segunda-feira, 29 de abril de 2013

Instabilidade e Quedas entre Idosos


“As quedas estão entre as principais causas de morbidade na população geriátrica. Cair não é apenas um problema isolado; em geral, as quedas são marcadores de fragilidade e podem ser indicadores de óbito, assim como as suas causas indirectas (em geral, fraturas).
O medo de cair pode afetar negativamente o estado funcional dos indivíduos idosos. As quedas repetidas e as lesões consequentes podem ser fatores importantes na decisão de internar os indivíduos idosos em uma instituição de longa permanência.
Fraturas de quadril, de fêmur, do úmero, de punho e de costelas e lesões dolorosas dos tecidos frouxos são as complicações físicas mais comuns. Algumas dessas lesões acarretam internações hospitalares, com os seus riscos associados de imobilização e complicações iatrogênicas.
As fraturas de quadril e de membro inferior frequentemente causam  limitações físicas prolongadas, devido à restrição da mobilidade. O hematoma subdural é uma lesão menos comum, mas igualmente importante. Sinais e sintomas neurológicos que se desenvolvem dias ou semanas após uma queda devem levar à consideração desse problema potencialmente curável.”

Fonte: Instabilidade e Quedas

quinta-feira, 25 de abril de 2013

É bom Envelhecer

No dia da Liberdade, uma mensagem especial para todos aqueles que ainda não se libertaram do medo de envelhecer 



quarta-feira, 24 de abril de 2013

Demência


Por Nancy Andreasen
“As demências são doenças do envelhecimento. O desenvolvimento de uma demência numa pessoa idosa traz o desespero aos seus entes queridos, especialmente marido, mulher ou filhos, que terão de cuidar de uma pessoa que irá progressivamente desaparecendo. As demências são relativamente incomuns nas pessoas com menos de 65 anos de idade, mas o risco aumenta proporcionalmente ao aumento da idade.                 As pessoas com demência «perdem a cabeça» lenta mas inexoravelmente, enquanto os seus corpos mantêm uma saúde robusta.” As demências não são uma doença única. Elas dividem-se em diversos grupos. Com causas e evoluções ligeiramente diferentes. As principais incluem a doença de Alzheimer e a demência vascular (...). Embora estas diversas espécies de demência tenham causas diferentes, a sua apresentação clínica é notavelmente semelhante. 
As marcas típicas de todas as demências são: 


  • Défice da memória e da cognição que é acompanhado por um declínio geral da capacidade para se relacionar ou funcional no trabalho, em casa e em situações sociais.
  • Perda da memória associada às demências é muito mais grave do que os esquecimentos normais e interfere com a capacidade para funcionar normalmente.

Como o número das pessoas com mais de 65 anos está a ultrapassar o  crescimento da população geral, as demências tornar-se-ão um problema cada  vez maior no futuro”.                                         

terça-feira, 23 de abril de 2013

Dia do Livro - Uma ação Gerontológica


No dia do Livro, o Blog SessentaMais marca presença no âmbito da Gerontologia e deseja oferecer a cada visitante um exemplar totalmente gratuito (inclusive portes) do livro "O Caminho para a Esperança".  Este livro tem sido um apoio para todos aqueles que querem desenvolver as relações intra e inter pessoais; Homem e o ambiente ; Homem e o Transcendente.

Muitos já receberam o seu exemplar por este blog e gostaram!

Esta oferta especial é um parceria entre o Blog SessentaMais e a Publicadora SerVir.

Envie o seu pedido com morada de envio.

Bom proveito,

Luciano da Silva

segunda-feira, 22 de abril de 2013

dia da terra


No dia da terra, tenho o prazer de fazer uma reedição de um dos temas de 2012 sobre a Gerontoecologia.  

É impossível não falar de envelhecimento humano e saúde sem falar de ecologia. Assim essa palavra, acabada de "sair do forno" vem fortalecer o conceito  que um ambiente saudável favorece um envelhecimento bem-sucedido. 

Vivemos num planeta que sem sombra de dúvidas é o cantinho mais lindo e exuberante do universo. A terra é o único ponto do sistema solar em que foram criadas condições adequadas para o florescimento da vida.
As árvores altaneiras com as luxuriantes folhagens cobrem a superfície da terra e nelas são abrigados bandos de aves que enchem o ar com a mais melodiosa música e pintam o nosso imenso céu azul com as suas mais diferentes cores.

Os frutos e as flores dessas árvores inundam o ar de uma verdadeira sessão de aromaterapia que transcende a alma e eleva o ser. Os rios, que nascem nas mais distantes montanhas, serpenteiam a terra, regando esse nosso jardim e providenciando ao Homem e a todas as espécies de animais, a água que nos é tão essencial.
Os mares, fonte de alimento, de energia e inspiração para muitos, abraçam todos os continentes e garantem a estabilidade na biosfera.

Contudo o Homem, a pensar na sua comodidade momentânea, tem utilizado em grande escala os recursos naturais do planeta de uma forma irresponsável. A Natureza não é uma fonte inesgotável. Embora ela se regenere, o processo é lento e o feito maléfico do Homem não tem dado à Natureza a oportunidade de se transformar e se restabelecer. Assim a Natureza, não podendo se refazer, utiliza a própria arma mortífera do Homem para avisar o próprio, através da disseminação de doenças que se a humanidade não cuidar da Natureza, irá acabar matando-se a si própria

domingo, 21 de abril de 2013

O idoso e as questões sociais do meio envolvente


“Ser-se velho era ser-se sábio; era ter-se a mais valia do tempo que fazia do velho o conselheiro, o amigo... a memória das gerações.” (
Costa, 1999,p.9)


É fundamental “… uma participação dos idosos em actividades económicas, sociais, espirituais, culturais e de cidadania … assim podem sentir-se úteis e melhorar a sua qualidade de vida, se continuarem a desenvolver actividades e a participar activamente oferecendo o seu contributo à sua família, à sua comunidade e ao seu país.” 
(Cabrita, 2003, p. 17)

sexta-feira, 19 de abril de 2013

O envelhecimento e o desafio da farmacodependência


Por: Louise Berger e Danielle Mailloux
“A velhice, como todas as etapas da vida, necessita um período de adaptação que difere de indivíduo para indivíduo. Infelizmente acompanha-se muitas vezes por uma descompensação psicológica a que as pessoas de idade tentam responder por meio de uma bengala química.

Parece, com efeito, que ao envelhecer as pessoas desenvolvem facilmente esta dependência e esta “ânsia devoradora pelos medicamentos”, e sem muitas vezes chegarem a dar por isso. Por outro lado as pessoas de idade vivem situações ansiogénicas que se manifestam por sintomas somáticos para os quais pedem alívio. Então consultam muitas vezes os médicos para obter alívio do seu mal estar e insistem muito para obter receitas, não hesitando em recorrer a vários para conseguir o que querem.”

Fonte: Pessoas Idosas - uma abordagem global


terça-feira, 16 de abril de 2013

O idoso e as relações familiares


A asocialização, principalmente de ordem familiar é de importância vital para o envelhecimento feliz. O indivíduo, como um ser social, necessita de estar em comunidade, de interagir e criar elos de ligação com os demais. Ao longo da jornada da vida, os elos sociais vão sofrendo alterações. Muitos dos casais se enviúvam, morrem os pais, os filhos e os amigos mais ou menos próximos e os vizinhos também mudam. Caso não haja uma intervenção que promova a integração ou reintegração social, o idoso pode seriamente entrar em depressão pois sabe que será o “próximo da lista” para morrer e isto pode tornar-se uma patologia. 

Em conformidade com o pensamento acima, Ellen White salientou já no fim do séc XIX " Se animados a partilhar dos interesses e ocupações domésticos, isto os ajudará [os idosos] a sentir que não deixaram de ser úteis. Fazei-os sentir que seu auxílio é apreciado, que há ainda alguma coisa para fazerem em servir a outros, e isso lhes dará ânimo ao coração, ao mesmo tempo que comunicará interesse a sua vida (...) O quanto possível, fazei com que aqueles cuja cabeça está alvejando e cujos passos trôpegos indicam que se vão avizinhando da sepultura permaneçam entre amigos e relações familiares." 
A Ciência do Bom Viver pag 205. Publicadora SerVir

quinta-feira, 11 de abril de 2013

A música no processo do envelhecimento


Vários investigadores no campo da neurociência têm desenvolvido estudos que indicam a relevância que a música provoca no desenvolvimento intelectual.

Edelman suporta que “como uma floresta, o cérebro está activo algumas vezes, quieto outras, mas sempre cheio de vida. Semelhante à selva o cérebro tem regiões distintas para lidar com várias funções mentais”
Para Ballone, a música é uma das ferramentas mais completas no que se refere à estimulação cognitiva e emocional pois “a  música, como atividade neuropsicológica, requerer múltiplas funções cerebrais, tais como a função auditiva para escutar e apreciar a harmonia, ritmo, timbre, a função visual, para ler uma partitura, a função motora para execução instrumental e, mais fascinante, as funções cognitivas e emocionais para a interpretação e representação musical interior. Assim, no conceito de Ballone a música pode ser utilizada na namutenção das funcionalidades psicomotoras durante o período da retrogénesis, ou do inicio das perdas das funcionalidades psicomotoras.  

Para além disso a música també pode ser vista como uma ferramenta de suporte emocional. A reportagem do Jornal o Sol de 14 de Janeiro de 2011 relata os estudos de Valorie Salimpoor da Universidade McGill, no Canadá, “que foram publicados na revista Nature Neuroscience, a experiência do prazer é mediada através da libertação de dopamina, um químico existente no cérebro responsável pela sensação de prazer”.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Os Factores Sociais e a Resiliência


Garmezy, que observou famílias desfavorecidas, chegou á conclusão que a resiliência pode apresentar três factores de protecção que são enumerados como: Factores Individuais; Factores Familiares e Factores de Suporte.

Os “factores individuais” são tudo aquilo que faz parte da personalidade única e exclusiva da pessoa. Faz parte da sua individualidade, sua forma natural de acção e reacção à determinada circunstância.

Os “factores familiares” representam a forma como o núcleo familiar responde ao indivíduo numa fase de crise. Neste aspecto a unidade da família, o interesse, o calor humano, a cumplicidade, a observação e a proximidade familiar são decisivos na motivação e na acção resiliente.

Os “factores de suporte” dizem respeito ao meio social mais alargado em que a pessoa está inserida. Pode ser representado pelos amigos, grupos de convívio, de actividades religiosas ou lúdicas, entre outros.

Marie Anout apoia enfaticamente Rutter que por sua vez também apoiou as observações de Garmezy ao afirmar que “estes três pólos de protecção favorecem a resiliência porque melhoram a auto-estima e a auto-eficácia, abrindo novas possibilidades para para o indivíduo” tornar-se resiliente.

Permanecer no amor

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Aprender através do sofrimento


A observação de Cyrulnik exemplifica a pérola como o “maravilhoso infortúnio”. As pérolas são produto da   resultado da entrada de uma substância estranha ou indesejável no interior da ostra, como um parasita ou um grão de areia. A parte interna da concha de uma ostra é uma substância lustrosa chamada nácar que envolve o objecto intruso que lhe provoca imensa dor.

Como resultado, uma linda pérola é formada. Uma ostra que não foi ferida, de algum modo, não produz pérolas, pois a pérola é uma ferida cicatrizada. Marie Anaut fortalece este conceito quando escreve; “a partir de uma ferida ou sofrimento o sujeito pode construir uma experiência potencialmente proveitosa para si”. Ela ainda acrescenta a ideia que “o resiliente elabora um oximoro cujo modelo seria o da pérola fabricada pela ostra como resposta a uma agressão”.