segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Como fortalecer o Sistema Imunológico


Texto de Virgílio Figueira

Partindo do princípio que a saúde é um estado de normalidade funcional do ser humano, em todas as suas funções – níveis físico, mental e espiritual –, a missão da Naturopatia é ajudar a conservar e recuperar esta normalidade funcional.

A saúde deteriora-se e perde-se pela transgressão das Leis da Natureza. A Naturopatia ensina a remover as causas das doenças. Não existe efeito sem causa. A recuperação da normalidade funcional do Corpo Humano requer a eliminação de todas as substâncias tóxicas.

O melhor que se tem a fazer (de imediato, dada a proximidade do tempo propício para contrair gripes e constipações sejam de que tipo forem) para reforçar o nosso sistema imunológico é ter uma alimentação saudável (frutas e verduras da época), a fim de preparar as nossas células brancas do sangue (neutrófilos), os linfócitos (células T) e as células B (células matadoras naturais).

As células B produzem anticorpos que destroem os invasores estra-nhos, tais como vírus, bactérias e células cancerígenas. As células T controlam as actividades imunológicas e produzem duas substâncias químicas: Interferon e Interleucina, essenciais ao combate de infecções e tumores.

A Medicina trata mas é a Natureza que cura. A Naturopatia ajudará a encontrar os caminhos que facilitam a natureza no restabelecimento da normalidade funcional do paciente. A Natureza dá-nos tudo o que é preciso para nos curarmos verdadeiramente.

Alimentos bons para o sistema imunológico

Assim, vamos falar de alguns alimentos que mais estimulam e potenciam o sistema imunológico. Antes de mais, tome pelo menos um litro de água por dia, natural e de boa qualidade. Não tome leite, principalmente se estiver constipado ou com sinusite, pois produz muito muco e dificulta bastante a cura.

Iogurte natural é um excelente alimento do sistema imunológico. Coloque bastante cebola na confecção dos seus alimentos. Use e abuse do alho e de alimentos ricos em caroteno (cenoura, beterraba, batata doce cozida, espinafre cru, couve e damasco seco) e ainda alimentos ricos em zinco (fígado de vaca e sementes de abóbora).

Salmão, bacalhau e sardinha são peixes que também protegem o sistema imunológico. O chá de gengibre ajuda muito a destruir o vírus da gripe.

Evitar alimentos ricos em gordura: carnes vermelhas e seus derivados. Evitar também óleos vegetais poli-insaturados (óleo de milho, girassol e de soja). Evitar sempre o açúcar branco.

O corpo humano é a mais perfeita criação do Supremo Criador. Por tal motivo é importante estar em simbiose com a Natureza respeitando as leis físicas e alimentares.

Não há doença mas sim doentes. A Naturopatia não luta contra as doenças, mas ajuda cada doente a encontrar o caminho da recupe-ração e da normalidade funcional através das leis da Natureza.

"Que o teu alimento seja o teu medicamento e que o teu medicamento seja o teu alimento".

Aconselhe-se no Instituto do Bem-Estar, em Alverca. Com a nossa orientação, os vírus nem chegam perto de si.

domingo, 19 de dezembro de 2010

As relações Interpessoais e o Idoso

O homem é um ser social. Tem a necessidade inerente de viver em sociedade e desenvolver relações com as pessoas à sua volta. Tornando-se desta forma “relações” ao agir e interagir com as pessoas à sua volta.

Texto: Luciano da Silva e Sabrina Mestre

Archer (2001, pag. 224) classifica a pessoa como um “membro (vivo) de um corpo social, de uma família. Sem sentido de pertença, nem participação, pode começar a despersonalizar-se”.

Já alguém disse que “o homem não é uma ilha”. Assim o homem só se realiza como pessoa quando vive ou desenvolve relações com os seus semelhantes. Esta relação tem vários níveis e assume múltiplas formas que podem ser caracterizadas como; amizade, intimidade e sociabilidade. Daí derivam as atracções interpessoais e consequentemente as atribuições causais.

Como ser social, tudo que o indivíduo diz ou deixa de dizer, que faz ou deixa de fazer tem um grande peso na sociedade em que está inserido. O sujeito está constantemente a ser observado pelas suas atitudes. Estes julgamentos, entretanto não são constantemente correctos pois nem sempre o indivíduo age ou reage de acordo com o seu pensamento mas de acordo com a demanda o meio social. Vemos desta forma a influência que o meio tem sobre o sujeito.

Do ponto de vista da Psicologia Social encontramos diversas formas de atracção interpessoal que irão contribuir para o desenvolvimento de relacionamentos. Estes relacionamentos interpessoais desencadeiam, consequentemente, acções entre os indivíduos. Estas acções provocam observações e análises, culminando assim a atribuição causal.

Tanto o estudo da atracção interpessoal como o estudo da atribuição causal são de vital importância para um envelhecimento bem sucedido e feliz. Uma vez que estes elementos sejam bem aplicados poderão ser de grande valia para promover a integração ou reintegração do idoso na sociedade, combatendo desta forma o isolamento.
(Texto: Luciano da Silva e Sabrina Mestre)

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Resiliência


No livro “A resiliência ultrapassar os traumatismos” Marie Anaut designa a resiliência como “a arte de se adaptar às situações adversas”. Para levar o leitor a um conceito mais profundo sobre este tema, a autora faz três abordagens distintas sobre a origem do conceito da resiliência.


No mundo da Física o Dictionnaire Robert define resiliência como “a resistência do material a choques elevados e a capacidade de uma estrutura em absorver a energia cinética de meio sem se modificar”. Enquanto no mundo da Metalurgia a resiliência é designada pela “qualidade e elasticidade dos materiais em voltar ao seu estado inicial depois de passar por uma pressão contínua de uma série de choques. E no mundo da Informática a resiliência é abordada como a capacidade de um sistema operativo perante uma falha, continuar a ser funcional.

A autora é enfática ao afirmar que a resiliência poder ser algo que esteja em nós e precisa ser activado e cita Massiaux e colaboradores que avaliam este processo como “ um potencial presente em cada pessoa”. Anaut também faz menção das observações de Garmezy que observou famílias desfavorecidas. Este trabalho levou-o a concluir que a resiliência pode apresentar três factores de protecção que são enumerados como: Factores individuais, familiares e factores de suporte.

Os “factores individuais” são tudo aquilo que faz parte da personalidade única e exclusiva do indivíduo. Faz parte da sua individualidade, sua forma natural de acção e reacção à determinada circunstância. Por outro lado os “factores familiares” representam a forma como o núcleo familiar responde ao indivíduo numa fase de crise. Neste aspecto a unidade da família, o interesse, o calor humano, a cumplicidade, a observação e o envolvimento dos pais, do cônjuge ou dos irmãos são decisivos na motivação e na acção resiliente, enquanto os “factores de suporte” dizem respeito ao meio social mais alargado em que o indivíduo está inserido. Pode ser representado pelos colegas de estudo, professores, grupos de convívio, de actividades religiosas ou lúdicas, colegas de trabalho, entre outros.

Marie Anout apoia enfaticamente Rutter que por sua vez também apoiou as observações de Garmezy ao afirmar que “estes três pólos de protecção favorecem a resiliência porque melhoram a auto-estima e a auto-eficácia, abrindo novas possibilidades para o sujeito”. É digno de nota que é necessário haver uma harmonia entre o indivíduo e os factores de suporte a fim de que a acção positiva possa exercer a sua função benéfica. Em caso contrário os tão chamados “factores de protecção” podem tornar-se “factores de risco”.

A capacidade de adaptação, a capacidade de controlo de determinada situação, O bem-estar e a satisfação com a vida, os bons tratos e a capacidade de enfrentar um problema têm a sua contribuição especial no desenvolvimento de uma personalidade resiliente. Daí provem a necessidade de valorizar, cuidar e respeitar os que estão à nossa volta, contribuindo assim para a construção de uma pessoa resiliente.

Anaut informa que só mais recentemente verificou-se a necessidade de estudar a resiliência em adultos e idosos. O interesse dos pesquisadores tem voltado mais recentemente para o campo dos idosos de uma forma especial. Isto é evidente quando é assim mencionado: “A população idosa tornou-se nomeadamente um dos grupos de investigação mais instrutivos para completar o estudo da resiliência”.

Um dos grande motivos em dar um enfoque especial aos idosos é para estudar a elasticidade da resiliência ao logo da vida. Os pesquisadores desejam constatar se a resiliência no idoso terá novos parâmetros e paradigmas, se a resiliência no idoso é fruto de um desenvolvimento ao longo da vida ou se pode ser accionada na velhice.

A vida dos gerontes é um vasto campo para estudar a resiliência, uma vez que é na velhice que os traumas ou situações que podem ser traumatizantes são mais comuns. É na idade mais avançada que acumulam-se os problemas como, a baixa reforma salarial, a perda do poder físico, social e cognitivo, perda do cônjuge, aumento do número de falecimento de familiares e amigos e a grande vulnerabilidade às doenças. Esta realidade é observada de uma forma especial quando a autora menciona que “o envelhecimento poderia ser considerado como um contexto de risco”.

Entretanto é evidente o facto que cada indivíduo reage de uma forma diferente a uma mesma situação. O mesmo ocorre com os idosos. Há idosos que sabem lidar com as perdas e estes têm um envelhecimento bem sucedido. A autora observa esta realidade ao informar que “alguns [idosos] parecem desenvolver um comportamento que facilmente podemos classificar como resiliente. O idoso poderá recorrer à sua bagagem psicológica para desenvolver ou fortalecer a sua resiliência. Este conceito é abordado a obra de Aguerre que segundo a autora passa a ideia que “ a definição muito generalista, que faz referência à resiliência das crianças como a capacidade de ultrapassar a adversidade graças aos seus recursos psicológico, pode aplicar-se igualmente aos idosos que conseguem viver bem a sua velhice apesar das dificuldades ligadas à idade com que deparam”.

Assim pode-se concluir que a resiliência é mais que a capacidade para superar os desafios que encontramos ao longo da vida. É a “arte”, como diz Marie Anaut, que temos para ultrapassar as situações traumatizantes e mesmo assim sair vencedores e com uma nova bagagem de experiência pois viver requer acção.

Uma das formas de promover a resiliêcia nos idosos de amanhã será sem dúvida demonstrar amor e respeito para com os jovens de hoje. Assim estaremos ajudando a construir personalidades resilientes e uma sociedade mais disposta a erguer-se e a reconstruir-se.


quinta-feira, 25 de novembro de 2010

A Psicomotricidade Humana e o envelhecimento

O nosso corpo passa por um processo maravilhoso de desenvolvimento. Este processo misterioso e dinâmico começa no útero materno e a sua evolução progride com o decorrer dos anos. Passa pela infância, juventude, idade adulta até chegar à velhice onde “a evolução caminha, portanto para a involução” Fonseca (2005 pag. 09). As fases de evolução e involução, são essenciais e naturais no nosso desenvolvimento como seres humanos e como indivíduos. As etapas evolução-involução são conhecidas como: tonicidade, equilibração, lateralização, noção do corpo, estrutura espácio-temporal, práxia global e práxia fina.” Fonseca (1998 pag. 08).

O desenvolvimento psicosomático do ser humano (ontogénese) atinge o seu clímax na idade adulta onde ocorre o aprimoramento das funções. Na fase idosa inicia-se um processo de regressão, conhecido por retrogénese. Inicia-se então a jornada no sentido inverso, onde existe um declínio das funções. O facto mais intrigante neste sistema é a forma como é feita a regressão. Ela não começa pela tonicidade mas sim pelo práxia fina que foi um dos últimos factores a ser aperfeiçoados. Desta forma o declínio funcional destas fases começa pela práxia fina, práxia global, estruturação espácio-temporal, noção do corpo, lateralização, equilíbrio e por fim a tonicidade. Fonseca (1998 pag.8). Assim, todo o processo de desenvolvimento tende naturalmente a degradar-se.

Todo o sistema evolutivo das funções psicomotoras desenvolvem-se a partir do cérebro. O cérebro é o “motor de toda a actividade”. Río (2004 pag. 15) Este mesmo autor cita Pavlov e Luria que organizam os neurónio cerebrais em 3 grupos: “grupo energizador, grupo de recepção, elaboração, armazenamento de toda a informação procedente do meio exterior e o grupo motor.”

“No córtex cerebral está a origem da vida em relação consciente e deliberadamente produzida. Nele se realizam funções concernentes a recepção, análise e integração (ou interpretação) das informações; funções decisivas que implicam a motricidade… ”. Rigal, Paoletti e Portmann (1979 pag. 22).

O envelhecimento pode ser classificado como “um processo multidimensional que comporta mecanismos de reparação e destruição que são desencadeados ou interrompidos em momentos e ritmos diferenciados consoante as características de cada pessoa”. Berges e Mailloux-Poirier, citado por Sá (2009).

Este afirmação vem ao encontro de diversos estudos que mostram que não existe uma idade determinada para o inicio da retrogénese. Depende do estilo de vida, do factor genético e da saúde do indivíduo. Mais uma vez fica provado que o nosso estilo de vida irá determinar a nossa saúde quer a curto ou a longo prazo.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

O descanso e o bem-estar físico e emocional

Um dos males que mais açoitam a nossa sociedade actual é o stress. Martins, Hagen et al (2005) enfatiza que “A palavra stress foi adaptada por Hans Seyle pela primeira vez na década de 30. Ele emprestou a palavra da engenharia que stress refere-se ao desgaste de materiais submetidos a pressão excessiva”. Nos tempos actuais o termo “stress” é empregado para determinar o estado de grande fadiga em que uma pessoa se encontra quer nos que se refere à “pressão profissional, social ou familiar”.

A necessidade de descanso é tão real como a necessidade de actividades físicas e mentais para o bom desempenho do organismo. O indivíduo que não descansa as horas necessárias para recompor as energias está tão sujeito a doenças como o indivíduo sedentário.

De acordo com Leitão (2010) uma forma de dormir sem a utilização de medicamentos é “tomar um copo de leite antes de dormir, um pouco de leitura, etc. Algumas rotinas são necessárias para desligar e dormir tranquilamente”.

O sono deve ser obtido através de processos naturais de relaxamento e não por via de calmantes em forma de medicamentos. Segundo Pape e Puzenat (2003) os calmantes “trata-se de medicamentos sintomáticos, que aliviam mas não eliminam a causa, e é por vezes necessário aumentar a dose para manter os mesmos efeitos. Estes factores podem provocar, em certas pessoas verdadeira dependência na sequência de uma utilização prolongada.

Melo (2003) sugere a necessidade de “relaxar o sistema nervoso obtendo-se o descanso natural reparador”. O mesmo autor informa ainda que “o melhor momento para o diencéfalo encontrar a sua liberdade total de acção neurovegetativa é a noite, sono natural, quando o córtex repousa e nenhum pensamento o perturba”.

Seguindo esta linha de pensamento Cordeiro (2010) confirma a necessidade do sono nocturno ao informar que “a melatonina, substância produzida pela glândula pineal, que se localiza no centro do cérebro é sensível à luz que entra pelos olhos, é também muito importante no processo do sono. A secreção aumenta com a escuridão”. Em conformidade com este conceito White (apud Handysides, Kuntaraf at al, 2010) salienta que “o sono é muito mais valioso antes do que depois da meia-noite. Duas horas de bom sono antes das doze valem mais do que quatro horas depois das doze”. Se o corpo não se purificar surge um estado de permanente fadiga que muitas vezes leva o indivíduo a patologias que poderiam se evitadas caso o corpo fosse ouvido.

Entretanto não é somente o descanso nocturno que promove a saúde e o bem-estar. A execução de outras actividades diferentes da actividade rotineira do trabalho pode trazer descanso ao cérebro e contribuir para o conhecimento de novos horizontes. Melo (2003) postula que “as actividades ao ar livre e no campo, na praia ou montanha são salutares, descontraem e reabilitam o organismo”.

Margarido (2009) salienta a necessidade de “deixar para trás as preocupações de mais uma semana de trabalho” e “beber o ar puro da serra, escutar o seu silêncio e penetrar no que ela tem de melhor”, como forma de desfrutar do contacto com a natureza e descansar da rotina dos dias das da semana.

O descanso semanal também é um grande agente curativo e pode actuar de uma forma positiva quer na saúde física e espiritual do indivíduo.



terça-feira, 9 de novembro de 2010

A automedicação e os seus efeitos

O homem sempre sonhou em ser eterno. A procura pela longevidade vem de tempos remotos. E esta busca insaciável pela eternidade tem levado centenas de pessoas a cometer os maiores crimes e disparates ao longo da história da humanidade. E um dos maiores disparates de todos é o abuso de medicamentos que em vez de proporcionar a saúde pode mesmo levar a uma morte prematura.


Foi o caso do primeiro imperador da China Ying Jien. Os relatos históricos dizem que este imperador no desejo de perpetuar a sua vida, obrigou os seus curandeiros a encontrarem um remédio que lhe proporcionasse a vida eterna. Os médicos sem saberem o que fazer e na busca para satisfazer o desejo do imperador, começaram a ministrar doses de mercúrio no imperador. No desespero de viver mais, o imperador exigia mais e mais doses de mercúrio e a busca da vida eterna provocou-lhe a morte prematura devido à intoxicação provocada.

Mais recentemente, durante a época dos descobrimentos muitos aventureiros portugueses e espanhóis perderam as suas vidas ou desapareceram em florestas tropicais à procura da lendária fonte da juventude. Por volta do século XV e XVI era muito comum a crença na existência da fonte da juventude. Havia pessoas consideradas de grande conhecimento que escreviam sobre o tema. Um dos aventureiros que mais se empenhou em encontrar a tão desejada fonte foi Ponce de León que passou a pente fino tanto a península da Flórida como as ilhas da América central. Ele acreditava que se não a encontrasse, alguém havia de a encontrar. Fontinha (2008). Assim a população mundial tem procurado ardentemente a busca miraculosa para ultrapassar o problema da morte e por muitas vezes centenas e centenas de pessoas buscam no excesso de medicamento o tónico para a vida.

Um dos casos mais recentes e mais polémicos é o que sucedeu ao rei da pop Michael Jackson. O jornal O Público declara que o excesso de medicamentos poderá ter sido a causa da morte do cantor. O jornal ainda relata parte da entrevista da empregada do cantor em que ela afirma: “Houve uma altura em que as coisas estavam tão mal que não deixava as crianças vê-lo. E comia muito pouco e fazia misturas em excesso”. O Público (2009).
É muito grande o número de idosos que se intoxicam anualmente devido ao abuso da quantidade de medicamentos, ou auto medicação. Estes valores aumentam de uma forma avassaladora quer a nível nacional, europeu e mundial. A saúde pública mundial gasta muito dinheiro com as intervenções hospitalares no que se refere a internamento de idosos intoxicados com medicamentos.

O investimento que é necessário para fazer na saúde pública todos os anos a nível nacional para receber e custear estes idosos que diariamente são atendidos nos hospitais em todo o país, podiam ser encaminhados para proporcionar uma melhor qualidade de vida para estas pessoas, caso houvesse uma educação preventiva que mostrasse o risco que uma pessoa corre ao fazer auto medicação. Caso houvesse uma prevenção para evitar estes problemas que atinge os países de uma forma indiscriminada, haveria mais verbas para apostar nos cuidados do geronte e proporcionar assim melhores condições de vida. Com isto todos sairiam beneficiados.

Certamente o Estado gastava menos com a saúde pública, haveria mais camas disponíveis nos hospitais e a população idosa poderia beneficiar de uma vida mais saudável e o próprio Estado podia investir em áreas de interesse para estes gerontes. Mas para tal é preciso uma mudança de atitude, uma reeducação e uma consciencialização em massa dos perigos que o abuso dos medicamentos pode causar.

Mas seria de facto necessário fazer uma consulta médica para poder obter os tão conhecidos "medicamentos de primeira mão"? Não estaríamos nós a entrar num sistema burocrático que colocaria em risco a saúde prática e imediata do cidadão? Fica por analizar qual seria a opção mais adequada. 



domingo, 31 de outubro de 2010

O Exercício Físico e a Saúde do Idoso

A importância do exercício físico nunca foi tão abordada como nos nossos dias. Praticamente quase todos os tabus já fazem parte da história e os investigadores muito têm feito para este fim. Negreiros (2007) assegura que “a actividade física é reconhecida pela comunidade científica com um dos mais poderosos agentes na promoção da saúde e na qualidade de vida”.

Muitos estudos realizados mostram a relação entre a actividade física e saúde. O indivíduo que pratica exercícios ao longo da vida, sempre estabelecendo metas, irá obter bons resultados mesmo ao atingir a idade avançada. O exercício físico retarda em grande escala os efeitos do envelhecimento.

Monteiro (2008) realça a actividade física como um dos factores essenciais na vida do idoso quando une o exercício ao processo do envelhecimento. “Envelhecer é verbo, acção, continuidade”. Desta forma é notório que o envelhecimento pode ser menos sofrido quando o indivíduo mantém uma actividade física regular como forma de inibição dos efeitos da retrogénese.

Para Shephard (apud Negreiros 2007) “o indivíduo activo preserva sua capacidade funcional e pode reduzir sua idade biológica de 10 a 20 anos, comparado ao sedentário.

É um facto verídico que a longevidade está intimamente ligada com a actividade física e por outras actividades salutares que resultam deste comportamento. A revista National Geographic de Janeiro de 2006 apresenta um artigo que trata da longevidade de diversos povos entre eles um grupo de aldeões de Okinawa, da Sardenha, e um grupo de Adventistas do 7º Dia da cidade de Loma Linda, Califórnia, como campeões de longevidade. Entre eles destacam-se idosos de 103 a 112 anos que ainda conduzem, fazem caminhadas e andam de bicicleta diariamente. Um dos aspectos indicados é o facto de estas pessoas participarem activamente de acções denominadas, como “boas práticas”, das quais mencionam a actividade física e consequentemente uma alimentação saudável. Buettner (2006).

Faz parte do processo do envelhecimento a diminuição das capacidades físicas do indivíduo, principalmente a capacidade aeróbica. Para Barreiros, Espanha at al (2006) este processo é causado pelo “declínio gradual do consumo máximo de oxigénio” mais conhecido como “VO2 max”. Esta diminuição de consumo de oxigénio entretanto pode ser retardada sensivelmente através da actividade física constante. A diminuição do “VO2max” pode ser causada por vários motivos tais como; doença, vida social ou sedentarismo. Quanto mais o geronte se movimentar, mais retoma o seu “VO2max” promovendo assim a saúde e combatendo de uma forma saudável os efeitos naturais do envelhecimento.

A actividade física também está associada ao aumento da força muscular e a preservação do bom desempenho da motricidade evitando assim as quedas dos idosos que podem levar à morte. Maurício (2008) aborda a necessidade de “alimentar os músculos” com “actividades físicas para fortalecer a estrutura óssea”.

Barreiros, Espanha et al (2007) afirmam que “a prática de exercício físico de baixo impacto, são consideradas medidas terapêuticas importantes” no combate ao sofrimento derivado da osteoartrose ou mesmo como meio de prevenção da doença.

Para Neto (2010) “os exercícios com pesos, constituem uma boa forma de exercitação, fortalecendo o coração numa complementaridade ao exercício aeróbio, podendo associar a tudo isto a natação, obtendo-se grandes benefícios cardiovasculares”. Robert (1995) doenças do coração como atero-arteriosclerose “está ligada à idade mais difundida nos países industrializados” devido ao sedentarismo. Relativamente ao colesterol, Neto (2010) assegura que “o exercício e da actividade física é uma arma poderosa para a sua redução”.

A actividade física pode ser benéfica não somente para combater as doenças relacionadas ao coração mas também auxilia em outros sectores. Pode ser atribuído o exercício para pacientes que sofrem de artrite reumatóide. Neto (2010) sugere “exercícios de gerais de flexibilidade em piscinas de água aquecida”, “exercitação de todos os músculos que envolvem as articulações”, “pedalar numa bicicleta estática”, e “caminhadas” numa forma regular de “3 a 4 vezes por semana” como método natural no combate às dores provocadas por artrite e angina de peito e asma.

O exercício físico contínuo auxilia no combate à obesidade que é uma realidade preocupante no grupo de idosos sedentários. Com a evolução da idade o indivíduo perde massa muscular e aumenta a massa gorda. Isto ocorre principalmente porque ingere mais calorias que necessita.

A actividade física também pode ser vista como um elemento de grande importância para prevenir a depressão, aumentar a auto-estima e promover a integração social. O exercício é um agente muito útil no que se refere ao combate ao stress. Outros pesquisadores ainda admitem que a longevidade está associada ao paradigma do estilo de vida saudável desenvolvido através do exercício físico.

No que se refere ao tempo ideal para exercitar-se: “dedique 30 minutos diários a uma actividade moderadamente intensa para desencadear um bem-estar natural; perece libertar o químico feniletilamnina, uma espécie de anfetamina que melhora o humor e os níveis de energia.

A prática do yoga tem sido largamente difundida na nossa sociedade. E pelo que se pode constatar, os efeitos têm sido benéficos. Os exercícios de yoga ajudam a combater o stress crónico. Alguns idosos apresentam grande facilidade em dispersarem no pensamento. Río (2004) assegura que a prática do yoga é um grande auxílio na retoma da concentração.

Os benefícios da actividade física também são importantes no desenvolvimento cognitivo do geronte. Para Negreiros (2007) “o envelhecimento do sistema nervoso […] constitui um dos maiores desafios clínicos no actual estágio científico”. O retardamento das perdas das funções de aprendizagem no sénior pode ser devido à actividade física. Segundo esta linha de pensamento o exercício físico periódico actua como chave primordial que retarda as causas do envelhecimento, principalmente no que se refere às funções cognitivas.

Os idosos que praticam actividades físicas apresentam mais irrigação sanguínea no cérebro e um menor grau do declínio das funções cognitivas comparado com idosos sedentários. Laurim (apud Negreiros 2007) indica que “pesquisas actuais mostram que actividades físicas como caminhar e praticar desportos representam um significativo factor de protecção para prejuízos cognitivos e o surgimento de demências”.

Segundo Bullitt, Katz at all (2008) investigações recentes demonstram que “nos idosos, a prática de exercício físico está associada a um aumento do número de vasos sanguíneos de grande diâmetro no cérebro e uma melhoria da irrigação nas três principais artérias cerebrais” promovendo assim mais possibilidades do desenvolvimento cognitivo. Este facto é apoiado por Dustman ( apud Barreiros, Espanha et al (2006) ao salientar que “[…] é verificável uma forte associação entre a capacidade cognitiva e o nível de actividade física regular dos indivíduos, com vantagem para os mais activos”.

Para além de todos os benefícios que a actividade física pode propor, o seu papel é também de grande relevância no combate à depressão. Neto (2010) postula que “neurologistas, fisiologistas, psiquiatras e psicólogos são unânimes na prescrição de exercício físico para alívio nesta luta que invade as pessoas deprimidas”.

Com isto entende-se que a actividade física tem uma grande repercussão na vida do geronte e se for bem estruturada, regular e acompanhada, pode trazer grandes benefícios em todos os níveis cooperando assim para um viver saudável e um envelhecimento bem sucedido. É também notório que todos os autores mencionados são unânimes em informar que a actividade física tem um valor considerável na promoção da saúde, no combate ou prevenção das mais diversas doenças quer de ordem física ou psicossomática, promovendo também o bem-estar psicossocial. Desta forma posso concluir que o idoso que tem um corpo sadio terá mais condições de manter uma mente sadia, elevando assim a sua qualidade de vida.



segunda-feira, 25 de outubro de 2010

A luz solar e a saúde do idoso

O Sol é um dos elementos mais essenciais à vida. Sem ele certamente a vida em nosso planeta seria impossível ou completamente diferente daquilo que conhecemos. Chergeaud (1997) classifica o Sol como “calor, prazer, alegria de viver, elemento indispensável para todo o ser vivo.”

A exposição solar de terminados objectos evita a humidade, a criação de bolor e consequentemente a proliferação de bactérias nocivas à nossa saúde. Sendo assim, o Sol pode ser considerado um dos desinfectantes naturais mais eficientes.

O contacto da pelo com a luz solar traz um grande contributo para a manutenção da saúde humana. Segundo Clergeaud (1997) “a exposição solar tem tendência a eliminar todo vestígio de borbulhas nas peles”, “activa a circulação periférica”, “facilita as trocas celulares”, “tem poder sedativo e descongestionante” trazendo desta forma alívio a “dores reumáticas e musculares”, acelera a cicatrização”.

Para além dos benefícios físicos que o Sol possa trazer aos seres humanos, também somos psicologicamente beneficiados pelos efeitos do astro rei. Segundo Miguel (2003) “a luz do Sol afecta positivamente o nosso estado orgânico e afectivo porque, quando passa pelo nosso olho, impulsos são propagados para regiões do cérebro relacionados com as emoções (sistema límbico) e a regulação das hormonas responsáveis pela sensação de bem-estar como a melatonina”.

Para Avril, Brodin at al. (2005) “o sol pode indiscutivelmente influenciar o nosso estilo de vida”. Assim é evidenciada a magnitude da influência que o Sol exerce em nossas vidas.

Para além de “fortalecer os ossos” e “ajudar no tratamento da depressão” Ferreira (2008) informa que “cerca de 20 minutos diários de luz solar na cara e nas mãos, produzirão toda a vitamina D de que precisa”.

Não obstante é necessária precaução pois o excesso à exposição solar pode trazer danos sérios à saúde como a desidratação, queimaduras de 1º a 3ºgraus, aparecimento de manchas, cancros cutâneos, entre outros. Para obter o máximo de aproveitamento do sol os horários recomendados são de manhã até às 10 horas e à tarde a partir das 16 horas. A exposição abusiva durante os períodos não aconselhados pode ser prejudicial à saúde.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

A importância da hidratação na pessoa idosa

A água é fundamental para a existência da vida. De acordo com Baudon (2002) “mais de 66% do nosso planeta é constituído por água. Infelizmente, apenas 1% pode ser consumido”. Roig, Marques (2006) classifica a água como “o principal constituinte do nosso organismo”, “imprescindível à vida” e aconselha a sua ingestão “em abundância e diariamente” e a “melhor bebida para satisfazer a sede”. O autor ainda salienta que a água que bebemos colabora na “liquidificação de alimentos e a dissolução dos seus elementos durante a passagem no tubo digestivo”, “faz chegar os nutrientes e as células dos sistema imunitários aos seus destinos”, auxilia na eliminação das toxinas “ através da urina”, corrobora na “elasticidade das cartilagens” e tem uma participação activa “em diversos processos metabólicos”.

Segundo o conceito de Brenda (2003) a água é um “verdadeiro nutriente […] sendo o constituinte mais importante do corpo humano”. O autor ainda postula que “se consegue viver mais de um mês sem comer, graças à utilização de reservas de gordura do organismo, mas, sem beber água, a morte acontece em poucos dias”. É ainda apresentado que “a água é o meio em que se realizam todos os fenómenos bioquímicos que permitem manter a vida”.

O consumo desejável de água por dia é questionável e pode depender das características físicas de indivíduo para indivíduo. Rodet, Rodet (2008) sugere o “consumo de um litro de água pouco mineralizada” por dia durante as estações frias e o “aumento desta quantidade durante as estações quentes do ano, ou num período de esforço”. Contudo Femenías e Hernández (2003) sugerem que a hidratação mais eficaz ocorre quando é feita “a ingestão mínima de pelos menos 2 litros de água diários, distribuídos ao longo do dia”.

Para Ferreira (2008) “forçar o corpo a trabalhar com uma quantidade limitada de líquidos é como tentar lavar a louça do jantar com um copo de água”. Assim o autor sugere as quantidades diárias de copos de água por dia: “5 para se manter vivo, 8 para se sentir muito bem e 10 para rejuvenescer”.

No que se refere aos idosos Saldanha (2001) informa que a utilização da água tem uma “importância relevante nas idades avançadas dado o facto de mercê do envelhecimento, os mecanismos reguladores da sensação de sede estarem atenuados ou mesmo diminuídos.”

Contudo muitos nutricionistas aconselham não beber água durante as refeições. O intervalo deveria ser de meia hora antes e uma hora após as refeições. O Objectivo destas restrições ou aconselhamentos é promover uma digestão saudável.

Para além de todos os benefícios da hidratação fornecidos pela água, Handysides, Kuntaraf at al (2010) informam que “a lavagem das mãos pode reduzir a transmissão de muitos agentes infecciosos de pessoa para pessoa. Uma grande percentagem de doenças infecciosas seria eliminada pela lavagem das mãos, sobretudo antes de comer. O banho diário remove a sujidade acumulada a qual também pode levar à doença”.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Nutrição para Idosos


Desde os tempos mais remotos a humanidade tem se preocupado com a sua alimentação. Já nos tempos antigos os livros de Géneses e Levíticos, do Antigo Testamento, apresentavam modelos de dietas que as pessoas deviam adoptar. Para Femenías e Hernández (2003) “a humanidade alimentou-se desde tempos muito antigos seguindo práticas empíricas de maneira que os constituintes da sua dieta fossem seguros, nutritivos e satisfatórios para as suas necessidades”.

Não obstante no tempo em que vivemos, a humanidade deixou-se levar pelo prazer do apetite e busca na alimentação o elemento de prazer em lugar da nutrição. Para um melhor aproveitamento e benefício da saúde ambos elementos deveriam ser conjugados, fazendo da alimentação apropriada um momento de prazer com consequências saudáveis.
O novo estilo de vida também veio a prejudicar a alimentação saudável e os indivíduos nas mais diversas culturas mudaram os seus hábitos alimentares trocando os alimentos caseiros pelos tão conhecidos “fast food”.

Rémésy (1996) informa que “a alimentação corrente comporta numerosos produtos pobres em fibras, à base de cereais refinados […] ou até desprovidos de fibras”. A falta de ingestão constante de fibra pode ser a causa de diversas patologias. Para Aragão (2004) “desde os anos 70 que se sabe que as populações que ingerem mais fibras têm menos prevalência de arteriosclerose […] e baixos valores de colesterol”.
Ferreira (2005) salienta a necessidade “do aumento do consumo de alimentos básicos (leite, peixe, azeite, pão, vegetais verdes, batata, fruta) e diminuição de produtos não recomendáveis (gorduras sólidas, açúcar, alimentos salgados, bebidas alcoólicas) ”.

Para Dufour e Wittner (2007) o segredo do viver saudável dos idosos de Okinawa está numa alimentação onde a base é de “70% vegetais”. O autor informa que os alimentos ingeridos por esta população são classificados em “arroz, massa, pão e outros alimentos à base de cereais completos, legumes, frutos, ervas aromáticas, carne, aves de capoeira e alimentos ricos em ómega 3”. Como resultado os habitantes de Okinawa têm “menos enfartes e doenças cardíacas”, “menos colesterol”, “menos ataques cerebrais”, “menos cancros”, “menos quilos”, “menos diabetes” e “ossos mais sólidos” em comparação com a população mundial.

No que se refere aos gerontes Rémésy (2006) afirma que “os factores nutricionais poderiam modular o envelhecimento, em particular prevenindo as alterações moleculares provocadas pelos radicais livres. Martins, Hagen at al (2005) salientam que “com a mudança fisiológica do organismo na terceira idade, a quantidade de suco gástrico no estômago, a capacidade funcional dos órgãos, entre outros, percebemos hoje a necessidade ainda mairo de uma alimentação com presença de alimentos ricos em macro e micronutrientes”.

Femenías e Hernández (2003) sugerem uma dieta rica em “frutas e legumes”, com “guarnições compostas por saladas variadas” principalmente “ao almoço e jantar” para “corrigir as guarnições fortes ou excessivamente calóricas”.

Nestes parâmetros é aconselhável uma alimentação equilibrada para um viver saudável. Tendo em mente o conceito de Teixeira, Sardinha et al (2008) “a nutrição é assim o cerne da medicina preventiva e um poderoso auxiliar da medicina clínica”.
Esta secção conclui-se com o pensamento de Hipócrates (apud Rodet, Rodet 2008) “Que o vosso alimento seja o vosso principal medicamento”.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Os desafios do envelhecimento e da longevidade


A população mundial envelheceu e a esperança de vida aumentou consideravelmente nos últimos anos. Esta é uma realidade comentada por diversos pesquisadores. Os efeitos deste fenómeno são visíveis na nossa sociedade e abrange todas a classes sociais. Tornou-se obrigatório criar e desenvolver meios para proporcionar aos idosos melhor qualidade de vida e um modelo de envelhecimento onde sejam garantidas condições de integração social e que potencie um envelhecimento saudável em todos os seus aspectos.

Aken (2009) classifica o aumento da esperança de vida nos últimos 150 anos como uma “linha recta dirigida para cima”. Em todos os países do mundo nota-se um aumento considerável da população idosa e por isso surgem novos desafios.

As alterações estruturais nos modelos familiares e no nosso modo de vida, como a emancipação da mulher na sociedade moderna, tornam muitas vezes impossível uma atenção directa e um acompanhamento personalizado aos idosos em família. Para dar resposta a algumas das necessidades das famílias, surgiram assim respostas sociais como os Centros de Dia e Centros de Convívio para apoiar a manutenção do idoso no seu quadro habitual de vida e suprir algumas das suas necessidades.

Para Fischer (2002) “a interacção é um processo de aprendizagem social valorizado como um modo positivo de comunicação”. Paúl, Fonseca et al (2005) afirmam que “para além da entreajuda, essencial à sobrevivência, a existência de relações sociais significativas é considerada como protectora da saúde mental dos indivíduos”. Os centros de Convívio para idosos constituem uma resposta social existente nas comunidades, que procuram contrariar o isolamento, a inactividade e o sedentarismo no novo ciclo de vida que se abre ao ser humano com a passagem à idade de reforma. Estes centros promovem e dinamizam actividades de convívio e animação socioculturais com a participação activa dos idosos, tendo por objectivos:

• Prevenir a solidão e o isolamento;
• Incentivar a participação e potenciar a inclusão social;
• Fomentar as relações interpessoais e inter-geracionais;
• Contribuir para retardar ou evitar a institucionalização.

Desta forma é garantido um suporte para um envelhecimento saudável. Embora se reconheça que nem todos os gerontes valorizem ou aspirem integrar um Centro de Convívio para Idosos, por não quererem ver-se entre outros idosos.

Contudo, pergunda-se até que ponto o convívio num grupo poderá contribuir para o desenvolvimento social e o equilíbrio emocional do geronte? Será esta a melhor solução?

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Justiça ou Injustiça?

Durante anos e anos sem fim o indivíduo trabalha arduamente, paga impostos, e na maioria das vezes tem uma vida de privações pois o orçamento financeiro é demasiado curto para poder destrutar das férias, de uma alimentação melhor, de roupas confortáveis e até mesmo um alojamento melhor. Quando chega entretanto o momento da reforma já não há força física nem poder financeiro para desfrutar dos benefícios fiscais. O salário da reforma é para as depesas pessoais e os medicamentos que começam a pesar no orçamento. Entretanto ainda não é tudo. Quando o indivíduo vai para um lar, para ter a pretecção necessária na idade mais avançada, quase que 90% do seu rendimento é para fazer frente às despesas. O indivíduo perde por completo os últimos fios de autonomia que tinha. Os lares precisam de ser mantidos. Entretanto o abuso parece passar completamente despercebido. Há uma grande população de séniors que estão a ser completamente explorados para não dizer abusados por entidades devidamente organizadas. Quanto vale realmente viver em um lar? É justo entregar todo o dinheiro da reforma para viver numa instituição ou ser obrigado a vender a própria casa para viver num lar? Quem é que paga a fasquia mais elevada?

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Casamento na Terceira Idade


O casamento é importante na terceira idade? Porque há tanta oposição dos filhos quando o sénior decide casar-se novamente? E se o novo parceiro ou parceira for muito mais novo? Mais vale deixar de casar por causa da opinião dos outros ou aproveitar a vida e ser feliz?

Onde o Idoso deve passar a sua velhice?

Resultado de imagem para elderly homeMuitos têm se debruçado sobre a grande problemática de onde o idoso deve viver. O modelo tradicional dos lares têm sido a opção mais escolhida. Os tão conhecidos "lares de luxo" estão longe da realidade da grande maioria. Mesmo assim estes tipos de lares não são completamente satisfatórios. Os modelos actuais de lares são como "prisões" onde os idosos perdem o contacto com o mundo exterior. Por outro lado os familiares também não têm condições de proporcionar toda a assistência que os idosos necessitam. É preciso criar uma solução mais eficaz e disponível a todos. Será que a apoio a domicílio, juntamente com outros serviços sociais é a opção mais fiável?

importância da actividade física

A actividade física tem sido vista com bons olhos as últimas décadas, pricipalmente no âmbito da saúde do idoso. A prática de uma actividade física metódica traz benefícios a nível físico, social e inteclectual. Para além de fortalecer os músculos dos gerontes, evitando assim as quedas, a actividade física tem um grande papel social e ajuda a combater a depressão e a solidão. Para Themodo Barata (1997) a longividade está associada ao paradigma do estilo de vida saudável desenvolvido através do exercício físico. Assim, fazer caminhadas, alongamentos, natação, hidroginástica e muitos outros exercícios podem ser aquilo que falta para prolongar a sua saúde e independência por mais anos. O importante é saber qual o tipo de exercício físico que será mais adequado para a sua condição física!