quarta-feira, 17 de julho de 2013

Cuidados Paliativos

Por Estela Landeiro
O facto de se viver mais tempo não implicou, que se passasse a morrer melhor. A luta incansável pela  busca da cura, levou de algum modo a uma cultura de negação da morte, de triunfalismo heróico sobre a mesma, de ilusão de pleno controlo sobre a doença. Hoje, em pleno século XXI, e com todos os progressos da medicina, a morte continua a ser uma certeza para cada ser humano.
Assim, em 1968 surge o primeiro movimento dos cuidados paliativos em Inglaterra com Cicely Saunders e um pouco mais tarde nos EUA com Kluber-Ross. Em 2002, a OMS – Organização Mundial de Saúde,5  definiu os cuidados paliativos como uma abordagem que visa melhorar a qualidade de vida dos doentes e suas famílias que enfrentam problemas decorrentes de uma doença incurável e/ou grave e com prognóstico limitado, através da prevenção e alivio do sofrimento, com recurso à identificação precoce e tratamento rigoroso dos problemas não só físicos, como a dor, mas também dos psicossociais e espirituais. Já o Plano Nacional de Cuidados Paliativos,19 ressalta alguns aspetos:
  • Os cuidados paliativos afirmam a vida e aceitam a morte como um processo natural, pelo que não pretendemos provocá-la ou atrasá-la, através da eutanásia ou de uma obstinação terapêutica desadequada;
  •  Os cuidados paliativos têm como objetivo central o bem-estar e a qualidade de vida do doente;
  •  Os cuidados paliativos promovem uma abordagem global e holística do sofrimento dos doentes, trabalhando em equipas multidisciplinares;  Os cuidados paliativos são oferecidos com base
  • nas necessidades e não apenas no prognóstico ou no diagnóstico, pelo que podem ser introduzidos nas fases mais precoces da doença;
  •  Os cuidados paliativos, tendo a preocupação de abranger as necessidades das famílias e cuidadores, prolongam-se pelo período de luto;
  •  Os cuidados paliativos pretendem ser uma intervenção rigorosa no âmbito dos cuidados de
  • saúde, não devendo existir à margem do mesmo.
Desta forma, em cuidados paliativos, consideramos como fulcrais as seguintes áreas: controlo de sintomas, comunicação adequada, apoio à família e a comunicação e trabalho em equipa.

Fonte: Revista Patient Care Julho de 2013

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