domingo, 21 de dezembro de 2014

A Cura Mental

Muito íntima é a relação que existe entre a mente e o corpo. Quando um é afetado, o outro se ressente. O estado da mente atua muito mais na saúde do que muitos julgam. Muitas das doenças sofridas pelos homens são resultado de depressão mental. Desgosto, ansiedade, descontentamento, remorso, culpa, desconfiança, todos tendem a consumir as forças vitais, e a convidar a decadência e a morte. 

A doença é muitas vezes produzida, e com frequência grandemente agravada pela imaginação. Muitos que atravessam a vida como inválidos poderiam ser sãos, se tão-somente assim o pensassem. Muitos julgam que a mais leve exposição lhes ocasionará doença, e produzem-se os maus efeitos exatamente porque são esperados. Muitos morrem de doença de origem inteiramente imaginária. 
O ânimo, a esperança, a fé, a simpatia e o amor promovem a saúde e prolongam a vida. Um espírito contente, animoso, é saúde para o corpo e força para a alma. "O coração alegre serve de bom remédio." Prov. 17:22. 
 No tratamento do enfermo não se deveria esquecer o efeito da influência mental. Devidamente usada, essa influência proporciona um dos mais eficazes meios de combater a doença.

E.G. White em A Ciência do Bom Viver pag 241 

domingo, 14 de dezembro de 2014

Exercitar para manter a forma

O exercício físico contínuo recomenda-se para a profilaxia da obesidade que também é uma realidade preocupante no grupo de idosos sedentários. Com o avançar dos anos, o idoso perde massa muscular e aumenta a massa gorda. Isto decorre, entre outros, pelo facto da pessoa ter uma alimentação com mais calorias do que o necessário. Aqui entra o ponto-chave do exercício físico, exercitar para manter a forma. E manter a forma não é somente ter aquele corpo escultural dos anos da juventude. É manter a forma física que permita ao idoso exercer as suas atividades de rotina diária em todos os aspetos da sua vida. Isso é possível através de rotinas regulares de prática de atividade física, que irão ser um grande contributo para reduzir o excesso de peso, o que garantirá ao idoso o prolongamento da sua autonomia.

Em acréscimo, cada vez mais tem-se constatado uma forte ligação entre a obesidade e os mais variados tipos de doenças que poderiam ser evitadas mas que infelizmente tem ceifado a vida de muitos.
Para além disso, a obesidade também causa distúrbios psicológicos. A autoestima diminui e a autoimagem desvaloriza-se. Ver idosos obesos não se coaduna com a imagem de pessoas elegantes estabelecida pelos padrões socioculturais onde o belo continua a ser avaliado pelos princípios de ser “jovem e elegante”.

O que está a fazer pelo seu corpo? As suas ações cooperam para uma vida saudável ou para um futuro incerto de doenças?  

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Prolongue a saúde do seu corpo

Já aconteceu consigo comprar uma máquina, ou qualquer outro artigo, ao mesmo tempo que uma pessoa conhecida, e com o passar do tempo a sua máquina ou aquele artigo teve um tempo de vida muito mais curto que o da outra pessoa sua amiga? O que poderá ter abreviado o prazo de vida do seu produto? Podemos citar várias causas como: má utilização, má conservação, e a utilização excessiva.
Assim como acontece com as máquinas e outros artigos também acontece connosco.O nosso corpo é uma máquina extraordinária que precisa ser bem tratada. Não nos podemos dar ao luxo de uma má utilização pois temos somente um corpo. Quem utiliza mal o seu corpo também o conserva em mau estado, e conservá-lo em bom estado está para além dos disfarces das intervenções cosméticas que cada vez têm tido maior adesão na nossa sociedade.

Portugal Maior


segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Redes de apoio social para idosos

A complexidade do fenómeno do envelhecimento humano obriga a uma abordagem dinâmica e ao mesmo tempo complexa pois estamos a lidar com seres humanos e cada um envelhece de uma forma única e ao seu próprio tempo.
 As redes sociais foram criadas com o objetivo de fornecer o suporte social em todos os níveis para toda a sociedade. Entretanto neste trabalho iremos dar uma atenção especial ao suporte social para pessoas idosas.
Já alguém disse que “o homem não é uma ilha”. Assim o homem só se realiza como pessoa quando vive ou desenvolve relações com os seus semelhantes. Esta relação tem vários níveis e assume múltiplas formas que podem ser caracterizadas como; amizade, intimidade e sociabilidade. Daí derivam as atracções interpessoais e consequentemente as atribuições causais. Na óptica de Cutrona (apud Serra 2002) as pessoas devem “confiar umas às outras para obter certas necessidades básicas. Assim é demonstrada a evidência da fragilidade humana e como tal dependemos uns dos outros. 

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

A Gerontologia Social e a Farmacodependência

“A população idosa de todos os países industrializados consome quantidades importantes de medicamentos, situação esta que não cessa de se agravar. O fenómeno do sobreconsumo de medicamentos, apesar de bastante disseminado, é, no entanto, mal conhecido, muitas vezes voluntariamente ignorado e por vezes mesmo escondido. Esta situação inquietante e trágica constitui um obstáculo maior à promoção da saúde dos idosos e coloca problemas importantes aos profissionais de saúde.”
Louise Berger e Danielle Mailloux-Poirier
In “Pessoas idosas – Uma abordagem global”

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Medo de Envelhecer

Evitar o envelhecimento tem sido o propósito do homem desde os tempos mais remotos.  Entretanto negar o envelhecimento é negar a própria vida. Pois este fenómeno biopsicossocial ocorre ao longo da nossa existência. Autores como Bize e Vallier (1985) e Marujo (2009) defendem que o envelhecimento inicia-se na fecundação do óvulo. 
Segundo Robert (1995) “o envelhecimento é caracterizado pela incapacidade progressiva do organismo para se adaptar às condições variáveis do seu ambiente. Os mecanismos implicados apresentam todos as características seguintes: são progressivos, nocivos, irreversíveis e, geralmente comuns a inúmeros organismos.
 Levet (1989) sugere que como “hoje não existe hoje vacina contra o envelhecimento” deveríamos encarar o envelhecimento com outra perspectiva. O melhor caminho seria, conforme o autor “descobrir pontos sobre os quais é preferível ceder, a fim de empenhar as suas forças noutro lado; encontrar estratégias de compensação, procurar o que resiste e o que é ainda possível desenvolver, sem esquecer o que é possível adquirir. Este pensamento reflete o conceito de Jung onde o idoso é aconselhado a olhar para o mundo numa novas perspectiva, abandonar o que deve ser abandonado seguir para as novas expectativas que a idade lhe oferece, abraçando assim o transcendente. Levet (1989) assegura ainda que um envelhecimento saudável passa por o “exercitar o espírito”. 
Para concluir, compartilho o comentário de Dan Hill onde afirma que cada pessoa “pode envelhecer com graça (isto é, cada vez mais sabendo receber diariamente a graça dada por Deus, e fazendo-a resplandecer, mostrando-a para com todos, fazendo brilhar seu fruto do Espírito). Pode envelhecer com graciosidade ... , sim, aplicando as lições que aprenderemos de Abraão”. 

sábado, 17 de maio de 2014

Viver sem Tabaco

Como tem sido cada vez mais apontado por médicos e cientistas, o tabaco é um dos principais responsáveis por diversas doenças oncológicas e infeções do aparelho respiratório, para além de outros males, tal como o envelhecimento precoce dos pulmões.

Entretanto como se tem observado, devido à dependência que a nicotina provoca, abandonar o seu uso pode não ser algo fácil.
Os nossos hábitos são formados a partir de atos que praticamos. Esses atos ficam registados na nossa mente através da prática constante. Recorda-se alguma vez que, ao andar pelo campo, observou alguns trilhos que são utilizados pelas pessoas, trilhos esses que ligam um ponto a outro? Esses caminhos nos campos ou relvados da cidade surgem pelo facto das pessoas passarem por eles continuamente, deixando a terra batida sem possibilidade de nascer erva no local e preencher a falha existente.

O mesmo ocorre no nosso cérebro referente aos nossos hábitos. As nossas células cerebrais comunicam-se através de sinapses. Um ato constante, como o fumar, fica registado no nosso cérebro a partir das sinapses, o caminho de comunicação entre uma célula e outra para a execução de um hábito. Entretanto esse “caminho” pode ser apagado com a criação de outro hábito. Para aqueles que desejam parar de fumar, entre outros coisas o que necessitam fazer é mudar hábitos. 
Opte por hábitos saudáveis para ter uma vida melhor! Não importa a sua idade ou quantos anos tem fumado. As mudanças são desafios espetaculares e precisamos de encher a nossa vida de desafios que nos proporcionam uma vida melhor!

Educação para idosos

O ato de promover a educação das camadas mais velhas da sociedade está relacionado com o desenvolvimento de uma gerontologia educativa. Glendenning (apud Veloso 2011) traça o desenvolvimento dessa vertente da Gerontologia no ano de 1976 por Howard, professor da Universidade do Michigan.

Para Anaut (2005, p: 123) “a população idosa tornou-se nomeadamente um dos grupos de investigação mais instrutivos […]”. Assim o idoso dos nossos dias passou a ser visto como parte integrante de um grupo com um grande potencial. Este grupo entretanto tem as suas características, necessidades e fragilidades próprias.
Tornou-se obrigatório criar e desenvolver meios para proporcionar aos idosos melhor qualidade de vida e promover um modelo de envelhecimento onde sejam garantidas condições de integração social e que potenciem um envelhecimento saudável em todos os seus aspetos.
A Quinta Conferência Internacional sobre Educação de Adultos, de 1997, que teve lugar na cidade de Hamburgo declara: “é importante que (esses adultos idosos) tenham oportunidade de aprender em igualdade de condições e de maneira apropriada. As suas capacidades e competências devem ser reconhecidas, valorizadas e aproveitadas”. Segundo Terra (2009, p:5) “educação para os idosos são programas educacionais voltados atender às necessidades da população idosa, considerando as características desse grupo etário”.
Essas necessidades devem ser avaliadas de uma forma individual pois cada idoso leva consigo a sua própria bagagem cultural e emocial. Um plano de intervenção de um modelo educacional para o idoso deve ser tridimensional, pois dessa forma o idoso poderá alargar o seu conhecimento no aspecto de si próprio e do contato com o seu semelhante, no aspecto do meio envolvente e no aspecto transcedental que irá ajudar no seu despertar espiritual e no encontro com o seu Criador. 

domingo, 4 de maio de 2014

Encontrar Significado Após as Derrotas

A perda é uma parte natural da vida e algo que nenhum de nós podemos evitar. Independentemente de quão dolorosa ou traumática seja essa experiência, é extremamente importante encontrar um aspeto positivo nessa experiência para ajudar no processo da recuperação emocional, eu faço isso como um exercício regular em todas as minhas experiências. A nossa capacidade de encontrar significados positivos nos eventos é uma questão de prática. Não existe nada de mal que nos aconteça que não tenha uma lição positiva.
O apóstolo Paulo, um dos grandes heróis do novo testamento, deixou um grande legado escrito em Romanos 5:3 que poderá ser um grande conforto e uma motivação nos momentos de fracasso: “… também nos gloriemos nas próprias tribulações, sabendo que  tribulação produz perseverança; e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança."
Assim, até nos momentos mais sombrios da nossa experiência podemos mantermos firmes pois até uma experiência de perda poderá fortalecer a nossa esperança e promover o nosso bem-estar emocional. 

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Produtos de Apoio - Ajudas Técnicas - Gerontolotecnologia

Os produtos de apoio constituem auxiliares preciosos para que as pessoas com incapacidade ou portadoras de deficiência consigam ter uma vida autónoma. No entanto, estes produtos têm de ser prescritos e o seu uso acompanhado por especialistas, sob pena de se pôr em sério risco a segurança e saúde dos utilizadores. Felizmente, está a tornar-se mais fácil ter acesso quer aos materiais, quer a acompanhamento de qualidade, graças à existência de bancos e centros de informação de produtos de apoio.
A população sénior tem vindo a beneficiar do aparecimento por esse país fora, muitas vezes apoiado pelos municípios e instituições de solidariedade social, de bancos que disponibilizam materiais indispensáveis à autonomia de pessoas com as mais variadas incapacidades. Sob a denominação genérica de produtos de apoio (em inglês assistive devices) encontram-se diversas tipologias de produtos, nomeadamente para facilitar a realização de actividades da vida diária, permitir uma mobilidade com maior autonomia, devolver a capacidade para o envolvimento em actividades de lazer e/ou profissionais, bem como para adaptar os ambientes de desempenho ou a forma de realizar determinadas ocupações.
Através dos bancos de produtos de apoio já é possível pedir emprestado algum material básico, nomeadamente de banho ou sanitário, anti escaras, facilitador de mobilidade, ou para acamados, entre outros, embora o conjunto de opções existentes possa ser, nalguns casos, ainda muito limitado. Com todo o mérito que merecem, estas iniciativas devem ser encaradas apenas como parte da solução, da mesma forma que a existência do produto de apoio é apenas um pressuposto (embora fundamental) do processo terapêutico.
É um facto que, seja através dos bancos, seja através das lojas, os produtos de apoio tornaram-se mais acessíveis. O desafio passou a ser agora como torná-los concretamente utilizáveis na vida quotidiana da pessoa com limitação.
prods apoio Produtos de Apoio   Uma ajuda ao seu alcance
Imagem: Centro Ortopédico da Parede
A escolha acertada
Compreender em teoria o benefício de um produto de apoio é uma coisa, aceitá-la como parte integrante da sua vida é outra completamente diferente. Para muitas pessoas este é o primeiro obstáculo a ultrapassar no processo de adopção de um produto de apoio. Mas mesmo quando a iniciativa de procurar um destes produtos parte do próprio utilizador, não basta escolher um e levar para casa. Para que a utilização surta o efeito desejado é necessário que a pessoa esteja motivada mas também que o produto seja o mais adequado para aquela pessoa, com as suas especificidades físicas, as características da sua casa e outros ambientes em que se move, as suas rotinas e hábitos sociais, os seus recursos, limitações e traços de personalidade.
Enquanto a escolha de próteses e ortóteses requerem sobretudo uma apreciação médica, a selecção das ajudas técnicas engloba apreciações do ambiente físico, familiar e social (imagine-se por exemplo seleccionar uma ajuda técnica para subir as escadas lá de casa sem primeiro analisar o local). O terapeuta ocupacional, embora integrado numa equipa multidisciplinar, é o profissional mais habilitado para, tendo em conta os objectivos concretos da reabilitação, se inteirar das condições de vida do utente e dos seus cuidadores e em concordância aconselhar o produto de apoio mais indicado para cada situação. Para além de ajudar a escolher, o terapeuta ocupacional pode e deve contribuir também para personalizar e treinar a correcta utilização, inclusivamente no ambiente de desempenho da pessoa com incapacidade, para a verificação da sua eficácia, bem como mais tarde aconselhar a sua substituição caso necessário.
Os Centros de Informação
Não é portanto de estranhar que os terapeutas ocupacionais apareçam frequentemente ligados aos bancos de ajudas técnicas e aos centros de informação sobre ajudas técnicas. Estes centros pretendem ser verdadeiros núcleos de competência capazes de divulgar informação e dar apoio profissional personalizado às pessoas com incapacidade ou deficiência, bem como aos seus familiares e cuidadores. Uma vantagem destes centros é alargar os horizontes dos utentes que deixam de estar condicionados aos objectos disponíveis nos bancos de ajudas técnicas para terem acesso a um manancial de informação sobre os mais diversos tipos de produtos, incluindo tecnologias avançadas (electrónicas, informáticas, telemáticas) capazes de revolucionar por exemplo as suas capacidades de comunicação e inserção no mundo de trabalho. Outro benefício é a qualidade da relação com o utilizador. Quando os centros de informação se desenvolvem no seio ou junto aos próprios centros de reabilitação, os técnicos que se ocupam de um utente têm oportunidade de participar no projecto. Maior proximidade e convivência com o utente e seus cuidadores resulta, normalmente, em maior qualidade na orientação, aconselhamento e formação, tarefas típicas dos centros de aconselhamento sobre ajudas técnicas
Financiamento
A adopção de uma ajuda técnica pode implicar investimentos consideráveis. Para além do empréstimo directo dos produtos, as pessoas portadoras de deficiência ou incapacidade podem obter financiamento através dos centros prescritores. Existem três tipos de centros prescritores – centros de saúde, hospitais e centros especializados – cada um dos quais com poder para prescrever e solicitar o financiamento de determinadas categorias de produtos de apoio. Por exemplo, os centros de saúde não podem prescrever produtos de apoio para mobilidade pessoal, à excepção de bengalas e canadianas. Para obter o financiamento é necessário juntar ao processo 3 orçamentos do produto em questão, bem como documentos comprovativos da situação social, informação que a entidade prescritora encaminha à entidade financiadora (Centros Distritais da Segurança Social ou Santa Casa da Misericórdia de Lisboa). Se precisa de financiamento para um produto de apoio, facilmente encontrará na internet o Manual de Procedimentos para o Financiamento de Produtos de Apoio que a Segurança Social disponibiliza acerca deste assunto.
A importância de assegurar não apenas a disponibilidade de algumas ajudas técnicas mas a informação completa sobre as suas características, bem como apoio profissional na sua escolha, treino de uso, fornecimento, instalação e manutenção ganha outra dimensão tendo em conta que a autonomia pessoal – ou pelo menos a máxima autonomia possível – é uma das chaves para a integração social, e que desta depende em grande medida a qualidade de vida das pessoas com incapacidade, muitas das quais seniores.
Para informações mais detalhadas pode consultar os sítios da internet abaixo mencionados.
Catálogo Nacional de Ajudas Técnicas:
http://www.ajudastecnicas.gov.pt/
- See more at: http://www.projectoeuconsigo.pt/produtos-de-apoio-uma-ajuda-ao-seu-alcance/#sthash.VeaiVFp4.dpuf

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Combater a Osteoporose

Nos dias atuais tem sido um dos maiores desafios da gerontologia conscientizar as pessoas de que o envelhecimento é tão-somente mais uma etapa da vida e como tal tem os seus lados positivos e negativos.

Embora entendamos que envelhecimento não seja sinónimo de doença, também necessitamos ser sensíveis à realidade do efeito que os anos vividos podem trazer. Como bem observaram os investigadores franceses  Thiebauld e Sprumont (2009, p:41) “a senescência é caracterizada pela perda de tecido ósseo que fragiliza o esqueleto”. A essa perda acentuada do tecido ósseo dá-se o nome de osteoporose. Com feito, os poros normais dos ossos de uma pessoa com osteoporose passam a ser muito maiores, de uma forma extremamente acentuada, resultante da perda da massa óssea. Com isso o esqueleto fica fragilizado.
Muitos estudos tão recentes como os de Thiebauld e Sprumont mostram que com o passar da idade é natural certa diminuição da condensação óssea. Entretanto esse fenómeno pode caracterizar-se com o surgimento excessivo de poros cada vez maiores, o que compromete o bom funcionamento de todo o esqueleto.
Embora muitos dos motivos que levam uma pessoa a adquirir osteoporose ainda estejam para serem descobertos, pesquisadores como Barreiros, Espanha e Correia (2006) compartilham a ideia que a inatividade física é um dos fatores que apresenta uma grande contribuição para o surgimento dessa doença. Enquanto nos idosos fisicamente ativos foi observado uma diminuição, menos acentuada, de massa óssea. Ou seja, mais exercício físico, menor a probabilidade de adquirir osteoporose.

Ter ossos saudáveis e resistentes sem exercício físico constante é como tentar fazer um bolo somente com farinha e açúcar, ou um castelo com areia seca.  

Luciano da Silva
Publicado na revista Saúde & Lar - agosto de 2013 

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Renuncia

Todas das as flores aspiram ser fruto
Todas manhãs aspiram ser noite,
Nada há de eterno na terra
A não ser a mudança, a fuga.
Mesmo o mais belo dos Verões anseia  por conhecer o Outono, o definhar.
Aguenta-te, folha, mantém-te calma,
Quando o vento te quiser arrebatar.
Deixa estar, não tentes defender-te
Que aconteça o que tiver de ser.
Deixa o vento,  que te arranca a parte,
Conduzir-te de regresso à casa.

Hermann Hesse

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Conceito de Resiliência

Nos dias de hoje fala-se muito em desenvolver uma personalidade resiliente. Para assimilar melhor o que é a resiliência, vejamos os campos em que essa expressão foi desenvolvida: 

Característica mecânica que define a resistência aos choques de materiais; Particularidade apresentada por certos corpos, quando estes voltam à sua forma original, depois de terem sofrido deformação elástica. No sentido figurado é a Habilidade de se adaptar com facilidade às intemperes, às alterações ou aos infortúnios. 
(Etm. do latim: resilientia)

Assim, a capacidade de adaptação, a capacidade de controlo de determinada situação, O bem-estar e a satisfação com a vida, os bons tratos e a  pacidade de enfrentar um problema têm a sua contribuição especial no desenvolvimento de uma personalidade resiliente. Daí provem a ecessidade de valorizar, cuidar e respeitar os que estão à nossa volta, contribuindo assim para a construção de uma pessoa resiliente. 

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

O aspecto físico, mental e espiritual da pessoa


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Por Dan Solís

“... antiga filosofia grega separava na existência humana a dimensão espiritual (alma) da dimensão física (corpo). Acreditando que a alma humana era imortal, muitos gregos minimizavam a importância do corpo. Por ser o corpo temporal, era considerado menos valioso do que a alma, que permanecia. De fato, em um dos mais famosos textos da antiguidade, Platão descreveu seu mestre Sócrates, prestes a enfrentar a morte, falando longa e eloquentemente sobre a corrupção e maldade do corpo. Também afirmou que, no momento da morte, sua alma imortal seria finalmente livre para fazer todas as coisas que o corpo a havia impedido de fazer. A Bíblia ensina algo radicalmente diferente. O corpo humano é criação directa de Deus, que de modo assombroso e maravilhoso o formou (Salmo 139:14). Além disso, o corpo não se separa da alma. Corpo, mente e espírito são apenas diferentes aspectos da personalidade ou existência humana, não entidades existentes de maneira independente. Consequentemente, o que afecta o corpo afecta a mente e o espírito, os outros aspectos inter-relacionados da personalidade. Assim, sempre que Cristo curava, Ele não apenas erradicava os problemas físicos, mas transformava a experiência humana nos aspectos físico, mental e espiritual”

O aspecto físico, mental e espiritual da pessoa


Resultado de imagem para person icon“... antiga filosofia grega separava na existência humana a dimensão espiritual (alma) da dimensão física (corpo). Acreditando que a alma humana era imortal, muitos gregos minimizavam a importância do corpo. Por ser o corpo temporal, era considerado menos valioso do que a alma, que permanecia.


De fato, em um dos mais famosos textos da antiguidade, Platão descreveu seu mestre Sócrates, prestes a enfrentar a morte, falando longa e eloquentemente sobre a corrupção e maldade do corpo. Também afirmou que, no momento da morte, sua alma imortal seria finalmente livre para fazer todas as coisas que o corpo a havia impedido de fazer.
A Bíblia ensina algo radicalmente diferente. O corpo humano é criação directa de Deus, que de modo assombroso e maravilhoso o formou (Salmo 139:14). Além disso, o corpo não se separa da alma. Corpo, mente e espírito são apenas diferentes aspectos da personalidade ou existência humana, não entidades existentes de maneira independente. Consequentemente, o que afecta o corpo afecta a mente e o espírito, os outros aspectos inter-relacionados da personalidade. Assim, sempre que Cristo curava, Ele não apenas erradicava os problemas físicos, mas transformava a experiência humana nos aspectos físico, mental e espiritual”.

Por Dan Solís

domingo, 26 de janeiro de 2014

A dificuldade de mobilidade motora da população portuguesa

Baseado nas informações do Instituto Nacional de Estatística, é possível fazer uma leitura do recenseamento de 2001, e analisar a condição da dificuldade de mobilidade da população portuguesa, especialmente dos idosos, como se vê no quadro que se segue:

Tabela 1 – População total e com deficiência e taxas de deficiência por faixas etárias 
Faixa etária
População
Percentagem da população com deficiência motora
0 a 15 anos
1 656 602
2,2%
16 a 24 anos
1 352 106
3,5%
25 a 54 anos
4 396 336
5,2%
55 a 64 anos
1 121 137
9,5%
64 anos ou mais
1 702 120
12,5%
Pop. residente
10 356 117
6,1%
(Fonte INE Censos 2001, Doc. de trabalho PAIPDI)

Uma análise superficial ao quadro revela a flagrante realidade da população portuguesa no âmbito da imobilidade motora em relação com a faixa etária. O índice de pessoas com deficiência motora aumenta flagrantemente com o aumento da idade. Aponta que 6,1% da população portuguesa residente no continente e ilhas tem deficiência motora, desse grupo 12,5% têm idade igual ou superior a 65 anos, o que mostra que o maior índice de deficiência está na população idosa. Com o envelhecimento da população que será revelado no censo de 2011 é de se esperar que o número de idosos com deficiência tenda a aumentar.
As indicações acima demonstram a necessidade que temos, face aos desafios, em promover acessibilidade a idosos, tendo em vista que 12,5% dessa população tem dificuldade em locomover-se.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Dormir bem: para evitar envelhecimento precoce

Para garantir a saúde e a restauração do vigor físico e mental é necessário dormir bem. A necessidade de descanso é tão real como a necessidade de actividades físicas e mentais para o bom desempenho do organismo. O indivíduo que não descansa as horas necessárias para recompor as energias está tão sujeito a doenças como o indivíduo sedentário.

O sono deve ser obtido através de processos naturais de relaxamento e não por via de calmantes em forma de medicamentos. Segundo Pape e Puzenat (2003) os calmantes “trata-se de medicamentos sintomáticos, que aliviam mas não eliminam a causa, e é por vezes necessário aumentar a dose para manter os mesmos efeitos. Estes factores podem provocar, em certas pessoas verdadeira dependência na sequência de uma utilização prolongada.

Melo (2003) sugere a necessidade de “relaxar o sistema nervoso obtendo-se o descanso natural reparador”. O mesmo autor informa ainda que “o melhor momento para o diencéfalo encontrar a sua liberdade total de acção neurovegetativa é a noite, sono natural, quando o córtex repousa e nenhum pensamento o perturba”.

Seguindo esta linha de pensamento Cordeiro (2010) confirma a necessidade do sono nocturno ao informar que “a melatonina, substância produzida pela glândula pineal, que se localiza no centro do cérebro é sensível à luz que entra pelos olhos, é também muito importante no processo do sono. A secreção aumenta com a escuridão”. Em conformidade com este conceito E.White (apud Handysides, Kuntaraf at al, 2010) salienta que “o sono é muito mais valioso antes do que depois da meia-noite. Duas horas de bom sono antes das doze valem mais do que quatro horas depois das doze”. Se o corpo não se purificar surge um estado de permanente fadiga que muitas vezes leva o indivíduo a patologias que poderiam se evitadas caso o corpo fosse ouvido.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Ser Gerontólogo


Estava numa roda de conversa e surguiu o tema  do envelhecimento. Nenhum dos presentes conhecia o termo "gerontologia". Assim tive a oportunidade de informar que o Gerontólogo Social deve ser um agente vendedor de sonhos e um transformador da sociedade. É a criatividade e aptidão que irão dar as directrizes para uma intervenção eficaz no âmbito da gerontologia. Um dos modelos de intervenção será sempre a educação transversal e contínua das camadas mais velhas da população que aumenta de uma forma acelerada, como também é pertinente  ensinar aos mais jovens saber envelhecer. É também o papel do Gerontólogo orientar o idoso na sua contínua caminhada do envelhecimento no que se refere aos seus desafios que encontra na sociedade. Gerontologia também é assegurar ao idoso o direito e o privilégio de manter a sua autonomia e assegurar a dignidade humana, bem com conscientizar os poderes políticos das responsabilidades que surgem numa população que está cada vez mais velha. 

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Construir o Envelhecimento

De acordo com  Anselm Grun (1)"para um envelhecimento bem-sucedido, são necessárias algumas virtudes. A velhice não vale nada só por si. Por isso , devem ser treinadas certas virtudes, que nos dão um suporte na velhice". O carácter não é obra do acaso. É o fruto de prática de hábitos constantes. Segundo Ellen White (2), “nesse mesmo processo de formação do caráter devemos ser extremamente cautelosos quanto a como construímos, pois outros construirão segundo o modelo que lhes deixamos”. O ano de 2014 trouxe uma nova etapa da nossa vida e continuamos a envelhecer, pois o tempo não pára. Estamos a construir  hoje o idoso que seremos num futuro próximo. Em que base está a construir o seu envelhecimento? Pense nisso!


(1)   )A sublime Arte de Envelhecer, pag 99 
(2)   Mente carácter e Personalidade, pag 357 

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Maus tratos - Como previnir

Resultado de imagem para maus tratosPara o próprio idosoSe sofre de maus-tratos:• Responsabilize-se e mantenha o controlo da sua situação financeira e legal. Isto oferecer-lhe-á opções e menos dependência de uma pessoa em concreto. Se desejar, quando chegar o momento, poderá escolher, por exemplo, uma residência assistida como alternativa.• Perceba que não merece violência de nenhum tipo e que não é um estorvo. Nos seus últimos anos, precisa de um tratamento de afeto sincero e de profundo respeito.• Seja amável e cortês com aqueles que cuidam de si. Quer esteja num lar quer viva em família, não provoque nem dê sermões.• Se não se sente cómodo com o tratamento que recebe, confesse a sua preocupação a alguém de confiança, antes que as coisas se compliquem.• Se há, de facto, maus-tratos, fale e procure ajuda, para evitar o agravamento da situação. Uma chamada telefónica pode salvá-lo.
Para quem tenha conhecimento dos maus-tratosSe conhece uma situação de maus-tratos:• Proporcione apoio e compreensão a quem é alvo deles.• Averigue por meio da vítima a gravidade do assunto e, se for importante, siga os passos para denunciar o assunto ou informar os serviços sociais. A sua intervenção pode contribuir para salvar uma vida.• Não confronte o perpetrador, já que pode pôr em maior perigo a integridade do idoso.• Em muitos países é obrigatório alertar as autoridades quando se sabe de maus-tratos a menores ou idosos. Portanto, se houver evidência deles, deve informar com ou sem consentimento da vítima.• Falar com o médico do idoso pode ser outra via, pois os médicos são obrigados a envolver-se no assunto, providenciando apoio logístico para proteger a vítima de maus-tratos.Esta é uma problemática que, infelizmente, não tem um fim à vista. Mas depende de cada um de nós modificar a situação e melhorar as condições de vida daqueles que, durante anos, se empenharam em fazer o melhor por nós e que agora, na fase final da sua caminhada, necessitam da nossa ajuda, da nossa compreensão e do nosso amor.No próximo número, abordaremos outros aspetos deste tema tão dolorosamente atual.
Manuel Ferro
Redação S&L
* Texto traduzido e adaptado do livro Disfruta la Vida, de Julián Melgosa, publicado pela editora Safeliz, Espanha, pp. 232-235.
Fonte. Revista Saúde & lar Maio 2013

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Idosos Maltratados

Por Manuel Ferro
O stresse excessivo das pessoas que cuidam dos idosos costuma ativar os comportamentos violentos. Isso nunca os justifica, e muito menos com idosos indefesos.

Em todo o caso, a prevenção deste problema requer uma redução suficiente do stresse.
Este provém de factos como a deterioração da pessoa idosa, que cada vez exige mais cuidado e atenção; as situações familiares (relações com o cônjuge, filhos adolescentes e jovens); os problemas económicos, laborais ou de saúde. Uma combinação negativa de circunstâncias pode ocasionar impaciência, intolerância e frustração no cuidador e pode resultar numa agressão física. Infelizmente, quem paga as consequências é o idoso, que se torna mais vulnerável, à medida que diminui a sua autonomia, para se defender e para denunciar o caso.
O risco acentua-se nas mulheres e nos idosos que dependem por completo dos seus agressores. E nestes últimos, o risco de que agridam é maior se não possuem resiliência, ou se têm antecedentes de maus-tratos. Também existe esse risco em depressivos, em alcoólicos e naqueles que não veem utilidade ou alguma recompensa em cuidar do idoso.

Os sintomas

Muitos dos casos chegam a conhecer-se e a resolver-se devido à observação de uma pessoa exterior à família ou por ação de pessoal de saúde que trata a pessoa e que descobre:
• Feridas, nódoas negras, ampolas.
• Fraturas de ossos ou deslocações de articulações.
• Perda de cabelo ou de peça dentária.
• Óculos partidos.
• Doses excessivas ou carência de medicamentos.
• Marcas de corda que indicam atadura.
Quando o idoso requer atenção física por danos diversos causados em momentos diferentes, o cuidador-perpetrador recorre astutamente a um centro de saúde diferente de cada vez, para que não descubram e suspeitem dos múltiplos “acidentes”. Também costuma arranjar desculpas para que os amigos, vizinhos, etc., não visitem o idoso. Assim evita ser descoberto.
Frequentemente, não há a intenção de causar dano, mas o agressor chega ao limite da sua tolerância e acaba por causar prejuízos ao idoso. Embora isso não justifique o ato, completamente inaceitável, a sua consumação pode e deve servir como alerta para tomar consciência do perigo e aplicar todas as medidas preventivas possíveis.

Fonte: Revista Saúde & Lar ed maio/2013

domingo, 8 de dezembro de 2013

A Atividade Física como agente anti-stress

A atividade física reorganiza o cérebro e reduz a resposta ao stress, contribuindo para proteger as funções cerebrais normais dos efeitos nefastos da ansiedade. A conclusão é de um novo estudo desenvolvido pela Universidade de Princeton, nos EUA, que de debruçou principalmente sobre os benefícios da corridas. No âmbito do estudo, publicado na revista científica Journal of Neuroscience, os investigadores analisaram o comportamento de ratinhos submetidos a uma situação causadora de stress – o contacto com a água fria - tendo dividido os roedores em dois grupos e dando apenas aos animais de um dos grupos a hipótese de se exercitarem numa roda. Segundo os especialistas, o cérebro dos ratinhos que se exercitaram na roda durante seis semanas exibiu um pico na atividade dos neurónios que “desligaram” a excitação na região do hipocampo ventral, uma área do cérebro associada à regulação da ansiedade, no momento em que foram colocados numa situação de stress. 
Fonte: Revista Men's Health Outubro de 2013 pag 17 - edição 148

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Demência

A demência é caracterizada, segundo Andreasen (2004), como "doenças do envelhecimento" (...) por ser relativamente incomum nas pessoas com menos de 65 anos. Com a aumento da população idosa, tornar-se mais comum os casos de demência.  

Para além da devastação no âmbito da saúde mental do indivíduo, a demência causa transtornos emocionais e sociais na vida dos familiares. Para Andreasen (2004) "a marca típica de todas as demência é o défice da memória e da cognição que é acompanhado por um declínio geral da capacidade relacional ou funcional quer no trabalho quer na vida social".  

O DSMIV identifica os quatro elementos característicos existentes nas demências:  
  • Amnésia: perda da memória;
  • Agnosia: incapacidade de reconhecer objectos mesmo quando a percepção sensorial esteja intacta.  
  • Apaxia: diminuição da capacidade de desenvolver actividades motoras apesar de a função motora permanecer intacta.
  • Afasia: perturbação da linguagem.   
Entretanto, a existência dos sintomas acima indicados não significa que o idoso esteja a sofrer um tipo de demência. Os sintomas expostos podem ser causados derivados de confusão. Para Hill (2005) "na confusão haverá, por regra, perturbação da consciência (...) podendo durar horas e dias". A confusão no idoso pode ser derivada de uso ou abstinência de medicamento, intoxicação, infecções gerais, depressão, tristeza pela morte do cônjuge ou familiares, entre outros.  

A demência poderá eventualmente ter uma predisposição genética mas o seu aparecimento pode ser evitado ou retardado devido ao estilo de vida, alimentação saudável, desenvolvimento de actividades físicas e cognitivas e sobretudo o saber lidar com as emoções.  

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Idosos e família: Um desafio a conquistar

O estilo de vida da nossa sociedade contemporânea exige que passemos mais tempo no trabalho, e dediquemos menos tempo aos nossos velhos. Entretanto, como salienta Alves (1997, p. 234) “A família e a sociedade devem exercer influências positivas nos adultos idosos, de forma a proporcionar saúde física, psíquica e bem-estar social. O ambiente familiar é insubstituível para que o adulto idoso se sinta aceite e dignificado na sua pessoa.” 
 Em conformidade, White (2011, 204) aposta que "os idosos necessitam da auxiliadora influência das famílias. (…). Se animados a partilhar dos interesses e ocupações domésticos, isto os ajudará a sentir que não eixaram de ser úteis. Fazei-os sentir que seu auxílio é apreciado, que há ainda alguma coisa para fazerem em servir a outros, e isso lhes dará ânimo ao coração, ao mesmo tempo que comunicará interesse a sua vida". 

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Ansiedade, um mal desnecessário

Para Nelfild (2011, pag. 17) “A ansiedade manifesta-se por meio de angústia a propósito das incertezas. Estas incertezas podem estar perto ou distantes do futuro, e podem até nunca vir a acontecer”. Embora a ansiedade seja uma criação da nossa mente, os resultados podem ser dramáticos para nossa saúde e determinantes para a nossa qualidade de vida. Sofrer por antecipação não devia fazer parte do nosso dicionário. Um dos mais notáveis concelhos deixados por Jesus está registado em Mateus 6:27 no célebre sermão da montanha: “Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da vossa vida?” Uma reflexão sobre este pensamento de Jesus leva-nos de encontro à análise de Winston Churchill que afirmou certa vez: “lembro-me da história do velhote que disse no seu leito de morte que tinha tido grande quantidade de preocupações na vida, a maior parte das quais nunca chegou a acontecer”.