As alterações estruturais nos modelos familiares e o novo estilo de vida da sociedade actual tornam muitas vezes impossível uma atenção directa e um acompanhamento personalizado aos idosos em família.
Uma pergunta pertinente que surge é: Será que o afastamento dos idosos das estruturas familiares não acarreta problemas sociais e psicológicos complexos? Qual o motivo que leva uma pessoa idosa ser forçada a viver onde ela não quer viver?
A minha experiência no universo da gerontologia confirma o curto período de tempo que o idosos vivem depois de si tornarem institucionalizados. Olievenstein salienta que os idosos “medem a sua esperança de vida por comparação” desencadeando assim o fenómeno da morte em curto espaço de tempo após ser institucionalizado. Olievenstein também afirma que as respostas sociais “ainda que de luxo” podem muitas vezes ser classificadas como “ ante-câmaras da morte”.
Ellen White (2005, pag. 57) propõe que “ sejam eles [os idosos] ajudados no próprio lugar, onde podem sê-lo. […] o quanto possível, façam que aqueles cuja cabeça está alvejando e cujos passos trôpegos indicam que se vão avizinhando a sepultura permaneçam entre amigos e relações familiares”.
Não obstante, deve-se entender e valorizar a importância do serviço que os lares e outros equipamentos de acolhimento para pessoas idosas têm prestado à nossa sociedade no que se refere ao acolhido de centenas de idosos que perderam os seus vínculos familiares e têm no apoio formal o único tipo de relação familiar que eles tanto necessitam.
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