quinta-feira, 4 de abril de 2013

Aprender através do sofrimento


A observação de Cyrulnik exemplifica a pérola como o “maravilhoso infortúnio”. As pérolas são produto da   resultado da entrada de uma substância estranha ou indesejável no interior da ostra, como um parasita ou um grão de areia. A parte interna da concha de uma ostra é uma substância lustrosa chamada nácar que envolve o objecto intruso que lhe provoca imensa dor.

Como resultado, uma linda pérola é formada. Uma ostra que não foi ferida, de algum modo, não produz pérolas, pois a pérola é uma ferida cicatrizada. Marie Anaut fortalece este conceito quando escreve; “a partir de uma ferida ou sofrimento o sujeito pode construir uma experiência potencialmente proveitosa para si”. Ela ainda acrescenta a ideia que “o resiliente elabora um oximoro cujo modelo seria o da pérola fabricada pela ostra como resposta a uma agressão”.

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