para recompor as energias está tão sujeito a doenças como o indivíduo sedentário.

O sono deve ser obtido através de processos naturais de relaxamento e não por via de calmantes em forma de medicamentos. Segundo Pape e Puzenat (2003) os calmantes “trata-se de medicamentos sintomáticos, que aliviam mas não eliminam a causa, e é por vezes necessário aumentar a dose para manter os mesmos efeitos. Estes factores podem provocar, em certas pessoas verdadeira dependência na sequência de uma utilização prolongada.

Melo (2003) sugere a necessidade de “relaxar o sistema nervoso obtendo-se o descanso natural reparador”. O mesmo autor informa ainda que “o melhor momento para o diencéfalo encontrar a sua liberdade total de acção neurovegetativa é a noite, sono natural, quando o córtex repousa e nenhum pensamento o perturba”.

Seguindo esta linha de pensamento Cordeiro (2010) confirma a necessidade do sono nocturno ao informar que “a melatonina, substância produzida pela glândula pineal, que se localiza no centro do cérebro é sensível à luz que entra pelos olhos, é também muito importante no processo do sono. A secreção aumenta com a escuridão”. Em conformidade com este conceito E.White (apud Handysides, Kuntaraf at al, 2010) salienta que “o sono é muito mais valioso antes do que depois da meia-noite. Duas horas de bom sono antes das doze valem mais do que quatro horas depois das doze”. Se o corpo não se purificar surge um estado de permanente fadiga que muitas vezes leva o indivíduo a patologias que poderiam se evitadas caso o corpo fosse ouvido.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Ser Gerontólogo


Estava numa roda de conversa e surguiu o tema  do envelhecimento. Nenhum dos presentes conhecia o termo "gerontologia". Assim tive a oportunidade de informar que o Gerontólogo Social deve ser um agente vendedor de sonhos e um transformador da sociedade. É a criatividade e aptidão que irão dar as directrizes para uma intervenção eficaz no âmbito da gerontologia. Um dos modelos de intervenção será sempre a educação transversal e contínua das camadas mais velhas da população que aumenta de uma forma acelerada, como também é pertinente  ensinar aos mais jovens saber envelhecer. É também o papel do Gerontólogo orientar o idoso na sua contínua caminhada do envelhecimento no que se refere aos seus desafios que encontra na sociedade. Gerontologia também é assegurar ao idoso o direito e o privilégio de manter a sua autonomia e assegurar a dignidade humana, bem com conscientizar os poderes políticos das responsabilidades que surgem numa população que está cada vez mais velha. 

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Construir o Envelhecimento

De acordo com  Anselm Grun (1)"para um envelhecimento bem-sucedido, são necessárias algumas virtudes. A velhice não vale nada só por si. Por isso , devem ser treinadas certas virtudes, que nos dão um suporte na velhice". O carácter não é obra do acaso. É o fruto de prática de hábitos constantes. Segundo Ellen White (2), “nesse mesmo processo de formação do caráter devemos ser extremamente cautelosos quanto a como construímos, pois outros construirão segundo o modelo que lhes deixamos”. O ano de 2014 trouxe uma nova etapa da nossa vida e continuamos a envelhecer, pois o tempo não pára. Estamos a construir  hoje o idoso que seremos num futuro próximo. Em que base está a construir o seu envelhecimento? Pense nisso!


(1)   )A sublime Arte de Envelhecer, pag 99 
(2)   Mente carácter e Personalidade, pag 357