quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

O Idoso, as comemorações de Dezembro e a Solidão

Nessa época do ano em que corremos de um lado para outro à procura de mais um presente para oferecer, mais uma sobremesa para a ceia de natal, mais uma roupa ou um sapato novo, mais um cartão para enviar… está muito bem disfarçada (ou não) a solidão. Bonino (2007, p:145) define a solidão da seguinte forma: “sensação penosa de não estar em sintonia com os outros, de não se ter pessoas com quem falar, partilhar emoções, mostrar a própria intimidade e pedir ajuda. É o sentimento de estranheza que se pode ter não apenas no meio de uma multidão anónima, mas também infelizmente entre as quatro paredes da própria casa no meio das pessoas que nos são familiares.”   

Durante estas semanas que se aproximam todo o mundo está em festa. Os cristãos comemoram o Natal, os hindus celebram o Pancha Ganapati e o Bhau-beej, o judeus celebram o Hanukkah, os muçulmanos da Pérsia festejam o Yalda. Entretanto em meio a tantas festividades é precisamente nessa época do ano em que centenas de idosos são abandonados nos hospitais de todo o mundo para que os familiares possam ter tempo para participar de algum tipo de comemoração.

Contudo a solidão mais dolorosa é aquela que o idoso sente no próprio lar, na mesa repleta da ceia, longe das conversas dos familiares e do distanciamento causado pelas gerações. Todas as culturas estão a celebrar a “Luz” enquanto deixam os seus idosos nas trevas da solidão. Nesses dias de festa lembre-se que alguns minutos de atenção podem ser a melhor prenda que se pode oferecer àquela pessoa cujo peso da idade se faz sentir na face vincada pelo tempo e no corpo arcado pelos anos vividos. 

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