Em todas as etapas da vida o indivíduo segue um padrão de referência. As crianças comparam o seu crescimento entre si, os pré-adolescentes comparam o desenvolvimento do seu corpo, os jovens comparam a quantidade de parceiros sexuais ou namoros e os mais adultos comparam as suas situações financeiras, casas, carros, trabalhos, posição social, etc . Segundo esta linha de pensamento, o fenómeno da comparação é inerente ao ser humano. Os idosos de uma forma muito peculiar exercem a sua capacidade de observação e comparação com a mesma mestria. Às vezes este acto é feito de uma forma inocente, mas também pode ser acutilante, mesquinho e até mesmo ofensivo. Quantas vezes não se tem relatado discussões e insultos onde haja aglomerações de idosos e tudo isso tendo como causa inicial uma comparação que gerou inveja!
Este tipo de sentimento pode causar danos muito mais severos para um envelhecimento saudável do que se possa imaginar. Segundo Barrows (2010, pag. 35) se o sentimento da inveja não for definitivamente eliminado da personalidade do indivíduo, ela poderá reaparecer quem qualquer estágio da vida, inclusive na velhice, e “voltará a emergir em período de stress e terá de ser objecto de uma nova elaboração para que os sentimentos criativos e positivos possam vir a prevalecer”.
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