domingo, 7 de outubro de 2012

O Turismo das Emoções


Quando aludimos sobre a importância de trabalhar as emoções no idoso através das opções de turismo   estamos a falar num modelo de intervenção que não somente acrescenta dias à vida mas que acrescenta acima de tudo vida aos dias. A esse modelo de turismo, passo a chamar de Turismo das Emoções.

Para Bomfim (2011, pw) “Quanto maior for a intensidade da emoção, tanto maior será a tendência de que sua influência seja sentida em nossas atitudes, crenças e relacionamentos.” Como bem frisou Darwin (2006, p:193) “Devido à estimulação do prazer, a circulação torna-se mais rápida, os olhos brilham mais e o rosto adquire umas cores mais vivas. Ao ser estimulado por um aumento do fluxo sanguíneo o cérebro reativa as capacidades intelectuais, as ideias fervilham na mente com mais nitidez e avivam-se os afetos.” 

Desta forma, o turismo das emoções deve estar centrado na pessoa. Como sugeriu Vieira (2007, p:17) o que define o turismo são as pessoas e não os recursos, só existindo turismo se houver essa vivência emocional, no local onde ela se pode viver”.

Mas o próprio planeamento de uma viagem ou excursão está cheio de momentos de prazer. Mesmo que o evento não venha a acontecer, o próprio folhear das brochuras já é uma viagem através das emoções. Como postula Tocquer e Zins (2004, p:117) “as brochuras, os guias e os desdobráveis são uma fonte de informação”. Entretanto, arriscar-me-ia em dizer que as brochuras são fontes para desencadear emoções. Os olhos vêm e o coração sonha. Assim, o Gerontólogo que se empenha no turismo como uma oportunidade de intervenção é um vendedor de sonhos.

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