Elisabeth Kübler-Ross foi uma mulher notável. Filha de Ernest e Emma Ross, um casal de origens modestas, nasceu a 8 de Julho de 1926, em Zurique, como resultado de um nascimento trigémeo que se tornou manchete dos jornais suíços da altura, devido ao facto das três crianças terem nascido com saúde.
De acordo com Gil (1980 pag. 12) a sua primeira experiência com a morte não foi na sua fase adulta mas sim na infância. Aos cinco anos de idade adquiriu pneumonia e foi isolada no hospital infantil de Zurique. A impossibilidade de receber os afectos dos seus pais afectou mais a sua saúde que a doença em si. Foi esse um dos motivos que mais tarde levou Kübler-Ross a dar tanta importância à necessidade do diálogo, da informação e do preparo do doente para a aceitação da morte.
Do seu casamento com o norte-americano Emanuel Ross resultou o nascimento de uma filha. Contudo o casal divorciou-se dez anos após o nascimento da mesma.
Segundo o EKR Foundation, durante a segunda Guerra Mundial desenvolveu um trabalho humanitário nos campos de refugiados e mais tarde graduou-se em medicina pela Universidade de Zurique. Emigrou para os Estados Unidos da América onde veio a continuar os seus estudos de psiquiatria em Nova Iorque. Tornou-se professora na Universidade de Medicina de Chicago onde realizava seminários em que relatava experiências de entrevistas com pacientes terminais. Muito se empenhou em minorar os sofrimentos psicológicos dos doentes terminais e deu um enfoque especial aos doentes contagiados pelo vírus da SIDA. Dispôs da sua propriedade para criar um centro de acolhimento para esses doentes terminais mas o seu sonho foi interrompido por um incêndio, possivelmente criminoso, que destruiu a propriedade.
Recebeu 19 títulos de Doutor Honoris Causa. Em 2007 entrou no American National Women’s Hall of Fame. Escreveu 23 livros, que até ao presente momento estão traduzidos em 30 línguas, sendo que o seu primeiro livro foi escrito em 1969 e o último foi publicado em 2005, um ano após a sua morte. Entretanto, a maior parte do seu património literário ainda não está disponível em português.
A seguir ao seu falecimento em 24 de agosto de 2004 no Arizona, EUA, os seus familiares e amigos desejaram erguer um memorial pelo seu trabalho e dedicação aos doentes terminais, e a partir daí criaram a Elisabeth Kübler-Ross Foundation com o objectivo de dar continuidade ao legado da mulher que ousou mudar a experiência da morte na nossa sociedade.
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