segunda-feira, 27 de setembro de 2010

A importância da hidratação na pessoa idosa

A água é fundamental para a existência da vida. De acordo com Baudon (2002) “mais de 66% do nosso planeta é constituído por água. Infelizmente, apenas 1% pode ser consumido”. Roig, Marques (2006) classifica a água como “o principal constituinte do nosso organismo”, “imprescindível à vida” e aconselha a sua ingestão “em abundância e diariamente” e a “melhor bebida para satisfazer a sede”. O autor ainda salienta que a água que bebemos colabora na “liquidificação de alimentos e a dissolução dos seus elementos durante a passagem no tubo digestivo”, “faz chegar os nutrientes e as células dos sistema imunitários aos seus destinos”, auxilia na eliminação das toxinas “ através da urina”, corrobora na “elasticidade das cartilagens” e tem uma participação activa “em diversos processos metabólicos”.

Segundo o conceito de Brenda (2003) a água é um “verdadeiro nutriente […] sendo o constituinte mais importante do corpo humano”. O autor ainda postula que “se consegue viver mais de um mês sem comer, graças à utilização de reservas de gordura do organismo, mas, sem beber água, a morte acontece em poucos dias”. É ainda apresentado que “a água é o meio em que se realizam todos os fenómenos bioquímicos que permitem manter a vida”.

O consumo desejável de água por dia é questionável e pode depender das características físicas de indivíduo para indivíduo. Rodet, Rodet (2008) sugere o “consumo de um litro de água pouco mineralizada” por dia durante as estações frias e o “aumento desta quantidade durante as estações quentes do ano, ou num período de esforço”. Contudo Femenías e Hernández (2003) sugerem que a hidratação mais eficaz ocorre quando é feita “a ingestão mínima de pelos menos 2 litros de água diários, distribuídos ao longo do dia”.

Para Ferreira (2008) “forçar o corpo a trabalhar com uma quantidade limitada de líquidos é como tentar lavar a louça do jantar com um copo de água”. Assim o autor sugere as quantidades diárias de copos de água por dia: “5 para se manter vivo, 8 para se sentir muito bem e 10 para rejuvenescer”.

No que se refere aos idosos Saldanha (2001) informa que a utilização da água tem uma “importância relevante nas idades avançadas dado o facto de mercê do envelhecimento, os mecanismos reguladores da sensação de sede estarem atenuados ou mesmo diminuídos.”

Contudo muitos nutricionistas aconselham não beber água durante as refeições. O intervalo deveria ser de meia hora antes e uma hora após as refeições. O Objectivo destas restrições ou aconselhamentos é promover uma digestão saudável.

Para além de todos os benefícios da hidratação fornecidos pela água, Handysides, Kuntaraf at al (2010) informam que “a lavagem das mãos pode reduzir a transmissão de muitos agentes infecciosos de pessoa para pessoa. Uma grande percentagem de doenças infecciosas seria eliminada pela lavagem das mãos, sobretudo antes de comer. O banho diário remove a sujidade acumulada a qual também pode levar à doença”.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Nutrição para Idosos


Desde os tempos mais remotos a humanidade tem se preocupado com a sua alimentação. Já nos tempos antigos os livros de Géneses e Levíticos, do Antigo Testamento, apresentavam modelos de dietas que as pessoas deviam adoptar. Para Femenías e Hernández (2003) “a humanidade alimentou-se desde tempos muito antigos seguindo práticas empíricas de maneira que os constituintes da sua dieta fossem seguros, nutritivos e satisfatórios para as suas necessidades”.

Não obstante no tempo em que vivemos, a humanidade deixou-se levar pelo prazer do apetite e busca na alimentação o elemento de prazer em lugar da nutrição. Para um melhor aproveitamento e benefício da saúde ambos elementos deveriam ser conjugados, fazendo da alimentação apropriada um momento de prazer com consequências saudáveis.
O novo estilo de vida também veio a prejudicar a alimentação saudável e os indivíduos nas mais diversas culturas mudaram os seus hábitos alimentares trocando os alimentos caseiros pelos tão conhecidos “fast food”.

Rémésy (1996) informa que “a alimentação corrente comporta numerosos produtos pobres em fibras, à base de cereais refinados […] ou até desprovidos de fibras”. A falta de ingestão constante de fibra pode ser a causa de diversas patologias. Para Aragão (2004) “desde os anos 70 que se sabe que as populações que ingerem mais fibras têm menos prevalência de arteriosclerose […] e baixos valores de colesterol”.
Ferreira (2005) salienta a necessidade “do aumento do consumo de alimentos básicos (leite, peixe, azeite, pão, vegetais verdes, batata, fruta) e diminuição de produtos não recomendáveis (gorduras sólidas, açúcar, alimentos salgados, bebidas alcoólicas) ”.

Para Dufour e Wittner (2007) o segredo do viver saudável dos idosos de Okinawa está numa alimentação onde a base é de “70% vegetais”. O autor informa que os alimentos ingeridos por esta população são classificados em “arroz, massa, pão e outros alimentos à base de cereais completos, legumes, frutos, ervas aromáticas, carne, aves de capoeira e alimentos ricos em ómega 3”. Como resultado os habitantes de Okinawa têm “menos enfartes e doenças cardíacas”, “menos colesterol”, “menos ataques cerebrais”, “menos cancros”, “menos quilos”, “menos diabetes” e “ossos mais sólidos” em comparação com a população mundial.

No que se refere aos gerontes Rémésy (2006) afirma que “os factores nutricionais poderiam modular o envelhecimento, em particular prevenindo as alterações moleculares provocadas pelos radicais livres. Martins, Hagen at al (2005) salientam que “com a mudança fisiológica do organismo na terceira idade, a quantidade de suco gástrico no estômago, a capacidade funcional dos órgãos, entre outros, percebemos hoje a necessidade ainda mairo de uma alimentação com presença de alimentos ricos em macro e micronutrientes”.

Femenías e Hernández (2003) sugerem uma dieta rica em “frutas e legumes”, com “guarnições compostas por saladas variadas” principalmente “ao almoço e jantar” para “corrigir as guarnições fortes ou excessivamente calóricas”.

Nestes parâmetros é aconselhável uma alimentação equilibrada para um viver saudável. Tendo em mente o conceito de Teixeira, Sardinha et al (2008) “a nutrição é assim o cerne da medicina preventiva e um poderoso auxiliar da medicina clínica”.
Esta secção conclui-se com o pensamento de Hipócrates (apud Rodet, Rodet 2008) “Que o vosso alimento seja o vosso principal medicamento”.