Por Francisco Canais Rocha
O problema social do envelhecimento resulta das
transformações demográficas operadas nas
últimas décadas nas sociedades mais desenvolvidas, as quais conduziram a um progressivo aumento da
esperança média de vida e a uma acentuada redução da taxa de natalidade. Há
cada vez mais idosos e cada vez menos
crianças. E a tendência é para o seu agravamento.
É óbvio que o aumento da esperança média de vida é uma das grandes conquistas do
século XX e, como tal, deve ser saudada.
Durante muito anos a luta da Humanidade foi por prolongar a vida, «dar mais anos à vida». Hoje a luta é «dar mais
vida aos anos». E tem de ser assim,
porque o aumento da esperança média de vida não se traduziu, no entanto,
numa melhoria da qualidade de vida de
idoso.
A
revolução demográfica, e os problemas económicos e sociais daí
decorrentes, levaram a Assembleia Geral
das Nações Unidas a adoptar, em 1991, os Princípios das Nações Unidas em favor
das Pessoas de Idade, subordinados ao
lema «Para dar mais vida aos anos que se
juntam à vida». Esses princípios prendem-se com a autonomia, a participação, os cuidados, a auto-realização e a
dignidade da pessoa idosa.
A partir de então, os problemas sociais do envelhecimento passaram
a estar na ordem do dia. Mas a solução
dos mesmos não é fácil. E não o é porque a nossa sociedade encontra-se em completa transformação. Abalada pela
droga, corrompida pele dinheiro e com a
família em queda, a sociedade perdeu os valores tradicionais, que eram a
base da sua coesão.
Fonte fiequimetal
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