terça-feira, 17 de maio de 2011

A influência na música no envelhecimento

(Direitos de autor: APP- Associação Portuguesa de Psicogerontologia)

Os idosos que têm um maior nível de experiência musical apresentaram maiores pontuações em testes cognitivos, aponta um estudo publicado na edição online da revista “Neuropsychology”, sugerindo que as aulas de música podem ajudar a manter o cérebro saudável à medida que as pessoas envelhecem.

Investigadores do Centro Médico da Universidade de Kansas, EUA, separaram 70 adultos saudáveis, com idades entre os 60 e os 83 anos, em três grupos, de acordo com a sua experiência e formação musical (sem conhecimento musical, entre um a nove anos de aulas de música e pelo menos dez anos de estudos musicais). Mais de metade dos que tinham experiência musical estudou piano, cerca de um quarto tocava instrumentos de sopro, como a flauta ou o clarinete, e os restantes tocavam instrumentos de corda, percussão ou metais. 

Os participantes, que tinham níveis semelhantes de forma física e educação, e que não sofriam da doença de Alzheimer, foram submetidos a vários testes cognitivos. Aqueles que tinham maior experiência musical obtiveram melhores resultados nos testes de acuidade mental, seguidos dos que tinham menos estudos musicais e, finalmente, os que nunca tiveram aulas de música. Comparados com os que não eram músicos, as pessoas que tinham um alto nível de experiência musical obtiveram resultados muito superiores em testes cognitivos, nomeadamente nos que estavam relacionados com a memória visual espacial, com nomear objectos e com a capacidade do cérebro de se adaptar a informação nova (flexibilidade cognitiva).

Os benefícios da educação musical ficaram evidentes, mesmo naqueles que já não tocavam um instrumento, assinalaram os investigadores. De acordo com a nota de imprensa, a cientista Brenda Hanna-Pladdy, membro da equipa de estudo, “a actividade musical ao longo da vida poderá servir como um exercício cognitivo desafiador, fazendo com que o cérebro fique em melhor forma e seja mais capaz de acomodar os desafios do envelhecimento”. A investigadora acrescentou, explicando que “dado o estudo de um instrumento requerer anos de prática e de aprendizagem, talvez se criem ligações alternativas no cérebro que possam compensar o declínio cognitivo quando envelhecemos”. in ALERT Life Sciences Computing, S.A. 13.05.2011

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