Rogers (2001, pag:30) delineou alguns aspectos positivos para a aplicação da abordagem centra na pessoa, as quais passo a mencionar:
- Uma pessoa sensível, tentando ser útil, torna-se mais centrada na pessoa, independentemente a sua orientação psicológica;
- Quando se está focalizando a pessoa, os rótulos diagnósticos tornam-se amplamente irrelevantes;
A proposta de Rogers segundo Wood (1998, p: 19) é que “o terapeuta deveria ter uma capacidade de simpatizar que não fosse excessiva, uma atitude genuinamente receptiva e interessada, ou uma profunda compreensão que tornasse impossível emitir julgamentos morais, chocar-se ou horrorizar-se”.
Wood (1998, p: 19) postula que a atitude do terapeuta, segundo o conceito de rogeriano, deve ser de “ um desejo de agir construtivamente”, “uma flexibilidade de pensamento”, “uma abertura a novas descobertas”, “uma habilidade para” e “uma tolerância para com a incerteza ou a ambiguidade”. Em suma, a postura do terapeuta é entender a aceitar a fragilidade humana do cliente, posicionar-se no seu lugar, viver a sua experiência sem julgamento prévio e somente a partir desse princípio ajudar o cliente de uma maneira eficaz.
No universo rogeriano, segundo Zimring ( 2000, p:8) “o terapeuta não tem de ser um perito que compreenda o problema e decida a maneira de o resolver, mas deve sim libertar a capacidade do cliente para resolver os seus próprios problemas”. O objectivo aqui é um relacionamento de empatia. E como salientou Brodley (2000, p:72) “(…) a concepção de empatia de Rogers é diferente e mais complexa que uma simples resposta aos sentimentos”. Rogers, (apud Brodley 2000 p: 72) “Ser empático é perceber o quadro interno de referência do outro com cuidado e com os componentes e significados emocionais que lhe pertencem… significa sentir dor ou o prazer do outro como ele sente e perceber as suas causas como ele percebe”.
Finalmente o ideal rogeriano para o terapeuta é segundo Rogers (1979, p:97) seja desenvolvido “(...) um calor e uma capacidade de resposta por parte do conselheiro que torna a relação possível e a faz evoluir gradualmente para um nível afectivo mais profundo (…) com limites definidos”. Deste modo é salientado a necessidade do terapeuta expressar um interesse genuíno e aceitação pelo cliente e somente assim estará apto para ajudar efectivamente a pessoa que estará ao seu lado, tendo uma atitude orientadora e não manipuladora, exercendo a ciência de saber ouvir, criando laços de empatia para fomentar meios de ter a capacidade de ver e sentir o mundo exactamente como ele é para o outro, ser genuíno para que o cliente tenha credibilidade no terapeuta e possa assim criar laços de confiança.
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