segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Nutrição para Idosos


Desde os tempos mais remotos a humanidade tem se preocupado com a sua alimentação. Já nos tempos antigos os livros de Géneses e Levíticos, do Antigo Testamento, apresentavam modelos de dietas que as pessoas deviam adoptar. Para Femenías e Hernández (2003) “a humanidade alimentou-se desde tempos muito antigos seguindo práticas empíricas de maneira que os constituintes da sua dieta fossem seguros, nutritivos e satisfatórios para as suas necessidades”.

Não obstante no tempo em que vivemos, a humanidade deixou-se levar pelo prazer do apetite e busca na alimentação o elemento de prazer em lugar da nutrição. Para um melhor aproveitamento e benefício da saúde ambos elementos deveriam ser conjugados, fazendo da alimentação apropriada um momento de prazer com consequências saudáveis.
O novo estilo de vida também veio a prejudicar a alimentação saudável e os indivíduos nas mais diversas culturas mudaram os seus hábitos alimentares trocando os alimentos caseiros pelos tão conhecidos “fast food”.

Rémésy (1996) informa que “a alimentação corrente comporta numerosos produtos pobres em fibras, à base de cereais refinados […] ou até desprovidos de fibras”. A falta de ingestão constante de fibra pode ser a causa de diversas patologias. Para Aragão (2004) “desde os anos 70 que se sabe que as populações que ingerem mais fibras têm menos prevalência de arteriosclerose […] e baixos valores de colesterol”.
Ferreira (2005) salienta a necessidade “do aumento do consumo de alimentos básicos (leite, peixe, azeite, pão, vegetais verdes, batata, fruta) e diminuição de produtos não recomendáveis (gorduras sólidas, açúcar, alimentos salgados, bebidas alcoólicas) ”.

Para Dufour e Wittner (2007) o segredo do viver saudável dos idosos de Okinawa está numa alimentação onde a base é de “70% vegetais”. O autor informa que os alimentos ingeridos por esta população são classificados em “arroz, massa, pão e outros alimentos à base de cereais completos, legumes, frutos, ervas aromáticas, carne, aves de capoeira e alimentos ricos em ómega 3”. Como resultado os habitantes de Okinawa têm “menos enfartes e doenças cardíacas”, “menos colesterol”, “menos ataques cerebrais”, “menos cancros”, “menos quilos”, “menos diabetes” e “ossos mais sólidos” em comparação com a população mundial.

No que se refere aos gerontes Rémésy (2006) afirma que “os factores nutricionais poderiam modular o envelhecimento, em particular prevenindo as alterações moleculares provocadas pelos radicais livres. Martins, Hagen at al (2005) salientam que “com a mudança fisiológica do organismo na terceira idade, a quantidade de suco gástrico no estômago, a capacidade funcional dos órgãos, entre outros, percebemos hoje a necessidade ainda mairo de uma alimentação com presença de alimentos ricos em macro e micronutrientes”.

Femenías e Hernández (2003) sugerem uma dieta rica em “frutas e legumes”, com “guarnições compostas por saladas variadas” principalmente “ao almoço e jantar” para “corrigir as guarnições fortes ou excessivamente calóricas”.

Nestes parâmetros é aconselhável uma alimentação equilibrada para um viver saudável. Tendo em mente o conceito de Teixeira, Sardinha et al (2008) “a nutrição é assim o cerne da medicina preventiva e um poderoso auxiliar da medicina clínica”.
Esta secção conclui-se com o pensamento de Hipócrates (apud Rodet, Rodet 2008) “Que o vosso alimento seja o vosso principal medicamento”.

1 comentário:

  1. Muito interessante,principalmente para pessoas que trabalham com grupos de 3ª idade, vou indicar a meus amigos.

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