segunda-feira, 30 de maio de 2011

Tipos de violência contras pessoas idosas

Com o aumento da longevidade e o novo paradígma da estrutura familiar devido às alterações sociais, a questão do envelhecimento humano é um dos maiores desafios para o século XXI. Neves (2010) postula que "entre 1960 e 2001 o fenómeno do envelhecimento demográfico traduziu-se por um decrécimo de cerca 36% na população jovem e um aumento de 140% da população idosa. 

Contudo o modelo social ocidental apresenta o mais jovem como o mais potente, mais gracioso, forte e desejado. Enquanto o mais velho é posto de lado como inadequado, fora de uso, fraco e sem valor. O contacto intergeracinal pode ser um dos elementos mais fortes na promoção de um envelhecimento bem-sucedido. Contudo, em muitos casos, tem se tornado motivo de violência. A violência para com os idosos é efectivamente provocada no seio familiar e por cuidadores.

A Dra. Claudia Neves, especialista em medicina Geral e Familiar apresenta os seguintes tipos de violência contra os idosos: "... "
  • Violência física: Qualquer forma de agressão física, tais como golpes, queimaduras, fracturas, administração abusiva de medicamentos ou tóxicos.
  • Violênicia psicológica: Situações que podem resultar em lesão psicológica, como manipulação, intimidação, ameaças, humilhações, chantagem afectiva, desprezo ou privação do poder de decisão.
  • Negligência: É a não satisfação das necessidades básicas, tais como  negação de alimentação, negação de cuidados de higiene, negação da habitação, segurança e tratamentos médicos. 
  •  Abuso emocional ou abandono: Passa  pela negação de afecto, falta de comunicação e isolamento.
  • Abuso financeiro: É o impedimento do uso e controlo do seu dinheiro, exploração financeira e económica. 
  • Violência sexual: Qualquer tipo de actividade sexual não consentida. 
Neves (2010) fornece ainda várias pistas para facilitar a identificação da violência no idoso: " diferenças na explicação dada pela vítima e pelo suposto abusador; explicação não aceitável para uma lesão; dados laboratoriais não compatíveis com a história relatada; hematomas, fracturas ou feridas não explicadas; apatia depressão ou agravamento de demência; lesões em vários estágios de cura; fraca adesão ao tratamento médico instituído; más condições de  higiene oral e pessoal; perda de peso, má nutrição". 

Também é extremamente importante saber distinguir violência e fantasias desenvolvidas por idosos para chamar a atenção. Em ambos os casos cabe ao gerontólogo e aos cuidadores solucionar o problema. 

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