quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Turismo Sénior e a Gerontologia


Nos dias atuais muito se fala do turismo para a população mais envelhecida como “turismo sénior”. Na experiência do estagiário ao longo do curso de Gerontologia Social, falar-se de turismo nesses termos pode não ser o título mais agradável tendo em conta que uma pessoa de 65 anos de idade não devia ser considerada idosa uma vez que a esperança de vida nos dias atuais é cada vez mais elevada.

Para Ferreira (2007; p:39 “teorizar acerca do fenómeno turístico requer o seu devido enquadramento no conceito mais vasto do lazer”. O conceito de turismo como promoção de lazer e gastos para os idosos deve ser repensado. Stravrakis (apud Baptista 1990; p:40) determina que “o lazer corresponde ao bem-estar do Homem, em si próprio e nas relações com os outros. É uma qualidade de estar, no sentido de poder expandir-se e realizar-se. É uma recriação contínua de ser ou de estar durante a vida”.

O turismo pode ser uma ferramenta que desencadeia bem-estar e emoções agradáveis. Williams (1998) realça a relevância do turismo no que se refere ao aumento da motivação em determinados grupos de idosos. No que toca ao lazer também podemos visualizar a importância do turismo como meio de inclusão, uma vez que o lazer produz descontração e interação. Para Baptista (1990; p:41) “o lazer, num mundo económico, tem uma função de acalmar e distrair o Homem (…). É o balão de oxigênio que permite recuperar as forças para continuar”. Assim, deveríamos repensar o nosso conceito de Homem para entender as suas necessidades aquando da sua fase de idoso. 

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