Publicado na " Proceedings of hte Natural Academy of Sciences" 14/04/ 2011
e no site Alert Life Sciences Computing, S.A.
Indicado por Prof. Doutor Joaquim Parra Marujo - Director do Curso de Gerontologia Social da Escola Superior de Educação João de Deus.
“Investigadores americanos desvendaram a razão pela qual os idosos têm mais dificuldade em realizar múltiplas tarefas do que os adultos mais jovens. O estudo publicado no “proceedings of the Natural Academy of Sciences” dá conta que os idosos apresentam maiores dificuldades em alternar entre tarefas ao nível do circuito neuronal.
A realização de múltiplas tarefas exige memória a curto prazo ou memória de “trabalho”. Este tipo de memória é a base de todas as operações mentais, desde a aprendizagem de um número de telefone, até à realização de tarefas complexas, tais como o raciocínio, a compreensão e a aprendizagem.
Para este estudo, os investigadores da University of California, em São Francisco, EUA, submeteram adultos jovens e mais velhos, com uma média de idades compreendida entre os 24,5 e os 69,1, respectivamente, a um teste que envolvia a realização de múltiplas tarefas para avaliar a memória de curto prazo. Todos os participantes foram submetidos a uma ressonância magnética funcional de forma a identificar a actividade no circuito e na rede neuronal.
Aos participantes foi pedido que visualizassem uma cena durante cerca de 14,4 segundos e que a memorizassem. A visualização era interrompida pela apresentação de um rosto, do qual os participantes tinham de determinar a idade e o sexo. Seguidamente, os participantes eram convidados a relembrar a cena original.
Tal como esperado, os indivíduos mais velhos tiveram maior dificuldade em manter a memória da imagem original. A análise à ressonância magnética funcional explicou porquê. Quando os participantes foram interrompidos, os seus cérebros desligaram o circuito de manutenção de memória e realocaram recursos neuronais para o processamento da interrupção. Enquanto os adultos mais jovens conseguiram restabelecer a ligação com o circuito de manutenção de memória após a interrupção, os adultos mais velhos não conseguiram libertar-se da interrupção nem restabelecer o circuito neuronal associado com a memória.
Os investigadores liderados por Wesley C. Clapp concluem assim que a capacidade para ignorar as distracções ou informação irrelevante, diminui com a idade e esta afecta a memória de curto prazo".
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