Quando aludimos sobre
a importância de trabalhar as emoções no idoso através das opções de turismo estamos a falar num modelo de intervenção que não somente
acrescenta dias à vida mas que acrescenta acima de tudo vida aos dias. A esse modelo de turismo, passo a chamar de Turismo das Emoções.
Para Bomfim (2011,
pw) “Quanto maior for a intensidade da emoção, tanto maior será a tendência de
que sua influência seja sentida em nossas atitudes, crenças e relacionamentos.” Como bem
frisou Darwin (2006, p:193) “Devido à estimulação do prazer, a circulação
torna-se mais rápida, os olhos brilham mais e o rosto adquire umas cores mais
vivas. Ao ser estimulado por um aumento do fluxo sanguíneo o cérebro reativa as
capacidades intelectuais, as ideias fervilham na mente com mais nitidez e
avivam-se os afetos.”
Desta forma, o turismo das emoções deve estar centrado na
pessoa. Como sugeriu Vieira (2007, p:17) o que define o turismo são as pessoas
e não os recursos, só existindo turismo se houver essa vivência emocional, no
local onde ela se pode viver”.
Mas o próprio planeamento de uma viagem ou excursão está cheio
de momentos de prazer. Mesmo que o evento não venha a acontecer, o próprio folhear
das brochuras já é uma viagem através das emoções. Como postula Tocquer e Zins
(2004, p:117) “as brochuras, os guias e os desdobráveis são uma fonte de informação”.
Entretanto, arriscar-me-ia em dizer que as brochuras são fontes para
desencadear emoções. Os olhos vêm e o coração sonha. Assim, o Gerontólogo que
se empenha no turismo como uma oportunidade de intervenção é um vendedor de
sonhos.
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