Nos
dias atuais tem sido um dos maiores desafios da gerontologia conscientizar as
pessoas de que o envelhecimento é tão-somente mais uma etapa da vida e como tal
tem os seus lados positivos e negativos.
Embora entendamos que
envelhecimento não seja sinónimo de doença, também necessitamos ser sensíveis à
realidade do efeito que os anos vividos podem trazer. Como bem observaram os
investigadores franceses Thiebauld e
Sprumont (2009, p:41) “a senescência é caracterizada pela perda de tecido ósseo
que fragiliza o esqueleto”. A essa perda acentuada do tecido ósseo dá-se o nome
de osteoporose. Com feito, os poros normais dos ossos de uma pessoa com
osteoporose passam a ser muito maiores, de uma forma extremamente acentuada,
resultante da perda da massa óssea. Com isso o esqueleto fica fragilizado.
Muitos estudos tão recentes como
os de Thiebauld e Sprumont mostram que com o passar da idade é natural certa
diminuição da condensação óssea. Entretanto esse fenómeno pode caracterizar-se
com o surgimento excessivo de poros cada vez maiores, o que compromete o bom
funcionamento de todo o esqueleto.
Embora muitos dos motivos que
levam uma pessoa a adquirir osteoporose ainda estejam para serem descobertos,
pesquisadores como Barreiros, Espanha e Correia (2006) compartilham a ideia que
a inatividade física é um dos fatores que apresenta uma grande contribuição
para o surgimento dessa doença. Enquanto nos idosos fisicamente ativos foi
observado uma diminuição, menos acentuada, de massa óssea. Ou seja, mais
exercício físico, menor a probabilidade de adquirir osteoporose.
Ter ossos saudáveis e resistentes
sem exercício físico constante é como tentar fazer um bolo somente com farinha
e açúcar, ou um castelo com areia seca.
Luciano da Silva
Publicado na revista Saúde & Lar - agosto de 2013