segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Demência de Alzheimer e Exercício Físico

Por Flávia Gomes de Melo Coelho; Ruth Ferreira Santos-Galduroz; Sebastião Gobbi; Florindo Stella. 

 Doenca Medicina Alzheimer Associacao Apoio Familia Pessoas Sociedade A demência do tipo Alzheimer (DA) é um processo de declínio de funções cognitivas que se estende para desorganização do comportamento e sintomas psicóticos. Entretanto, o quadro é insidioso e, frequentemente, antecipado por comprometimento cognitivo leve, uma condição considerada, por vários autores, como pré-demência1-2.
Inicialmente, o paciente apresenta maior comprometimento da memória recente e, com a evolução do quadro clínico, ocorrem distúrbios de memória semântica, dificuldade de nomeação e de elaboração da linguagem, déficits de atenção, prejuízos nas habilidades vísuoespaciais e nas funções executivas3-4. Estes déficits cognitivos prejudicam o paciente em suas atividades de vida diária, incluindo-se a convivência familiar, bem como o desempenho social e ocupacional5-6.
A neuropatologia da DA caracteriza-se por dois mecanismos críticos que determinam a morte neuronal: 1) formação de placas amilóides externas aos neurônios a partir da clivagem da proteína precursora de amilóide pela gama-secretase e beta-secretase; 2) hiperfosforilação da proteína tau, que leva à formação de emaranhados neurofibrilares dentro dos neurônios. Estes mecanismos determinam o processo de atrofia cerebral, inicialmente em áreas mesiais do lobo temporal, como hipocampo e córtex entorrinal - áreas associadas ao processamento de memória recente - e atrofia do núcleo de Meynert, bem como dos núcleos septais, no prosencéfalo basal. Estes núcleos são responsáveis pela produção de acetilcolina, um neurotransmissor mediador da atividade cognitiva. Progressivamente, o processo neurodegenerativo acomete todo o córtex cerebral, determinando o declínio das demais funções cognitivas, além de distúrbios de comportamento7-9.
Ainda não existe um tratamento definitivo que possa curar ou reverter a deterioração do funcionamento cognitivo causada pela DA. Do ponto de vista farmacológico, o tratamento atual consiste na prescrição de anticolinesterásicos (rivastigmina, donepezil e galantamina) e de memantina (antiglutamatérgico), tanto para declínio cognitivo, quanto para distúrbios de comportamento10. Entretanto, intervenções não-farmacológicas têm apontado resultados favoráveis no manejo de pacientes com DA. Programas de estimulação cognitiva, psicoterapia de orientação para a realidade, terapia ocupacional, atividades em grupo, treinamento de cuidadores e outros procedimentos têm proporcionado impacto benéfico na atenuação do declínio cognitivo e na melhora dos distúrbios de comportamento em pacientes com DA11-13. Outra alternativa nãofarmacológica inclui a prática regular de atividade física, a qual tem propiciado benefícios aos pacientes com demência14-16.
Algumas pesquisas têm demonstrado a ação benéfica do exercício físico sobre a cognição17. Colcombe e Kraemer, em uma metanálise, concluíram que o treinamento aeróbio, em pessoas idosas, proporcionou melhora no funcionamento cognitivo, especialmente nas funções executivas18. Heyn et al. também, por meio de metanálise, destacaram vários estudos nos quais ocorreram melhora significativa nas funções cognitivas globais com a prática de exercícios físicos em indivíduos com declínio cognitivo leve ou com demência14.
Apesar da crescente evidência dos benefícios do exercício físico para a cognição, poucos estudos foram realizados com utilização da atividade física sistematizada em pacientes com DA. Também existe uma lacuna no detalhamento dos programas de exercícios físicos aplicados e as recomendações (intensidade, tipo de exercício, freqüência, duração) para a prática de atividade física sistematizada nesta população.

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Envelhecimento Celular

«O envelhecimento celular diz respeito a todos os tipos de celulares somáticos não transformados; apenas as linhas germinais possuem uma duração de vida ilimitada. O fenómeno de senescência replicativa aplica-se no adulto, nos tipos celulares somáticos não transformados que gozam de uma capacidade de proliferação. São os fibroblastos presentes nos tecidos intersticiais, as células satélites dos músculos, as células endoteliais dos vasos sanguíneos, os enterócitos do intestino, as células musculares lisas vasculares, os queratinócitos da epiderme, as células adrenocorticais, os linfócitos, os condrócitos das articulações.»
Por Florence Chainiux e Oliver Toussaint

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Envelhecer com dignidade

Aken (2009, pag. 47) classifica o aumento da esperança de vida nos últimos 150 anos como uma “linha recta dirigida para cima”. Em todos os países do mundo nota-se um aumento considerável da população idosa e por isso surgem novos desafios. 
Anaut (2005, pag 123) informa que “a população idosa tornou-se nomeadamente um dos grupos de investigação mais instrutivos […]”.Assim o idoso dos nossos dias passou a ser visto como parte integrante de um grupo com um grande potencial a ser explorado quer pela ciência, quer pelos senhores dos negócios nos seus mais diversos ramos. Este grupo entretanto tem as suas características, necessidades e fragilidades próprias.
Tornou-se obrigatório criar e desenvolver meios para proporcionar aos idosos 
melhor qualidade de vida e promover um modelo de envelhecimento onde sejam garantidas condições de integração social e que potencie um envelhecimento saudável em todos os seus aspetos.
Em seu livro A Arte de Envelhecer, Claude Olievenstein escreve que “há velhos e velhos, de vários níveis e de várias idades”. Este facto deve ser seriamente tomado em consideração por todos os que lidam com idosos, quer familiares, cuidadores ou outros profissionais. Assim como as crianças são indivíduos únicos e necessitam de uma aprendizagem diferenciada para um melhor desenvolvimento cognitivo, muito mais deve esta realidade ser vivenciada nos idosos uma vez que têm um longo percurso no que tange à bagagem de cultura e de desenvolvimento do carácter pela experiência que a vida lhes proporcionou. Desta forma entende-se que o idoso, como um indivíduo, é digno de um tratamento personalizado pois trata-se de um ser. 

terça-feira, 23 de junho de 2015

O Exercício Físico como Elo de Integração Social

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Tem sido cada vez mais evidente que o exercício físico tem a sua parcela essencial na promoção da saúde física e mental. A saúde total, mais conhecida como homeostase, é um conceito mais abrangente, que integra, também, a saúde emocional que, por sua vez, interliga-se com relacionamentos sociais de qualidade pois somos seres sociais. O homem, como ser social, tem a necessidade inerente de viver em sociedade e desenvolver relações com as pessoas à sua volta

Já alguém disse que o “o homem não é uma ilha”. Assim o homem só se realiza como pessoa quando vive e desenvolve relações com os seus semelhantes. Essa relação tem vários níveis e assume múltiplas formas que podem ser caracterizadas como: amizade, intimidade e sociabilidade. São as tais relações interpessoais e causais que tanto ouvimos falar nos dias de hoje. Como seres humanos sociais dependemos diariamente dessas intervenções sociais para prosseguir no nosso desenvolvimento como pessoas.
Contudo, o leitor já deve estar a questionar: “então qual é o elo de ligação entre exercício físico e a interação social?” Embora sejamos seres sociais e o sejamos até ao fim dos nossos dias, outro facto que também é uma grande verdade é que depois de uma certa idade torna-se cada vez mais difícil desenvolver novas amizades, o que não deixa de ser algo extremamente antagônico, pois se somos seres sociais, com o avançar da idade deveríamos ter mais facilidade em criar amizades mais sólidas. Mas não é o que se verifica. Esse fenómeno está relacionado com uma série de fatores que não iremos abordar agora mas tratam-se sobretudo das desilusões, do apego profundo ao passado e sobretudo das limitações sociais em que nos fechamos na idade mais avançada.
É nestes momentos que a gerontologia deve intervir para quebrar o ciclo, reprogramar os hábitos e criar novas possibilidades de integração social. Isso tudo é possível graças aos exercícios físicos! Como já mencionámos nos artigos anteriores a prática de exercícios estimula o nosso organismo a produzir hormonas que nos levam a quebrar todas as barreiras da “insociabilidade”, pois faz-nos mais alegres, comunicativos. Estamos a falar da produção natural e ordenada de serotonina e endorfina no nosso corpo, que nos traz sensação de felicidade e estimula a interagir com outras pessoas de uma forma muito mais positiva.


sexta-feira, 29 de maio de 2015

O segredo para dormir bem

Resultado de imagem para sleepingQuantas horas necessita um idoso de dormir? Há muitos que defendem o conceito que um idoso não necessita de mais de 5 a 6 horas de sono. Entretanto, a Gerontologia aposta num conceito em que cada pessoa tem as suas necessidades únicas e cada caso deve ser avaliado individualmente. Assim, as horas de sono de um idoso devem ser exatamente as horas necessárias para a restauração das energias e recuperação da fadiga.
Não obstante é extremamente importante referir qual o período em que o sono mais traz benefícios para o corpo. Muitos estudos, como os de Handysides e Kuntaraf têm assegurado o conceito de Ellen White ao salientar que “o sono é muito mais valioso antes do que depois da meia-noite. Duas horas de bom sono antes das doze valem mais do que quatro horas depois das doze”. Isso dá-se pelo facto da melatonina, uma hormona produzido pela glândula pineal, aumentar a sua secreção com a escuridão. Essa hormona desenvolve um papel importante no nosso bem-estar.
O que se observa que provoca o desregulamento do sono no idoso é, entre outras coisas, o sedentarismo que gera os diversos dormitar ao longo do dia que impedem uma pré-disposição para um sono restaurador à noite. Aqui entra a importância do exercício físico.Quer ter boas noites de sono? Comece a exercitar-se logo de manhã ou ao fim da tarde. Faça isso durante algum tempo e brevemente irá ter horas de sono de grande qualidade! 

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Cura para o Cancro

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Como é do conhecimento comum, a cura para o cancro, ainda não foi encontrada. Porém, muitos investigadores como Garberoglio, Solomon, Senthil, Reeves, Rivera, Kazanjian, Srikuerja Lewis, Walter, todos associados do Cancer Center de Loma Linda University  apoiam que a boa prática de exercício físico constante é a base da medicina preventiva. Segundo a agência Eurocancer, as pessoas fisicamente ativas têm o risco de cancro do cólon reduzido, entre os 20% a 28%, em comparação às pessoas sedentárias. Eurocancer (2005). Em adição, a população portuguesa fazer parte do grupo que apresenta o “maior índice de sedentarismo” da Europa, Camões e Lopes (2008 p: 209). O Ministério da Saúde de Portugal garante que um dos motivos que pode levar o organismo a desenvolver o cancro do cólon é o excesso de peso e o sedentarismo. Ministério da Saúde (2005).

Quanto à relação entre o exercício físico e o cancro, existe uma panóplia de artigos a indicar que  “o exercício físico poderia diminuir ligeiramente o risco e parece até melhorar a qualidade de vida nos pacientes com cancro prostático que fazem quimioterapia ou radioterapias”. A Liga Portuguesa Contra o Cancro nomeia, na sua página da internet, vários fatores de risco que contribuem para o cancro, entre eles o envelhecimento e o sedentarismo.
A nossa pergunta chave é como o exercício físico pode ser um elemento importante na prevenção do cancro? A resposta não é minha. Vem de investigações de diversos sectores da medicina que no artigo deste mês tenho grande prazer em compartilhar.
Os estudos mostram que uma rotina semanal de exercícios físicos fortalece o sistema imunitário de uma pessoa. Como isso ocorre? Uma das funções dos glóbulos brancos do sangue é proteger o organismo contra doenças e infeções. Através do exercício físico os glóbulos brancos são estimulados, tornando-se mais ativos, o que contribui para o melhor desenvolvimento das suas funções de guardiões do corpo. 
Resultado de imagem para exercise and cancerTambém tem sido observado que o exercício constante tem uma determinada contribuição no controlo de muitas hormonas como o estrogénio e a insulina. O descontrolo dessas hormonas também está de uma certa forma vinculado com alguns tipo de cancro, mas isso ainda faz parte da investigação.

Entretanto o que se tem observado sobre o exercício físico é que esses benefícios não surgem de uma prática eventual. Todas as investigações salientam que o exercício tem o seu efeito positivo quando praticado de uma forma rotineira. Daí a necessidade de criar hábitos saudáveis!

terça-feira, 26 de maio de 2015

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Impacto da prática regular de exercício físico no equilíbrio

Por Fernando Ribeiro

O envelhecimento é acompanhado pelo marcado declínio das capacidades funcionais. Sendo um processo complexo, o envelhecimento resulta da interacção de diversos factores (p.e. factores genéticos, estilo de vida, doenças crónicas) determinando o declínio da capacidade funcional. No entanto, a manutenção de um estilo de vida activo através da realização regular de exercício físico (p.e. exercício aeróbio e/ou exercício de força) contribui para um envelhecimento mais saudável, que se caracteriza entre outros aspectos por níveis de aptidão que se relacionam com menor risco de morbilidade e mortalidade(1). O declínio da capacidade funcional resulta, em parte, de alterações neuromusculares tais como a desnerva- ção muscular, a atrofia e perda selectiva de fibras musculares (especialmente das fibras tipo II) com redução da massa muscular total e a diminuição da força e da potência muscular. 

Estas alterações repercutem-se negativamente no equilíbrio e na mobilidade funcional dos sujeitos idosos pela redução da eficácia dos mecanismos de ajustamento postural e do controlo motor(2), contribuindo para o aumento do risco de quedas e fracturas na população idosa(3). Risco esse que é particularmente elevado em idosos institucionalizados, uma vez que, entre outros factores, os níveis de aptidão funcional são inferiores aos de idosos não institucionalizados o que poderá explicar parcialmente a maior prevalência de quedas com fractura do colo do fémur que se tem observado neste segmento populacional(4, 5). O padrão de declínio da força muscular não é uniforme em todas as regiões corporais e grupos musculares. 
A força dos membros inferiores diminui mais rapidamente com a idade do que a dos membros superiores. À diminuição da força dos membros inferiores associa-se menor capacidade de realização de certas acções e actividades da vida diária, tais como: levantar de uma cadeira, apanhar um objecto do chão, caminhar e subir escadas(1). Contudo, vários autores sugerem que independentemente do sexo, a participação de idosos em programas de exercício físico promove aumento da massa muscular, da força muscular(1, 2, 6) e do equilíbrio(1), reduzindo o risco de quedas(1, 7, 8) e consequentemente de fracturas(1).

REFERÊNCIAS 
Mazzeo R, Cavanagh P, Evans W, Fiatarone M, Hagberg J, McAuley E , Startzell J (1998). American College of Sports Medicine Position Stand. Exercise and physical activity for older adults. Med Sci Sports Exerc 30(6): 992-1008 2. Timiras PS (2003). Physiological Basis of Aging and Geriatrics. 3rd Edition. Boca Raton: CRC Press LLC. 3. Douris P, Southard V, Varga C, Schauss W, Gennaro C , Reiss A (2003). The Effect of Land and Aquatic Exercise on Balance Scores in Older Adults. J Geriatr Phys Ther 26(1): 3-6 4. Norton R, Campbell AJ, Reid IR, Butler M, Currie R, Robinson E , Gray H (1999). Residential status and risk of hip fracture. Age Ageing 28(2): 135-9 5. Ramnemark A, Nilsson M, Borssen B , Gustafson Y (2000). Stroke, a major and increasing risk factor for femoral neck fracture. Stroke 31(7): 1572-7 6. Krebs DE, Jette AM , Assmann SF (1998). Moderate exercise improves gait stability in disabled elders. Arch Phys Med Rehabil 79(12): 1489-95 7. Chandler JM, Duncan PW, Kochersberger G , Studenski S (1998). Is lower extremity strength gain associated with improvement in physical performance and disability in frail, community-dwelling elders? Arch Phys Med Rehabil 79(1): 24-30 8. Mecagni C, Smith JP, Roberts KE , O’Sullivan SB (2000). Balance and ankle range of motion in community-dwelling women aged 64 to 87 years: a correlational study. Phys Ther 80(10): 1004-11

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Exercitar para manter a saúde

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Quantas vezes observamos experiências de pessoas que não podem fazer isto ou aquilo pelo facto de serem obesas. Baixa resistência física, dificuldade de mobilidade, dores nas articulações causadas pelo excesso de peso, entre outros, são alguns exemplos do detrimento da qualidade de vida face à obesidade.O exercício físico contínuo recomenda-se para a profilaxia da obesidade que também é uma realidade preocupante no grupo de idosos sedentários. Com o avançar dos anos, o idoso perde massa muscular e aumenta a massa gorda. Isto decorre, entre outros, pelo facto da pessoa ter uma alimentação com mais calorias do que o necessário. Aqui entra o ponto-chave do exercício físico, exercitar para manter a forma. E manter a forma não é somente ter aquele corpo escultural dos anos da juventude. É manter a forma física que permita ao idoso exercer as suas atividades de rotina diária em todos os aspetos da sua vida. 
Isso é possível através de rotinas regulares de prática de atividade física, que irão ser um grande contributo para reduzir o excesso de peso, o que garantirá ao idoso o prolongamento da sua autonomia.

Em acréscimo, cada vez mais tem-se constatado uma forte ligação entre a obesidade e os mais variados tipos de doenças que poderiam ser evitadas mas que infelizmente tem ceifado a vida de muitos.
Para além disso, a obesidade também causa distúrbios psicológicos. A autoestima diminui e a autoimagem desvaloriza-se. 

O que está a fazer pelo seu corpo? As suas ações cooperam para uma vida saudável ou para um futuro incerto de doenças?  

terça-feira, 19 de maio de 2015

O café, como consumo diário, é um beneficio para a saúde?

De acordo com os estudos desenvolvidos pela equipa do Dr. Junxiu Liu da Universidade da Carolina do Sul e publicados na revista científica Mayo Clinic Proceedings publicado em 2013, entre 1971 e 2002 mais de 43 mil pessoas com idades dos 20 aos 87 anos fizeram parte da investigação que apresentou resultados alarmantes em relação ao feito da cafeína sobre a nossa saúde. As pessoas que bebem uma média de 4 chávenas de café por dia têm uma incidência de morte prematura de 50% a mais sobre as pessoas que não bebem café. No caso dos homens a incidência é de 56%. O mais notável de tudo isso é que a causa das mortes apresentada no estudo estava relacionada com doenças cardiovasculares, o que é de se esperar pois tanto o tabaco como o café são altamente estimulantes e provocam estímulos e reações prejudiciais ao coração. O pior de tudo é que os grandes lobbies do café tem conquistado governos, médicos e organizações de saúde, o que dificulta a informação completa sobre as consequências nocivas do café para a nossa saúde. 

Faça o seu pedido da cópia original da investigação de Junxiu Liu através da página inicial deste blog utilizando o formulário de contato.

quinta-feira, 14 de maio de 2015

A cura pelo exercício físico

Resultado de imagem para exerciseO exercício e o trabalho físicos combinados exercem uma agradável influência sobre a mente, fortalecem os músculos, aumentam a circulação e dão ao doente a satisfação de conhecer seu próprio poder de resistência; ao passo que, se o exercício saudável e o trabalho físico lhe são restringidos, sua atenção é atraída para ele próprio. Acha-se ele em constante perigo de imaginar-se pior do que realmente está e de formar dentro de si uma imaginação doentia que o leve a temer constantemente esteja sobrecarregando sua capacidade de resistência. De modo geral, se tomar parte em alguma actividade bem orientada, usando sua energia sem dela abusar, notará que o exercício físico se provará um agente mais poderoso e eficaz em sua recuperação. 


Conselho sobre saúde Pag. 201 - Paragrafo 2

Inatividade, Causa de Doenças

A inatividade é prolífera causa de doenças. O exercício aviva e equilibra a circulação do sangue, mas na ociosidade o sangue não circula livremente, e não ocorrem as mudanças que nele se operam, e são tão necessárias à vida e à saúde. Também a pele se torna inativa. As impurezas não são eliminadas, como seriam se a circulação houvesse sido estimulada por vigoroso exercício, a pele conservada em condições saudáveis, e os pulmões alimentados com abundância de ar puro, renovado. Esse estado do organismo lança um duplo fardo sobre o sistema excretor, dando em resultado a doença.

A Ciência do Bom Viver, pág. 238.

quinta-feira, 5 de março de 2015

Mais Luz sobre a Esclorose Múltipla

Resultado de imagem para esclerose multiplaA esclerose múltipla é uma doença neurológica crónica que destrói a mielina, uma camada que isola as fibras do sistema nervoso central, causando sintomas como visão embaciada, perda de equilíbrio e paralisia. E que tal se uma doença dessa gravidade pudesse ser curada apenas com luz? Essa é a possibilidade levantada pela equipa da Dra. Jeri-Anne Lyons, da Universidade de Wisconsin (EUA).Lyons e os seus colegas demonstraram que determinados comprimentos de onda da luz podem curar a esclerose múltipla – mais especificamente, um comprimento de onda da luz chamado infravermelho próximo.
Em modelos animais, os primeiros sintomas semelhantes à esclerose múltipla humana foram tratados com sucesso com a exposição à luz na faixa do infravermelho próximo durante uma semana, alternando com uma semana sem nenhuma luz. Repetindo as experiências de novo e de novo, o grupo descobriu que certas doses de infravermelho próximo permitem que os animais de laboratório recuperem a visão perdida por causa da doença.
Os cientistas têm reconhecido que certos comprimentos de onda da luz em certas doses podem curar, mas só agora os pesquisadores estão a descobrir como a luz interage com o lado biológico.
Entre as suas constatações está a de que alguns comprimentos de onda da luz azul – alguns tons de azul – podem limpar infeções persistentes, incluindo a MRSA, uma forma da "superbactéria" Staphylococcus aureus resistente a antibióticos.

:: Diário da Saúde/SL - jan 2015

Estudo do Cérebro

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Jay Sanguinetti, da Universidade do Arizona (EUA), fez uma descoberta que desafia as teorias sobre como o cérebro se relaciona com a perceção consciente – com a mente. As experiências mostraram que o cérebro processa e entende informações visuais que podem nunca chegar ao nível consciente.
Em termos simples: o seu cérebro "vê", mas você não. Isto desafia os modelos atualmente aceites sobre como o cérebro processa a informação visual e abre questões totalmente novas sobre mente e cérebro. Sanguinetti mostrou aos voluntários uma série de silhuetas negras, algumas das quais continham objetos significativos e reais representados pela porção branca do desenho. A questão específica foi: “Será que o cérebro processa essas formas ocultas ao nível de significado, mesmo quando a pessoa não as vê conscientemente?” A resposta é sim.
As ondas cerebrais dos participantes indicaram que, mesmo que uma pessoa nunca reconheça conscientemente as formas brancas, do lado de fora dos desenhos, o seu cérebro processa essas formas até ao nível da compreensão do seu significado. 
Mas depois o cérebro, aparentemente, descarta essa compreensão. Isto leva à questão de por que o cérebro processa o significado de uma forma e depois a descarta, "impedindo" que a pessoa fique consciente dela. Para essa questão os pesquisadores ainda não têm uma resposta.


:: Diário da Saúde/S&L

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Educar para a Vida

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A palavra hebraica para “educação” vem de uma palavra que significa “edificar” e “começar”. Todos estes significados estão contidos na ideia hebraica de educação: quando instruímos ao menino, edificamos, começamos a construir e lançamos os fundamentos para o futuro. Os pais e os educadores são, por conseguinte, responsáveis pelo futuro das crianças a eles confiadas e, consequentemente, pelo futuro do mundo.

O que fazemos com os nossos filhos hoje vai influenciar a sociedade durante as gerações vindouras. Assim a educação pode ser comparada à atividade de “sementeira”. O futuro da nossa sociedade e dos nossos filhos depende daquilo que tivermos semeado. E de igual forma é na infância que se edifica o idoso.
Esse conceito amplifica o raio de ação do gerontólogo, uma vez que o envelhecimento toma seu lugar quando a criança ainda está a ser formada no ventre materno.

Deixo aqui o pensamento do sábio Salomão registado em Provérbios 22:6: “instrua o menino no caminho em que deve andar e quando for velho não se apartará dele”.

por Jacques Doukhan in Proverbios  

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Trabalho Fisico e Trabalho Mental


A idéia de que o trabalho é degradante tem levado milhares para a sepultura. Os que realizam somente trabalho manual frequentemente trabalham em excesso, enquanto os que trabalham com o cérebro sofrem por falta de saudável vigor que o trabalho físico proporciona. Se os intelectuais partilhassem o fardo da classe trabalhadora a ponto de ficarem os músculos fortalecidos, os trabalhadores poderiam dedicar parte de seu tempo à cultura mental e moral. Os que se dedicam a hábitos sedentários e literários deviam fazer exercícios físicos. A saúde deve ser suficiente incentivo para levá-los a unir o trabalho físico com o mental. 

White, E. Conselho sobre Educacao pag 178

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

combater a sindrome sarcopénica através de exercícios físicos

Com o tempo o nosso corpo começa a perder as suas capacidades físico-motoras paulatinamente. A medicina dá o nome a esse fenómeno de Síndrome Sarcopénica que em outras palavras nada mais é que a perda da massa muscular e o declínio acentuado da resistência física, diretamente ligados com a idade. Esse processo, embora com resultados visíveis, é silencioso e lento. É uma patologia comum entre as pessoas idosas conhecido como sindrome sarcopénica. Essa patologia em estado mais avançado leva o idoso a ficar mais vulnerável a quedas, fraturas e lesões. Até ao presente momento não há nada que impeça o aparecimento dessa patologia no idoso, mas nem tudo está perdido: Podemos retardar ou desacelerar o surgimento da sarcopénia, graças a atividades físicas constantes! Isso acontece porque o exercício físico está interligado com a manutenção e o desenvolvimento da massa muscular bem como a promoção da saúde motora. De uma forma mais simples, o exercício físico periódico irá contribuir para renovar diariamente toda a estrutura do seu corpo e evitar que ele fique frágil com a “utilização excessiva” causada pelo tempo, ou seja, o envelhecimento precoce. Há uma série de exercícios físicos que poderão ser úteis para manter a sua saúde entre os quais aconselhamos; caminhadas, natação, ginástica de manutenção ou rítmica, hidroginástica, golf, musculação, ciclismo e tantos outros!

Saia da sua zona de conforto e adira já a uma ou mais formas de exercício físico. É o seu estilo de vida que irá indicar a sua qualidade de vida. 

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Exercitar para Mudar!

Estamos no início de um novo ano. É como se tivesse uma nova folha de oportunidades, em branco, diante de si. Talvez o leitor tenha tentado corrigir o seu estilo de vida e desta forma prolongar a sua saúde. Entretanto, os velhos hábitos poderão estar bem vincados na sua vida. 

Há cerca de 20 anos atrás era um grande investimento frequentar um ginásio, ou uma associação com piscinas em condições. Nos dias atuais tem surgido uma série de opções ao alcance de todos, para a prática saudável do desporto sem custo adicional. Em Portugal Continental e Ilhas, contamos com mais de 1.627,413 km de ecovias, ecopistas e ciclovias totalmente disponíveis para o público em geral. Em complemento, a maior parte destas vias contam com zonas de máquinas de exercícios com instrução para uso, zonas de descanso e uma paisagem agradável à higiene mental que também é de grande relevância para o bem-estar total.
Aproveite essa oportunidade! Nunca é demasiado tarde para cuidar da sua saúde. Permita que a boa prática de exercício físico mude o seu estilo de vida e traga mais vigor, saúde, independência e autonomia para a sua vida.
Um feliz 2015 com renovações e mudanças para melhor