domingo, 23 de dezembro de 2012
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
Modelo de Exercícios para Idosos
O
esforço causado pelo exercício físico pode ser dividido em dois sectores:
esforço estático e esforço dinâmico.
O
estático, é, por exemplo, a atividade típica de halterofilismo. Nume (1995, p:
28 e 29) observou que há uma grande variação da pressão arterial nesse tipo de
exercício. “Inicialmente, em resultado de fenómenos vasomotores antes da
alteração do débito cardíaco, há durante alguns segundos um período de grandes
oscilações, depois a pressão sobe rapidamente até atingir um limite, e desce bruscamente
abaixo do seu valor normal (…) a razão está na desblocagem brusca do tórax no
fim do esforço, que produz a diminuição súbita de pressão”.
O
esforço dinâmico decorre de atividades com longas repetições, aeróbicas e com
longa duração. Ocorre, por exemplo, nos exercícios de marcha, corrida,
ciclismo, natação, entre outros. Estes exercícios provocam alterações na
pressão arterial, mas segundo Nunes (1995, pag: 30) “após a paragem do esforço
[dinâmico], estas pressões descem progressivamente” e “o débito sanguíneo
cerebral não varia no decurso da atividade física”.
quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
Os efeitos psicológicos positivos do exercíco físico
Para
além dos benefícios físicos que o exercício pode proporcionar, é de salientar a
importância do exercício físico no universo psicológico do idoso.
A
prática constante de exercício físico, devidamente acompanhado, desencadeia reações
positivas na vida do idoso, influenciando o seu bem-estar psicológico.
Conforme
menciona Ezuerra, Idoate e Barrero (2003, p:35) isso “deve-se à libertação de
algumas substâncias chamadas endorfinas, cujo efeito sobre o cérebro é idêntico
aos opiáceos (morfina e heroína). Por isso, atuam como analgésicos naturais e
melhoram a ansiedade e relaxam a mente (…) e melhoram os sintomas da depressão.
Assim a prática do exercício físico desenvolve, na pessoa, uma acentuada
alteração no estado de espírito, provocando um bem-estar e melhor capacidade de
socialização”.
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
Um viver saudável e um envelhecimento bem-sucedido
Para
Barata e altri (1997, p: 233) “no que concerne à saúde, parece não existir
dúvidas quanto aos benefícios biopsicossociais inerentes a uma prática regular
de uma atividade física”
Entende-se
que o exercício físico tem uma grande repercussão na vida do geronte e, se for
bem estruturado, regular e acompanhado, pode trazer grandes benefícios a todos
os níveis, promovendo assim um viver saudável e um envelhecimento bem-sucedido.
É
de salientar que todos os autores mencionados são unânimes em informar que o
exercício físico tem um valor considerável na promoção da saúde, no combate ou
prevenção das mais diversas doenças quer de ordem física ou psicossomática,
promovendo também o bem-estar psicossocial. Desta forma concluímos que o idoso
que tem um corpo sadio terá mais condições de manter uma mente sadia, elevando
assim a sua qualidade de vida: “corpo são em mente sã”, como alguém já alguma
vez salientou.
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
O exercício físico como anti depressivo
O exercício físico também pode ser visto como um elemento de grande importância para prevenir a depressão, aumentar a auto-estima e promover a integração social. Como salientou Presles e Solano (2008 p:15) o exercício é um agente muito útil no que se refere “ao combate ao stress”.
Seria
fundamental atender ao conselho de Marriott (2009 p: 15) no que se refere ao
exercitar-se: “dedique 30 minutos diários a uma actividade moderadamente
intensa para desencadear um bem-estar natural; parece libertar o químico feniletilamnina,
uma espécie de anfetamina que melhora o humor e os níveis de energia”.
A
prática contínua de um modelo de exercício físico tem sido largamente
difundida na nossa sociedade. Diversos estudos, e muitos deles já publicados neste blog mostram que a prática constante de exercício físico ajuda a combater o stress
crónico. O exercício físico também ajuda a melhorar a concentração e aumenta a capacidade cognitiva devido a uma melhor irrigação sanguínea do cérebro.
terça-feira, 4 de dezembro de 2012
O tónico das funções cognitivas
Costa (1998 p:18) classifica o idoso
ativo como “o velho não comprometido psicologicamente”. Alguém que está
desejoso de viver “toda a sua plenitude”. E o desejo de viver inclui
explicitamente a necessidade de “mover-se” para a saúde e consequentemente para
a vida. Os
benefícios do exercício físico também são importantes no desenvolvimento
cognitivo do geronte. Não se descobriu ainda uma intervenção eficaz que resultará
no retardamento das perdas das funções de aprendizagem no idoso, mas a
investigação de Bullitt, Katz e Bonito (2008) apontam para o exercício físico
como agente fundamental na irrigação sanguínea do cérebro, mesmo nos vasos mais
finos, desencadeando assim um maior rendimento cognitivo, comparado com idosos
sedentários. Segundo esta linha de pensamento o exercício físico periódico atua
como chave primordial que retarda as causas do envelhecimento, principalmente
no que se refere às funções cognitivas.
sexta-feira, 30 de novembro de 2012
A Relação entre os Hábitos Saudáveis e a Longevidade
Por Manuel Ferro
Fonte: Revista Saúde e Lar
Relação entre os hábitos saudáveis e a longevidade
| |||
Taxa de morte ajustada aos hábitos saudáveis
| |||
Homens
|
Mulheres
| ||
Nº de hábitos saudáveis praticados
|
% de mortes em 9 anos
|
Nº de hábitos saudáveis praticados
|
% de mortes em 9 anos
|
7
|
5,5
|
7
|
5,3
|
6
|
11,0
|
6
|
7,7
|
5
|
13,4
|
5
|
8,2
|
4
|
14,1
|
4
|
10,8
|
0-3
|
20,0
|
0-3
|
12,3
|
Nesse estudo foi avaliado o impacto que tinha a quantidade de hábitos de saúde praticados pelos inquiridos sobre a sua longevidade. Ao fim dos nove anos que durou o estudo, ficou clara a relação direta existente entre a quantidade de hábitos positivos praticados e a longevidade de cada pessoa.5 Os resultados são mostrados no gráfico a seguir.
É interessante salientar que apenas cerca de 5% dos homens e mulheres analisados que usavam os 7 hábitos saudáveis, morreram ao longo dos nove anos, em comparação com os que praticavam três ou menos (12,3 e 20%).
Um outro aspeto deste problema tem a ver com a diferença entre as idades cronológica e a idade fisiológica. Este é um conceito não muito vulgarizado, mas que tem muita importância, ao estudarmos o tema da longevidade. Em resumo, podemos dizer que os fatores do estilo de vida que afetam a saúde (para bem ou para mal) alteram a idade do nosso organismo. Um estudo realizado6 revela que essa diferença pode ser muito grande. No quadro seguinte temos as conclusões do estudo que mencionámos.
a
Isto significa, por exemplo, que uma pessoa de 40 anos que pratique dois hábitos saudáveis ou menos, tem uma idade cronológica de 40 anos, mas, fisiologicamente, tem 59. Quer dizer, a sua expectativa de vida é reduzida em 19 anos e o seu organismo irá reagir como o de uma pessoa de 59 anos, perante os ataques dos vírus e bactérias. Se mantiver o seu estilo de vida por mais 10 anos, a sua idade fisiológica será de 50 mais 22, ou seja, terá fisiologicamente, 72 anos. Em dez anos perdeu mais três, e o seu organismo terá uma capacidade de reação e de resistência à doença de uma pessoa de 72 anos. Surpreendente, não é verdade? Mas o inverso também é verdade.
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
O tratamento preventivo natural contra o cancro
Como
é do conhecimento comum, a cura para o cancro, ainda não foi encontrada. Porém,
muitos investigadores como Garberoglio, Solomon, Senthil, Reeves, Rivera,
Kazanjian, Srikuerja Lewis, Walter, todos associados ao Cancer Center de Loma
Linda University (Califórnia) apoiam que a boa prática de exercício
físico constante é a base da medicina preventiva.
Segundo
a agência Eurocancer, as pessoas fisicamente ativas têm o risco de cancro do
cólon reduzido, entre os 20% a 28%, em comparação às pessoas sedentárias.
Eurocancer (2005).
Um
relatório desenvolvido pelo HPP Saúde, editado na Revista Caixa Activa revela
que o cancro de cólon é a causa de morte mais significativa em Portugal do que
em qualquer outro país da União Europeia. Isto pode ser devido ao facto da
população portuguesa fazer parte do grupo que apresenta o “maior índice de
sedentarismo” da Europa, Camões e Lopes (2008 p: 209). O Ministério da Saúde de
Portugal garante que um dos motivos que pode levar o organismo a desenvolver o
cancro do cólon é o excesso de peso e o sedentarismo. Ministério da Saúde
(2005).
Quanto à relação entre o exercício
físico e o cancro, Cicerone (2012, p:8) admite que “o exercício físico poderia
diminuir ligeiramente o risco e parece até melhorar a qualidade de vida nos
pacientes com cancro prostático que fazem quimioterapia ou radioterapias”.
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
Combater a Obesidade
Segundo Medeiros e Cavaco (2008, p: 33) num
inquérito da Deco-Proteste, 87% dos portugueses são sedentários”. O
exercício físico contínuo recomenda-se para a profilaxia da obesidade que é uma
realidade preocupante no grupo de idosos sedentários. Com o avançar dos anos o idoso
perde massa muscular e aumenta a massa gorda. Segundo Barata e altri (1997 p:236)
isso ocorre principalmente, porque se “ingere mais calorias do que o necessário”.
Ogden, (2004 p:162) postula que “a
obesidade tem vindo a ser associada às doenças cardiovasculares, diabetes,
traumatismos das articulações, dor nas costas, cancro, hipertensão e mortalidade.”
Para além destas patologias, a obesidade também causa distúrbios psicológicos.
A autoestima diminui e a autoimagem desvaloriza-se. Ver idosos obesos não se
coaduna com a imagem de pessoas elegantes estabelecida pelos padrões socioculturais.
Embora haja fatores por esclarecer referentes à obesidade e ao sedentarismo,
tais como os fatores genéticos, Ogdem (2004 p:172) defende que “o exercício
físico poderá ter efeitos psicológicos benéficos para os obesos, quer em termos
de perda de peso, quer simplesmente, fazendo com que se sintam melhor consigo
próprios”.
quarta-feira, 14 de novembro de 2012
O Exercício e o Sono
Por Elias Oliveira LimaDiretor médico da Clínica-Nat (Brasil)
Fonte: Revista Saúde & Lar
Fonte: Revista Saúde & Lar
Caminhe diariamente. Quem não se movimenta não dorme bem. O sono está ligado à fadiga física. Os das cidades sofrem de muita fadiga mental, que mantém o cérebro excitado, e não conseguem dormir bem.
Caminhar todos os dias melhora o organismo todo, enquanto o sedentarismo o deteriora.
Estudos recentes demonstram que os efeitos do exercício físico duram apenas 24 horas no organismo. Portanto, aquelas duas ou três vezes por semana no ginásio não são o ideal.
Além disso, os computadores dos grandes ginásios registam que os frequentadores que se exercitam todos os dias têm uma rotina mais rígida. O motivo é claro: eles formam um hábito tão constante como dormir, comer e trabalhar. Mas atenção: o melhor exercício é ao ar livre; a musculação praticada sem exercício aeróbico vale pouco.
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
Viver Mais e sem Sofrer Artrite Reumatóide
Um
dos estereótipos que a sociedade ocidental agrega é que ser velho é sofrer de
artroses e ter as mãos e dedos deformados. Se procurarmos, no motor de busca do
Google, por “mãos de idosos” encontraremos uma infinidade de mãos com artroses.
Entretanto, ser velho, não significa estar deformado.
No processo de
envelhecimento temos duas opções: “transformar ou deformar”, como sempre
salientou o nosso diretor de curso, Doutor Joaquim Marujo.
Sharp (2003 p:18) aconselha
que “o exercício suave evita a inflamação, os exercícios ativos e regulares
podem ser úteis” para aliviar as dores provocadas pelos variados tipos de
inflamações das artrites e até evitar o surgimento das mesmas.
quarta-feira, 7 de novembro de 2012
A Saúde do Coração do Idoso
Nunes (1995, p: 27) sustenta que o
exercício físico “regular e moderado provoca alterações benéficas importantes
na função cardíaca”. Pesquisas realizadas na Universidade de
São Paulo, mostram que num grupo de 40 pessoas idosas sedentárias, 20 idosos passaram
a ter uma prática de exercício físico semanal de 4 vezes e outros 20 idosos continuaram
sedentários. Durante cinco meses as modificações nas análises foram
consideráveis. “As modificações no HDL-colesterol total foram de 9,3%;
HDL2-colesterol, 21,6%, e, 39,9% para a relação HDL2-colesterol/HDL3-colesterol”,
Prado e Dantas (2002 p: 245). Este estudo salienta a eficácia do exercício físico
para reduzir os níveis do colesterol, evitando assim doenças cardiovasculares.
Para Barata e altri (1997 p: 240) “nos
doentes coronários assume uma importância fundamental o condicionamento cardiorrespiratório
que é obtido predominantemente através de esforços dinâmicos ou isotónicos.” Gupta
(2009 p: 77) informa que “levantar pesos, caminhar, andar de bicicleta e correr
podem ajudar o coração e os pulmões.” Assim, pode-se entender a importância que
um conjunto de exercícios devidamente desempenhados, poderão promover na saúde
do coração.
domingo, 4 de novembro de 2012
A Síndrome Sarcopénica e as Quedas
O Dictionary.com define a síndrome
sarcopénica como “uma condição de perda da massa muscular e da física
relacionada com a idade”. Thiebauld e Sprumont (2009, p:29) apresentam as
investigações de Aniasson, Grimby, Lexell, Fiatarone, Evens, entre outros, para
afirmar que “100% dos idosos são afetados por ela.”
De acordo com Barata e altri (1997
p:228) o exercício físico está associado ao aumento da força muscular e à
preservação do bom desempenho da motricidade, evitando assim as quedas dos idosos
que podem levar à morte. Segundo Giles (2005 p: 45) o exercício físico pode “contribuir
para a redução da fratura do fémur até 50%”.
Em consonância com essa afirmação
Matsudo & Matsudo (1993 p:118) informam que o exercício físico tem uma
influência positiva sobre o corpo do idoso e contribui visivelmente para fortalecer
os músculos. Assim, como salienta Thiebauld e Sprumont (2009, p:29) “a síndroma
da atrofia da musculatura, pode ser mascarada na pessoa idosa pela manutenção
da massa corporal” para evitar quedas.
sexta-feira, 2 de novembro de 2012
Actividade física regular ajuda idosos a reduzir riscos de demência
Um estudo publicado numa revista da Associação Americana do Coração, liderado ela investigadora portuguesa Ana Verdelho, concluiu que a Actividade física regular pode ajudar os idosos a reduzir os riscos de ficarem dementes. A investigação apurou que os idosos, sem doenças, que praticam regularmente uma actividade física reduzem o seu risco de demência de origem vascular em 40% e em 60% o de comprometimento cognitivo de qualquer etiologia.
O efeito protector de uma regular actividade física manteve-se, independentemente da idade, educação, alterações na massa branca do cérebro e do historial de acidente vascular cerebral ou diabetes, segundo os investigadores, liderados por Verdelho. A conclusão é baseada num estudo europeu prospectivo multinacional que incluiu avaliações cognitivas durante três anos.
Os resultados apontam para uma evidência cada vez maior de que a actividade física regular promove a saúde cerebral, afirmam os autores do estudo. "Recomendamos fortemente uma actividade física de intensidade moderada e durante pelo menos 30 minutos, três vezes por semana, para evitar o prejuízo cognitivo", disse Ana Verdelho, investigadora na área das neurociências no Hospital Santa Maria, em Lisboa.
A medida reveste-se de particular importância para pessoas com factores de risco vascular como hipertensão, acidentes vasculares cerebrais e diabetes.
A investigação abrangeu 639 pessoas com idades entre os 60 e os 70 anos, dos quais 55% eram mulheres. Dos inquiridos, 64% afirmaram-se activos pelo menos durante 30 minutos por dia, três dias por semana. A actividade incluía ginásios, caminhadas e bicicleta.
Para ler a investigação na íntegra, por favor clique aqui.
quarta-feira, 31 de outubro de 2012
Fatores que afetam a saúde
Por Manuel Ferro
Se perguntássemos às pessoas na rua quais são os fatores que elas acham que mais determinam a sua qualidade de vida e quanto tempo vão viver, muitas das respostas que obteríamos apontariam os traços herdados (a hereditariedade, os fatores genéticos) como número um. É vulgar ouvirmos as pessoas dizerem, referindo-se aos seus problemas de saúde: “Eu tenho este problema, mas o meu avô já o tinha, o meu pai também, e a minha tia…” E é certo que, nalguns casos, recebemos dos nossos ancestrais uma “herança” genética já algo debilitada e alterada (eu diria mesmo, estragada), o que nos predispõe para certas doenças.
Mas a verdade é que, para a grande maioria de nós, a nossa saúde depende de outros dois fatores: 1) daquilo que metemos no nosso corpo, e 2) do que fazemos com o nosso corpo. Ou seja, depende do nosso “estilo de vida”. Se é certo que não podemos mudar a nossa herança genética (embora hoje a engenharia genética já tente fazer “arranjos” no maltratado ADN que alguns de nós recebemos), não é menos certo que podemos mudar o nosso estilo de vida. As escolhas que fazemos no nosso dia-a-dia, no nosso estilo de vida, podem prevenir ou potenciar o desenvolvimento de doenças para as quais teremos (hipoteticamente) uma predisposição genética. Alguém dizia, com muito acerto: “A genética estragada carrega a arma, o estilo de vida puxa o gatilho.”
Fonte: Revista Saúde & Lar Setembro de 2012 nº 779
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
O consumo de Oxigénio e a Capacidade Funcional do Idoso
No processo do envelhecimento há a diminuição
das capacidades físicas do indivíduo, principalmente a capacidade aeróbica. Segundo
Silva (2006, p: 31), este processo é causado pelo “declínio gradual do consumo
máximo de oxigénio” mais conhecido como “VO2 max”. Entretanto a diminuição do
“VO2max” pode ser causada por vários motivos tais como; doença, vida social ou
sedentarismo. Bortz (2001 p: 45). Quanto mais o geronte se movimentar, mais
retoma o seu “VO2max” promovendo assim a saúde e combatendo de uma forma
saudável os efeitos naturais do envelhecimento.
A retoma deste fator é gradual e não se
pode esperar por uma mudança de um dia para o outro. A persistência é um fator necessário.
Daí a necessidade de um exercício físico
planeado e metódico como sugeriu Ogden (2004) a começar o quanto mais
cedo possível. Esta afirmação está em harmonia com a investigação de Gupta (2009
p: 77) onde foi concluído que “os idosos sedentários que se submeteram a um
programa semestral de exercício, como caminhada ou corrida, ciclismo e
alongamentos, foram capazes de melhorar a eficácia no envio de oxigénio para os
músculos até níveis próximos aos de pessoas na casa dos 20 e 30 anos.”
sexta-feira, 26 de outubro de 2012
O Segredo da Longevidade com Saúde
A revista National Geographic de Janeiro de 2006 apresenta um artigo sobre a
longevidade de diversos povos entre eles um grupo de aldeões de Okinawa, da
Sardenha, e um grupo cristãos Adventistas do 7º Dia da cidade de Loma Linda,
Califórnia, como campeões de longevidade. Entre eles destacam-se idosos de 103
a 112 anos que ainda conduzem, fazem caminhadas e andam de bicicleta
diariamente. Um dos aspetos indicados é o facto de estas pessoas participarem
ativamente de ações denominadas, como “boas práticas”, das quais mencionam o
exercício físico e consequentemente uma alimentação saudável. Buettner (2006 p:
9).
A relação entre o exercício físico e a
longevidade parece estar intrinsecamente ligadas entre si e encontra apoio em
muitos investigadores. Para Barata e altri (1997 p:233) “a longevidade é um
conceito que é influenciado pelo exercício, pelos níveis de condição física e
por outros comportamentos que constituem o estilo de vida do indivíduo”. Em
concordância com esta afirmação Sardinha (1999 p: 48) sugere que “ o principal
benefício de uma vida ativa está associado à redução da morte prematura.”
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
O Exercício Físico e a Tonicidade do Geronte
Inúmeros investigadores, já escreveram sobre o exercício físico não só como elemento curativo
mas também preventivo. Com o passar do tempo o idoso
começa a perder capacidades no plano físico, psíquico e cognitivo. É a evolução
do processo da “retrogénese psicomotora”, como salientou Fonseca (1998 p:8). É
preciso uma intervenção sábia e adequada. O exercício físico poderá ajudar
grandemente para que o idoso mantenha o tónus muscular em condições favoráveis
ao bom desempenho de suas funções. Monteiro (2008 p:7) realça o exercício físico
como um dos fatores essenciais na vida do idoso quando esse está ligado ao
processo do envelhecimento. “Envelhecer é verbo, ação, continuidade”.
Segundo
Fonseca (2007) é na tonicidade ou a partir dela que se desenvolve todo o nosso
contacto com o mundo exterior. A tonicidade está diretamente ligada não somente
com o nosso corpo físico como também com as nossas funções psicossomáticas. Desta
forma pode-se dizer que os benefícios do exercício físico englobam o indivíduo na
sua totalidade. Para Barata (1977 p:228) “a diminuição da força nos idosos não
é apenas devido à diminuição da massa muscular, mas também à perda de inervação
motora”.
Para Veríssimo (1991 p:121): “À medida
que a idade aumenta tornam-se mais frequentes as doenças crónicas e as
intercorrências agudas, sendo várias as situações em que o exercício físico
regular parece ter um efeito positivo”.
domingo, 21 de outubro de 2012
Osteoporose e o Exercício Físico
Embora entendamos que envelhecimento não
seja sinónimo de doença, Thiebauld e Sprumont (2009, p:41) postulam que “a
senescência é caracterizada pela perda de tecido ósseo que fragiliza o
esqueleto”.
Para Vieira (2009, p: 152) a inatividade física, para além de
outros fatores apresenta uma grande contribuição para o aparecimento da
osteoporose.
Barata e altri (1997 p: 229) enfatizam que os idosos ativos têm
uma diminuição, menos acentuada, de massa óssea.
Lexell, Robertson, at al (apud Thiebauld
e Sprumont 2009, p:36) revelam que “a prática de exercício físico é salutar
porque permite conservar a densidade óssea e retardar a perda de fosfato de
cálcio”.
quarta-feira, 17 de outubro de 2012
Exercício Físico: uma necessidade vital
A partir do séc. XIX iniciou-se nos
E.U.A a reforma da saúde. Um dos livros mais antigos deste período é uma
pequena obra intitulada Healthful Living
da autora Ellen G. White editado em 1897. Este livro realça a da atividade
física para a saúde do indivíduo. Em 1900 a mesma autora escreve um livro mais
abrangente intitulado Ministry of Healing,
que foi traduzido para o português sob o título “A Ciência do Bom Viver”. Este
livro mostra a necessidade do exercício físico para um viver saudável. Esta
autora que viveu numa época em que as pessoas habitavam em casas sombrias sem uma
boa circulação do ar, teve a ousadia de desafiar os médicos da época ao
escrever: “o exercício ao ar livre devia ser prescrito como necessidade vital”.
White (2004 p: 265).
A Associação Portuguesa de Medicina
Preventiva em parceria com a Associação Internacional de Temperança apoiam o
conceito de Ellen G. White que por sua vez classifica o exercício físico com um
dos oito remédios naturais para “aumentar a nossa qualidade de vida e
contribuir para a recuperação da saúde” Ferreira (2004 p: 2). Já aqui vemos o
exercício físico atuando como um fator preventivo e curativo.
A importância do exercício físico nunca foi
tão abordada, como nos nossos dias. Praticamente quase todos os tabus já foram
investigados e fazem parte da história.
quarta-feira, 10 de outubro de 2012
Caminhar para um viver mais e melhor
"Há bastante indícios de que um par de tenis bem usados aumenta as suas capacidades mentais. O exercício mantém o fluxo de sangue no cérebro e promove ligações entre as células nervosas. O estudo da Universidade de Pittsbugh concluiu que, quando as pessoas de idade caminham 9 a 15km por semana, são menos suscetíveis ao declínio mental. Outros estudos segerem 15 minutos de caminhada por dia para fazer a diferença.
Uma investigação sueca publicada em 2005 na Lancet Neurology concluiu que meia hora de caminhada na meia-idade, duas vezes por semana, reduz significativamente o risco de Alzheimer mais tarde na vida". Fonte: Seleções Reader's Digest - Outubro de 2012
domingo, 7 de outubro de 2012
O Turismo das Emoções
Quando aludimos sobre
a importância de trabalhar as emoções no idoso através das opções de turismo estamos a falar num modelo de intervenção que não somente
acrescenta dias à vida mas que acrescenta acima de tudo vida aos dias. A esse modelo de turismo, passo a chamar de Turismo das Emoções.
Para Bomfim (2011,
pw) “Quanto maior for a intensidade da emoção, tanto maior será a tendência de
que sua influência seja sentida em nossas atitudes, crenças e relacionamentos.” Como bem
frisou Darwin (2006, p:193) “Devido à estimulação do prazer, a circulação
torna-se mais rápida, os olhos brilham mais e o rosto adquire umas cores mais
vivas. Ao ser estimulado por um aumento do fluxo sanguíneo o cérebro reativa as
capacidades intelectuais, as ideias fervilham na mente com mais nitidez e
avivam-se os afetos.”
Desta forma, o turismo das emoções deve estar centrado na
pessoa. Como sugeriu Vieira (2007, p:17) o que define o turismo são as pessoas
e não os recursos, só existindo turismo se houver essa vivência emocional, no
local onde ela se pode viver”.
Mas o próprio planeamento de uma viagem ou excursão está cheio
de momentos de prazer. Mesmo que o evento não venha a acontecer, o próprio folhear
das brochuras já é uma viagem através das emoções. Como postula Tocquer e Zins
(2004, p:117) “as brochuras, os guias e os desdobráveis são uma fonte de informação”.
Entretanto, arriscar-me-ia em dizer que as brochuras são fontes para
desencadear emoções. Os olhos vêm e o coração sonha. Assim, o Gerontólogo que
se empenha no turismo como uma oportunidade de intervenção é um vendedor de
sonhos.
sexta-feira, 5 de outubro de 2012
Saúde Emocional
Segundo Neufeld
(2011, p: 6) “As emoções positivas podem trazer um sentimento de satisfação e
bem-estar; as negativas tendem a provocar dor e angústia. Embora as primeiras
possam promover saúde mental, uma exposição prolongada às emoções negativas
pode provocar problemas comportamentais e relacionais. Assim, as emoções podem
desempenhar uma parte importante em nosso bem-estar global”. A Afirmação de Neufeld vem de encontro com a orientação do sábio Salomão que escreveu: " O coração alegre é bom remédio, mas o espírito abatido faz secar os ossos". Provérbios 17:22
Nas suas
investigações, Martin & Boeck (1999, p:32) entenderam que “As emoções são
mecanismos que nos ajudam das seguintes formas:
* "Reagir com rapidez perante acontecimentos inesperados";
* "Tomar
decisões com prontidão e segurança";
* "Comunicar
de forma não-verbal com outras pessoas.”
Para Bomfim (2011,
pw) “Quanto maior for a intensidade da emoção, tanto maior será a tendência de
que sua influência seja sentida em nossas atitudes, crenças e relacionamentos.”
quinta-feira, 4 de outubro de 2012
Humanitude
De acordo com Boris
Gineste e Pellissier (2008, p:17 e 18), o Homem nasce duas vezes: Hominídeo: “marcado pela extrema vulnerabilidade.
Incapaz de perceber o seu meio envolvente e de se proteger; medo de morrer ou ser abandonado”, etc. A outra forma o homem nasce, segundo os autores já mencionados é o homem Humano: “quando entra para a sociedade do Homem (…)
quando entra numa rede de trocas e de estimulações que irão levar a desenvolver
as características da humanidade.” Gineste e Pellisier (2007,p:30) salientam
ainda que “(…) somos constantemente seres comovedores e comovidos, seres de
emoções”. Esse conceito é interessante pois faz-nos pensar que podemos sempre desenvolver mais humanidade e compaixão com as pessoas do nosso raio de ação e com pessoas com as quais trocamos experiências ao longo do dia.
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