Nos dias atuais muito se fala do turismo para a população mais
envelhecida como “turismo sénior”. Na experiência do estagiário ao longo do
curso de Gerontologia Social, falar-se de turismo nesses termos pode não ser o
título mais agradável tendo em conta que uma pessoa de 65 anos de idade não
devia ser considerada idosa uma vez que a esperança de vida nos dias atuais é
cada vez mais elevada.
Para Ferreira (2007; p:39 “teorizar acerca do fenómeno
turístico requer o seu devido enquadramento no conceito mais vasto do lazer”. O
conceito de turismo como promoção de lazer e gastos para os idosos deve ser
repensado. Stravrakis (apud Baptista 1990; p:40) determina que “o lazer
corresponde ao bem-estar do Homem, em si próprio e nas relações com os outros.
É uma qualidade de estar, no sentido de poder expandir-se e realizar-se. É uma
recriação contínua de ser ou de estar durante a vida”.
O turismo pode ser uma ferramenta que desencadeia bem-estar e
emoções agradáveis. Williams (1998) realça a relevância do turismo no que se
refere ao aumento da motivação em determinados grupos de idosos. No que toca ao
lazer também podemos visualizar a importância do turismo como meio de inclusão,
uma vez que o lazer produz descontração e interação. Para Baptista (1990; p:41)
“o lazer, num mundo económico, tem uma função de acalmar e distrair o Homem (…).
É o balão de oxigênio que permite recuperar as forças para continuar”. Assim,
deveríamos repensar o nosso conceito de Homem para entender as suas
necessidades aquando da sua fase de idoso.
Sem comentários:
Enviar um comentário