domingo, 29 de abril de 2012

O Desenvolvimento da Empatia como Elo de Inclusão


Uma das formas mais eficazes para promover a inclusão e a reinserção social é através do desenvolvimento da empatia. Para Rogers (1979) a empatia "significa penetrar no mundo perceptual do outro e sentir-se totalmente à vontade dentro dele. Requer sensibilidade constante para com as mudanças que se verificam nesta pessoa em relação aos significados que ela percebe, ao medo, à raiva, à ternura, à confusão ou ao que quer que ela esteja vivenciando. Como pode ser isso possível? 

Boothman (2008) fala dos quatro elementos essenciais para fortalecer a sintonia do suporte social na pessoa: “abrir – olhos – irradiar – aperto de mão ”. Para este autor “a primeira parte do acolhimento deve ser abrir a nossa atitude e o nosso corpo”. Esta abertura está relacionada com a nossa aceitação incondicional do outro, independentemente da sua cultura, estatuto social, crenças, raça, estilo de vida e outros. Implica também a atitude positiva e “uma linguagem corporal” adequada. É necessário evitar cruzar os braços sobre o coração.
O mesmo autor afirma ainda que “a parte do acolhimento envolve os olhos”. Devemos tomar a iniciativa de fazer o contacto visual. O contacto olhos nos olhos mostra que a pessoa com a qual estamos a falar é o elemento mais importante naquele momento.

Se desejarmos que as pessoas sejam felizes, temos que ser os primeiros a “irradiar alegria”. Isto faz-se através do sorriso. Se olhamos nos olhos e desenhamos um sorriso no rosto ao cumprimentar alguém, por mais desconfiada que a pessoa possa estar, o sorriso também despontará no outro rosto. Boothman (2008) também menciona a importância do cumprimento animador através de palavras radiantes como “viva!”. Para o autor é muito importante ser o primeiro a identificar-se numa conversa.

Quando estes passos, referentes a uma boa comunicação e interação, são observados de uma forma natural e progressiva as barreiras são quebradas e conquista-se a confiança, cooperação e sobretudo o respeito pela dignidade humana. Nestas condições abre-se o caminho para uma intervenção gerontológica eficaz.  Tudo isso pode acontecer pelo simples facto de deixar o nosso rosto mostrar que estamos felizes. É uma questão de atitude. 

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